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Início / Consórcio de leguminosas: entenda os benefícios para a produção de silagem

Consórcio de leguminosas: entenda os benefícios para a produção de silagem
  • Pecuária
  • 17/07/2025

Consórcio de leguminosas: entenda os benefícios para a produção de silagem

Sumário

É possível aumentar o teor de proteína da silagem e, ao mesmo tempo, contribuir com a saúde do solo? A inclusão de leguminosas nos sistemas consorciados tem se tornado uma estratégia cada vez mais presente nas propriedades rurais do Brasil.

Ao consorciar leguminosas e uma cultura anual, você pode produzir silagens de alta qualidade nutricional, melhorar a produtividade por hectare e ainda aproveitar os benefícios da fixação biológica de nitrogênio no solo da sua propriedade.

Neste artigo você vai entender como funciona esse sistema, quais leguminosas são mais indicadas e de que forma o consórcio pode transformar a alimentação do seu rebanho.

Figura 1. Consórcio de milho com feijão guandu. Fonte: os autores.

Por que consorciar leguminosas e culturas anuais para a produção de silagem?

O milho e o sorgo são as gramíneas mais usadas na produção de silagem, sendo conhecidos por seu alto rendimento e bom valor energético. Porém, eles apresentam teores de proteína bruta (PB) relativamente baixos, com médias entre 7% a 9%.

Por outro lado, leguminosas, como o feijão guandu, os estilosantes e a alfafa, podem alcançar teores de proteína que variam de 14% a 20%, agregando um valor nutricional muito superior à dieta do gado. Ao combinar gramíneas e leguminosas para a produção de silagem, você equilibra e complementa as características de cada planta:

  • Grãos e carboidratos solúveis presentes nas culturas como milho e sorgo garantem substrato para uma fermentação adequada;
  • Maior matéria seca de culturas como milho e sorgo reduzem a umidade excessiva presente nas leguminosas;
  • Proteína de alta qualidade, fundamental para desempenho animal é fornecida pelas leguminosas.

Desafios no uso de leguminosas para silagem

Apesar das vantagens, as leguminosas exigem atenção especial no manejo. Entre os principais desafios, destacam-se:

  • Alta umidade na fase de ensilagem;
  • Elevado poder tampão, dificultando a rápida queda do pH;
  • Baixos teores de carboidratos solúveis;
  • Alta fibra nos seus caules.

Se essas características não forem bem manejadas, você pode ter silagens de baixa qualidade e palatabilidade, além da presença de fungos.

Como o consórcio pode resolver esses problemas?

O cultivo consorciado entre uma cultura anual, como o milho ou sorgo com uma leguminosa, como o feijão guandu ou o estilosante, representa uma estratégia eficiente para superar essas limitações, pois proporciona:

  • Aumento da matéria seca total por hectare, equilibrando a alta umidade das leguminosas;
  • Presença de grãos, que facilitam a fermentação lática;
  • Maior teor de proteína bruta na silagem final;
  • Fixação biológica do nitrogênio, melhorando a fertilidade do solo para safras futuras.

Ou seja, você otimiza a produtividade da área, melhora a qualidade nutricional da silagem e ainda proporciona a sustentabilidade da sua propriedade.

Figura 2. Silagem de milho consorciado com leguminosa, com características adequadas (a) e sistema radicular de uma leguminosa (b) com a presença de rizóbios (responsáveis pela fixação biológica do nitrogênio). Fonte: os autores

Quais leguminosas usar no consórcio?

Entre as leguminosas mais indicadas, utilizam-se:

  • Feijão guandu (Cajanus cajan): excelente teor proteico e alta produção de biomassa.
  • Estilosantes (Stylosanthes spp.): boa adaptação a solos pobres e fixação eficiente de nitrogênio.
  • Alfafa (Medicago sativa L.): alto teor de proteína e alta digestibilidade.

A escolha da leguminosa deve-se considerar o clima, solo, logística de colheita e objetivos nutricionais do seu rebanho.

Conclusão

O uso de leguminosas em consórcio na produção de silagem é uma excelente estratégia para você aumentar a qualidade nutricional da dieta do rebanho e melhorar a saúde do solo. Ao incluir leguminosas no sistema, você garante mais proteína na silagem, maior produtividade por hectare e maior sustentabilidade para a sua propriedade.

Referências 

Liu, H., Stomph, T. J., Zhang, Y., Jing, J., Struik, P. C. (2025). Productivity and silage quality of forage from intercropped silage maize and perennial legumes. Animal Feed Science and Technology, 116369. https://doi.org/10.1016/j.anifeedsci.2025.116369

Silva, L. M., Costa, K. A. P., Oliveira, K. J., Costa, A. C., Gonçalves, J. A., Costa, J. V. C. P., Barros, V. M., Moraes, L. E. R., Rodrigues, G. O., Mendonça, K. T. M. (2023). Inglês Fermentation dynamics and quality of maize silage with Pigeon pea. Semina: Ciências Agrárias, 44(2), 567-584. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2023v44n2p567

Silva, L. M., Costa, K. A. P., Silva, J. A. G, Costa, J. V. C. P., Costa, A. C., Severiano, E. C., Fernandes, P. B., Oliveira, K. J., Mendonça, K. T. M., Rodrigues, G. O. (2023). Fermentative profile and nutritive value of maize, legume and mixed silage. Semina: Ciências Agrárias, 44(5), 1909-1926. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2023v44n5p1909

Foto de Pedro Luttero Antônio Leal e Silva

Pedro Luttero Antônio Leal e Silva

Possuo experiência na área de Zootecnia, mora em fazenda desde os 15 anos, tendo experiencia na área de produção familiar, criação animal de bovinos e aves caipiras. Realizei estágio obrigatório sendo contratado na empresa BRASFERTIL Produtos agrícolas ltda, trabalhando lá por dois anos, possuindo uma leve experiencia no ramo da agronomia.
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Kátia Aparecida de Pinho Costa

Kátia Aparecida de Pinho Costa

Zootecnista, Doutora em Ciência do Solo, área de concentração: Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Lavras. É Professora D4 do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Rio Verde. É membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias-Agronomia (PPGCA-AGRO) e do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZ). Atualmente orienta um discente de doutorado, três de mestrado e três de Iniciação Científica. É coordenadora da Rede Goiana de Pesquisa em Forragicultura e Pastagens da Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e do Grupo de Pesquisa em Forragicultura e Pastagens do CNPq. Tem experiência na área de Forragicultura e Pastagens, Integração Lavoura-Pecuária, Fertilidade do solo, atuando principalmente nos seguintes temas: Recuperação e manejo de pastagens; Consorciação de gramínea e leguminosa; Produção e qualidade de silagem em sistema integrados.
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