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Início / Valor nutricional da pastagem

  • Materiais Técnicos
  • 16/02/2022

Valor nutricional da pastagem

Sumário

Os fatores que influenciam na qualidade nutricional da pastagem

Neste material você vai conhecer um pouco mais sobre:

  • Desempenho animal e qualidade da forragem
  • Quais fatores afetam a qualidade nutricional da pastagem

 

A qualidade nutricional da espécie forrageira está intimamente relacionada com o desempenho animal. Quando a fonte de forragem e a capacidade de aproveitamento do animal tornam-se limitantes para seu desempenho, a qualidade da forragem pode ser representada pela quantidade de forragem ingerida e por sua eficiência. O desempenho animal pode ser afetado por fatores intrínsecos da forragem (químicos, físicos e estruturais), quantidade de forragem disponível, potencial do animal (idade, sexo, raça e estado fisiológico), doenças e parasitas, clima, temperatura do ambiente, umidade relativa do ar, precipitação e radiação solar. 

O valor nutricional da forragem pode ser influenciado principalmente pela dinâmica metabólica da espécie forrageira, de modo que plantas com metabolismo C4 se baseiam na renovação da enzima PEP carboxilase e revelam menor proporção proteica em seus tecidos – a qual pode ser incrementada pela adubação nitrogenada. Entretanto, as plantas com metabolismo C3 baseiam seu aparato metabólico na renovação da enzima Rubisco e evidenciam camadas do mesófilo com células de paredes finas, sacarídeos e proteínas que podem ser degradadas no rúmen dos animais. 

O estádio fenológico influencia diretamente na deposição de carboidratos estruturais (nós e entrenós) das plantas forrageiras. No período vegetativo, 60 % do conteúdo celular é constituído por amidos, proteínas, lipídios, açúcares, minerais, bem como 40 % refere-se à parede celular composta por celulose, hemicelulose e lignina. No período reprodutivo, as proporções são inversas e há uma redução desses teores ao decorrer dos estádios fenológicos de desenvolvimento. As dinâmicas metabólicas das plantas em conjunto com a forma como a forragem é manejada podem determinar a qualidade nutricional da forragem. Plantas com menores quantidades de resíduo resultam em melhor qualidade nutricional, pois renovam seus tecidos e incrementam o potencial de rebrote.

Proteínas

O suprimento das necessidades nutricionais dos animais depende da proteína oriunda da dieta, pois estas atuam na microbiota ruminal ou na fermentação no rúmen. Nas plantas forrageiras, a magnitude da proteína verdadeira depende do estádio fenológico de desenvolvimento, podendo corresponder a 70 %. Para fenos essa proporção é de apenas 60 % e na silagem é muito pequena; em contrapartida, a fração de proteína oriunda do nitrogênio não proteico corresponde a 30 %, a fração proteica insolúvel corresponde a 5 % do total e geralmente está associada à lignina presente na parede celular. 

Carboidratos

Caracterizam-se como os principais constituintes das plantas e correspondem a 60 a 80 % da matéria seca. Desta forma, são considerados os nutrientes mais importantes para a produtividade das espécies forrageiras. Atuam na transferência e no armazenamento de energia e são componentes da parede celular das plantas. 

Os carboidratos são classificados em estruturais, que correspondem a 30 a 80 % do total, representam a parede celular, a pectina, a hemicelulose, a celulose e a lignina (polímero fenólico que se associa aos carboidratos não estruturais); podem atuar na delimitação celular e na sustentação das plantas, sendo que nas plantas C4 apresentam-se mais evidentes devido a sua anatomia. Os carboidratos não estruturais correspondem ao conteúdo celular, à glicose, à frutose, ao amido, à sacarose e aos demais dissacarídeos, sendo estes acumulados em tecidos de reserva. Apresentam-se solúveis e nas plantas com metabolismo C3 tendem a acumular mais sacarose e frutose; em plantas C4 preconiza-se o acúmulo de amido e sacarose. 

