Aspectos importantes na produção de sementes de cevada forrageira
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A cevada forrageira (Hordeum vulgare L.) é reconhecida como uma gramínea pertencente à família das Poaceas, com espiga composta por três fileiras de espiguetas duplas, o que caracteriza uma espiga com seis fileiras de sementes. A cevada cultivada refere-se à espécie Hordeum vulgare L. sensu latu e é dividida em duas subespécies: Hordeum vulgares ps. Vulgare (grupos de duas e seis fileiras) e Hordeum vulgares ps. Pontaneum (cevada de inverno e de primavera).
De maneira geral, os genótipos com seis fileiras são considerados de aptidão forrageira. Produzem abundante massa verde e seus grãos apresentam maior acúmulo de proteína, tornando estas apropriadas para a alimentação dos animais; suas folhas são largas e compridas, apresentam maior área foliar e sistema radicular vigoroso que podem explorar até 100 cm de profundidade (similar à aveia e ao trigo).
Os colmos são constituídos por cinco a sete entrenós cilíndricos e segmentados por entrenós responsáveis pela inserção das folhas. As bainhas envolvem completamente a circunferência do colmo e apresentam lígula e aurícula (glabras) que auxiliam na diferenciação da cevada forrageira dos demais cereais.
Estabelecimento, adaptação e área cultivada
A semeadura da cevada forrageira deve ser executada precocemente em relação à cevada cervejeira. Recomenda-se a implantação na segunda quinzena de março, na densidade populacional de 300 sementes por metro quadrado (100 a 150 quilos de sementes por hectare) em linhas espaçadas de 0,15 a 0,20 metros.
Seu cultivo destina-se às regiões mais frias do país, pois revela maior adaptação às baixas temperaturas, aos solos com propriedades físicas e químicas adequadas, textura pesada, não tolera excesso de umidade; é exigente quanto a oferta de fósforo e nitrogênio. A recomendação da adubação deve ser amparada pela expectativa de produção e pelas condições do solo.
Atualmente, no Brasil, as cevadas (forrageira e cervejeira) ocupam uma área de aproximadamente 100 mil hectares, com produtividade média de grãos de 3400 quilos por hectare e produção de 370 mil toneladas. Neste cenário, os estados Rio Grande do Sul e Paraná caracterizam-se como os principais produtores de sementes devido aos avanços do melhoramento genético e ao desenvolvimento de técnicas de manejo eficazes.
Taxa de utilização e qualidade fisiológica das sementes
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