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Início / Uma visão geral sobre o nitrogênio

  • Materiais Técnicos
  • 15/02/2022

Uma visão geral sobre o nitrogênio

Sumário

Neste material, você vai conhecer um pouco mais sobre:

  • O nitrogênio no ambiente.
  • Estratégias das plantas para obter nitrogênio.
  • Adubação nitrogenada.

O nitrogênio nas plantas

Para a maioria das plantas, o nitrogênio (N) é o principal macronutriente limitante para o crescimento vegetal. Este elemento pode constituir de 2 a 5% da massa seca dos vegetais e é requerido para a síntese de aminoácidos e proteínas, além de estar presente em diversas outras macromoléculas e enzimas.

Em geral, a deficiência deste nutriente em plantas é caracterizada por sintomas de clorose (folhas com manchas amareladas). Entretanto, em outras plantas, podemos observar a formação de áreas avermelhadas. Os sintomas manifestam-se, principalmente, nas folhas mais velhas devido à mobilidade deste elemento na planta (Figura 1). Ainda, a deficiência de N é caracterizada pelo baixo desenvolvimento das plantas, redução na emissão e crescimento de folhas, além da redução do perfilhamento em gramíneas.

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Figura 1. Deficiência de nitrogênio em plantas de milho. Fonte: Elevagro.

O nitrogênio no ambiente

No ambiente, o N encontra-se em diferentes formas. O gás nitrogênio (N2) é a forma de N mais abundante no ambiente, constituindo aproximadamente 78% dos gases da atmosfera. No ambiente solo, o N também se encontra na forma orgânica e inorgânica. O N orgânico é representado pelas macromoléculas formadoras da matéria orgânica do solo e demais moléculas presentes nos detritos vegetais. A forma inorgânica é representada pelo N como íons que podem estar interagindo com os minerais, ou livres na solução do solo. As raízes das plantas absorvem N, principalmente na forma de íons de nitrato (NO3-) e de amônio (NH4+). 

Como as plantas obtêm nitrogênio?

Como foi abordado acima, a maior parte do N está na forma de gás (N2). Apesar de abundante, essa forma de N molecular não pode ser absorvida pelas plantas. Contudo, algumas culturas conseguem obter N a partir da simbiose mutualística com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico.

Como exemplo, podemos citar a cultura da soja (Glycine max), em que parte do N extraído pela cultura é fornecida pelo solo (15 a 35%) e parte pela fixação simbiótica do N2 atmosférico (65 a 85%) (VITTI; TREVISAN, 2000). Esse processo de obtenção de N atmosférico para a produção de compostos orgânicos através da simbiose entre plantas leguminosas e bactérias noduladoras (Bradyrhizobium spp.) é denominado fixação biológica de nitrogênio (FBN) (Figura 2). Outras leguminosas, como o feijão-preto e feijão-caupi, também obtêm a maior parte do N a partir da FBN.

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Figura 2. Plantas de soja com nódulos nas raízes. Fonte: Elevagro.

E na ausência de FBN?

Em contrapartida, para suprir a demanda de N exigida pelas culturas agrícolas não leguminosas (ex: milho, trigo, arroz, cevada, etc.) é necessário o uso de fertilizantes nitrogenados.

Os fertilizantes podem ser orgânicos ou inorgânicos; contudo, o uso das formulações inorgânicas é a mais empregada na agricultura, principalmente por possuírem maiores teores de N nas formulações. Atualmente, existe uma grande diversidade de fertilizantes nitrogenados disponíveis no mercado, como por exemplo ureia (45% N), sulfato de amônio (21% N), nitrato de potássio (13% N), nitrato de amônio (32% N), fosfato diamônio-DAP (16 % N), entre outros.