Lipídeos

Apresentam grande importância para as espécies forrageiras (triglicerídeos e glicolipídios), ceras, pigmentos, ácidos orgânicos e óleos essenciais. Estes elementos encontram-se em menores quantidades nas plantas, mas agem especificamente na proteção e na palatabilidade da forragem. São fontes de energia aos animais e evidenciam-se em maiores concentrações nas folhas de espécies forrageiras C3; contudo, menores concentrações são obtidas nas hastes ou colmos das espécies forrageiras C4.

Minerais

Não são considerados fontes de energia para os animais, mas reúnem 17 elementos essenciais ao organismo animal. A composição varia conforme o estádio fenológico de desenvolvimento da planta, tipo de solo, adubação, espécie forrageira, características do genótipo, estação, ano agrícola, número e intensidade de desfolha. A menor concentração de minerais na planta pode ser decorrente da carência de elementos no solo e da baixa eficiência no armazenamento destes elementos nos tecidos da planta.

Valor nutritivo da forragem e produção animal

O valor nutritivo da forragem é dependente da fração predominante nas plantas forrageiras, tais como folhas, colmos ou hastes e inflorescências. Desta maneira, as folhas são responsáveis pelo maior acúmulo de proteína bruta e menor fração de fibras; os colmos ou hastes e bainhas foliares evidenciam maior fração fibrosa e menor digestibilidade. 

A seletividade do animal pode modificar a conformação estrutural do dossel de plantas; o manejo de fertilizantes e o pastoreio modificam a fração bromatológica da forragem. Diante disto, os elementos mais afetados pelo manejo de fertilizantes (nitrogênio) são a proteína bruta e a digestibilidade, sendo possível reduzir proporcionalmente a fração de fibra em detergente neutro (FDN) e ácido (FDA).

Longevidade da pastagem

A longevidade ou persistência da pastagem apresenta-se imprescindível para o sucesso da atividade agropecuária, pois mantém aptas e produtivas as áreas já implantadas, possibilita minimizar os efeitos do desmatamento e a abertura de novas áreas para o cultivo de pastagens, minimiza os custos de produção, garante o retorno financeiro ao agropecuarista e minimiza a degradabilidade das pastagens consolidadas (ex.: campo nativo).

Condições de manejo que proporcionam o crescimento e o desenvolvimento das pastagens de modo sustentável determinam o tempo de uso destas, ou seja, a preservação do ponto de crescimento ou meristema apical, a emissão de afilhos, a manutenção do vigor e a produtividade ao longo do tempo e espaço, a obtenção de um rebrote, a adequada taxa de lotação, o número e o nível da intensidade de desfolha, que são técnicas que proporcionam a maior longevidade da pastagem, pois busca-se equilibrar os fatores ambientais, as técnicas de manejo e o sistema de criação animal, mantendo as pastagens sustentáveis ao longo do tempo.

REFERÊNCIAS

SILVA, J. A. G.; CARVALHO, I. R.; MAGANO, D. A. A cultura da aveia: da semente ao sabor de uma espécie multifuncional. Curitiba, PR: CRV, 2020. v. 1000.
CARVALHO, I. R.; SZARESKI, V. J.; NARDINO, M.; VILLELA, F. A.; SOUZA, V. Q. Melhoramento e produção de sementes de culturas anuais: soja, milho, trigo e feijão. Saarbrücken, Germany: Ommi Scriptum Publishing Group, 2018. v. 50.
CARVALHO, I. R.; NARDINO, M.; SOUZA, V. Q. Melhoramento e cultivo da soja. Porto Alegre: Cidadela, 2017. v. 100.

Foto de Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria (2014). Especialista em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelotas (2018). Mestre em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Santa Maria (2015). Doutor em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (2018).Pós Doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes/Plantas de Lavoura através da Universidade Federal de Pelotas (2018/2019). Atualmente é Professor de Agronomia e Medicina Veterinária, Coordenador do Programa de Melhoramento Genético na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - (Linha de Pesquisa Grãos) e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade.
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Murilo Vieira Loro

Murilo Vieira Loro

Técnico em Agropecuária pela Escola Estadual Técnica Guaramano (2014). Engenheiro Agrônomo pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2020). Pós Graduando em Biotecnologia na Universidade Estadual de Maringá e em Estatística e Modelagem Quantitativa pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria. Atuação em Estatística experimental e Biotecnologia Vegetal.
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