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Início / Sistemas de manejo de pastagem

  • Materiais Técnicos
  • 16/02/2022

Sistemas de manejo de pastagem

Sumário

Confira os benefícios e as desvantagens dos sistemas de pastejo contínuo e rotacionado

 

O sistema de manejo para o pastejo é composto pelo número de dias de ocupação, que se refere ao período em que os animais ficam pastejando na área, e pela pressão de pastejo, que é um dos aparatos mais importante nesta dinâmica.
O ganho animal para a produtividade de leite ou carne deve ser baseado na quantidade e na qualidade de matéria seca disponível aos animais, o máximo ganho animal ocorre quando existe uma menor pressão de pastejo, alta disponibilidade de forragem, ausência de problemas de seletividades dos animais e subpastejo.

Vamos conhecer alguns sistemas de pastejo?

Pastejo contínuo 

Este sistema é caracterizado pela permanência dos animais durante toda a estação de pastejo

Uma das principais características fisiológicas do pastejo contínuo é a capacidade de estimular o afilhamento, ou seja, a capacidade e a plasticidade que a forragem possui em sobreviver e produzir em situações de desfolha. 

A alta densidade de afilhos favorece a interceptação eficiente da luz, sendo importante realizar estratégias de manejo que minimizem os efeitos do menor número e tamanho de afilhos, tais como, a retirada dos animais de locais da pastagem que apresentem baixos IAF, altura de pastejo e massa de forragem. 

Dentre as principais espécies forrageiras cultivadas no Brasil, os gêneros Brachiaria e Cynodon apresentam bons rendimentos forrageiros quando submetidas ao sistema de ocupação contínua, revelam intenso afilhamento e emissão de folhas. Esses fatores resultam no baixo efeito da carga animal contínua na pastagem e proporciona rápida recuperação da área foliar.

Pastejo rotacionado

Este manejo caracteriza-se por áreas subdivididas em dois ou mais piquetes, proporcionando que a forrageira descanse em um determinado período. Pode-se utilizar uma carga animal fixa ou variável. Em sistemas rotacionados é necessário o maior investimento em instalações e equipamentos, mas incrementa-se a homogeneidade da forragem, fezes e urina. Apresenta vantagens como o aumento da taxa de lotação, a uniformidade de pastejo, maior sobrevivência de plantas que não toleram uma lotação contínua, revela uma grande gama de opções aos produtores, tanto na escolha da espécie forrageira, como na conservação de forragem, feno e silagem.

exemplo-esquema-de-pastejo-rotacionado
Figura 1. Exemplo de esquema de pastejo rotacionado. Fonte: Elevagro.

Este sistema foi desenvolvido em 1974 por André Voasin, estabelecendo a necessidade de um período de descanso da forrageira entre dois cortes sucessivos para que ocorra o acúmulo nas raízes da reserva orgânica necessária para o rebrote, e então, restabeleça os atributos morfológicos da planta forrageira. O tempo de ocupação de um piquete deve ser curto o suficiente para que a planta passe pelo pastejo apenas uma vez antes da saída dos animais.

Os animais que necessitam de maior exigência nutricional devem consumir forragem de melhor qualidade (dividir os animais em lotes); da mesma forma, para que os animais tenham produção regular, não devem permanecer no mesmo piquete por mais de três dias, sendo considerado como ideal um dia por piquete para garantir o rebrote e o controle residual da pastagem. 

O período de descanso apresenta-se variável para cada espécie forrageira. Busca-se incrementar este período para aumentar o descanso do piquete, a produtividade e a persistência das plantas, entretanto, para a qualidade da forragem os períodos curtos de descanso apresentam melhores resultados. Alguns sistemas rotacionados são apresentados a seguir:

Grupo de animais: onde os mesmos animais ficam na pastagem durante todo o período de utilização do piquete.

Dois Grupos de animais: nos primeiros dias de ocupação do piquete, coloca-se os animais nutricionalmente mais exigentes (despontadores); após, inicia-se o pastejo dos animais com menores exigências nutricionais (raspadores).

Creep Grazing: neste sistema, os bezerros têm acesso exclusivo a piquetes com forrageiras de maior qualidade; quando aplicado ao sistema rotativo, os bezerros sempre têm acesso aos piquetes. Isto favorece um melhor desempenho dos bezerros e peso ao desmame, o que proporciona reflexos na eficiência e economia com essa abordagem.

Em faixas ou racional: nestas condições as pastagens são organizadas em faixas divididas pela necessidade diária dos animais. Para referência utiliza-se 100 m² por dia para cada unidade animal (450 kg).

Diferido: ao final do período chuvoso, algumas partes das pastagens são mantidas sem o acesso dos animais (diferido), para que ocorra o acúmulo de feno que será destinado aos animais no período seco do ano.

Pastejo rotacionado intenso: busca-se o maior aproveitamento da forragem com a melhor qualidade nutricional, onde o período de pastejo é ajustado conforme a fisiologia e a dinâmica de rebrote das plantas e certas perdas devido ao pisoteio. Requer um acompanhamento diário, uso de fertilizantes, mineralização pelos animais e área livre de plantas daninhas; o período de pastejo deve ser curto e compreender de um a sete dias para que na retirada dos animais o estoque de forragem no piquete seja adequado e permita o rebrote vigoroso.

Divisão das pastagens: esta prática apresenta-se de grande importância tanto para os animais como para a espécie forrageira. Varia de acordo com a categoria dos animais e com o sistema de pastejo adotado (contínuo, rotativo ou alternado). Geralmente utiliza-se de oito a doze piquetes por pastagem, seu tamanho é ponderado através do número de animais e da capacidade de suporte da espécie forrageira, porém, deve ofertar água e sombra aos animais. 

REFERÊNCIAS

SILVA, J. A. G.; CARVALHO, I. R.; MAGANO, D. A. A cultura da aveia: da semente ao sabor de uma espécie multifuncional. Curitiba, PR: CRV, 2020. v. 1000.
CARVALHO, I. R.; SZARESKI, V. J.; NARDINO, M.; VILLELA, F. A.; SOUZA, V. Q. Melhoramento e produção de sementes de culturas anuais: soja, milho, trigo e feijão. Saarbrücken, Germany: Ommi Scriptum Publishing Group, 2018. v. 50.
CARVALHO, I. R.; NARDINO, M.; SOUZA, V. Q. Melhoramento e cultivo da soja. Porto Alegre: Cidadela, 2017. v. 100. 

Foto de Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria (2014). Especialista em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelotas (2018). Mestre em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Santa Maria (2015). Doutor em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (2018).Pós Doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes/Plantas de Lavoura através da Universidade Federal de Pelotas (2018/2019). Atualmente é Professor de Agronomia e Medicina Veterinária, Coordenador do Programa de Melhoramento Genético na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - (Linha de Pesquisa Grãos) e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade.
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Murilo Vieira Loro

Murilo Vieira Loro

Técnico em Agropecuária pela Escola Estadual Técnica Guaramano (2014). Engenheiro Agrônomo pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2020). Pós Graduando em Biotecnologia na Universidade Estadual de Maringá e em Estatística e Modelagem Quantitativa pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria. Atuação em Estatística experimental e Biotecnologia Vegetal.
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