Algumas bactérias também podem auxiliar na fixação de nitrogênio em plantas não leguminosas; entretanto, as quantidades de nitrogênio fixadas podem não ser suficientes e, assim, faz-se necessário adicionar fontes adicionais de nitrogênio. Nessas plantas, como por exemplo milho, trigo, cana-de-açúcar, não observamos a formação de nódulos, como nas leguminosas. 

Quando e como devo aplicar o nitrogênio?

A aplicação dos fertilizantes nitrogenados depende de vários fatores, como a quantidade de N disponível no solo, as exigências nutricionais da cultura, o estádio de desenvolvimento da planta, a produtividade estimada, a formulação do fertilizante, entre outros fatores.

O primeiro passo para realizar um bom manejo da adubação nitrogenada é conhecer quais são os momentos críticos em que a planta mais necessita de N para o seu desenvolvimento. Apesar de as plantas precisarem de N durante todo o seu ciclo de vida, existem alguns estádios do desenvolvimento em que o N é demandando em maiores quantidades.

Por exemplo, para a cultura do milho (Zea mays), a maior absorção de N (~60%) ocorre até o florescimento, sendo que alguns componentes de rendimento são definidos no estádio V5 e, após o estádio V7, ocorre uma explosão de crescimento na cultura (YAMADA; ABDALLA, 2000). Então, para essa cultura, a adubação nitrogenada de cobertura deve ser realizada ligeiramente antes desses momentos (V3 a V6), para que o N esteja presente no solo e as raízes consigam absorver a quantidade de N demandada pela cultura.

No vídeo abaixo você pode conferir os estádios de desenvolvimento do milho:

 
 

Animação: Escala fenológica do milho

Conheça as fases de desenvolvimento do milho palavras-chave: milho, fenologia, fases de desenvolvimento, estádios fenológicos

Outro fator importante é conhecer as características do fertilizante para otimizar a sua eficiência. Os adubos nitrogenados podem possuir alta mobilidade no ambiente. Por exemplo, a aplicação de N-amoniacal pode resultar na perda de N por volatilização da amônia (NH3), ou através da lixiviação de NO3- após a nitrificação do NH4+ no ambiente solo. Assim, uma estratégia utilizada é a aplicação parcelada desses adubos, para evitar a rápida perda de N por volatilização ou lixiviação. Além disso, a adubação parcelada é uma estratégia para aumentar a probabilidade de as raízes obterem N do solo nos momentos mais críticos do desenvolvimento.

Referências:

VITTI, G. C.; TREVISAN, W. Manejo de macro e micronutrientes para alta produtividade da soja.  Informações Agronômicas, n. 90, jun. 2000.
YAMADA, T.; ABDALLA, S. R. S. Como melhorar a eficiência da adubação nitrogenada do milho? Informações Agronômicas, n. 91, set. 2000.

 

 
Foto de Me. Ricardo Rubin Balardin

Me. Ricardo Rubin Balardin

Ricardo started his career as an agronomist by participating for Phytus Group in a pre-marketing project for the Fox Xpro product (2017). As a post-graduate CNPq student, he went to a Master's program with exclusive dedication in Soil Science at the Federal University of Santa Maria, with a focus on Biological Control of Nematodes using nematophagous fungi. Ricardo has a degree in Agronomy (2017) from the Federal University of Santa Maria and a Master's Degree in Soil Science from the same university. He is fluent in English and Spanish. He currently works as a collaborator for the company Elevagro, Santa Maria / RS, with the role of Contentist and Reviewer, actively participating in content creation and their review and also reviewing courses offered by the same platform.
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"Engenheira Agrônoma formada pela Universidade Federal de Santa Maria, Mestra em Ciência do Solo na mesma instituição, com ênfase em Biodinâmica e Manejo do Solo. Formação: Engenheira Agrônoma pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) (2012-2017); Mestra em Ciência do Solo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) (2017-2019); PhD student at University of Puerto Rico"
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Eng. Agrônomo e Me. em Ciência do Solo. Pesquisador em Nutrição de Plantas na Phytus | Staphyt Brazil.
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