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Início / Principais doenças em espécies forrageiras

  • Doenças
  • 16/02/2022

Principais doenças em espécies forrageiras

Sumário

Neste material você vai conhecer um pouco mais sobre as principais doenças que acometem as pastagens: antracnose, carvão, cercosporiose, escaldadura das folhas, pústula bacteriana, raquitismo das soqueiras, estrias vermelhas, ferrugem comum, do colmo e da folha, giberela, helmintosporiose, míldio, nanismo amarelo, mosaico, mosaico dourado do feijoeiro, mosaico comum da soja, podridão das raízes e colmos, e nematoides.

Antracnose (Colletotrichum sp.)

A antracnose é uma doença causada por um fungo que permanece latente nas plantas hospedeiras e restos culturais. Resulta em danos significativos nas espécies como sorgo forrageiro, estilosantes, amendoim forrageiro, puerária, feijão miúdo, aveia branca, aveia preta, trigo duplo propósito, cevada forrageira, milho, alfafa e capim sudão.

Ambientes com períodos quentes e úmidos durante o ciclo das espécies forrageiras são favoráveis ao desenvolvimento da antracnose, causando lesões foliares elípticas, alongadas, de cor marrom acinzentada e manchas necróticas que podem resultar na morte das plantas. Dentre as espécies com danos expressivos destaca-se a alfafa, que evidencia redução na área foliar, produtividade de matéria seca e sementes. 

Carvão (Ustilago sp.)

O carvão é uma doença que ocorre principalmente nas culturas da aveia branca, aveia preta, cana-de-açúcar, milho, sorgo forrageiro, cevada forrageira, feijão miúdo e trigo duplo propósito. É comum em pastagens que utilizam genótipos suscetíveis ou sementes infectadas não tratadas, causando danos expressivos, principalmente nos campos de produção de sementes.

Este patógeno é favorecido por condições de déficit hídrico associado ao período de rebrote, e pode acometer folhas, legumes, hastes de plantas verdes e senescentes. Os sintomas caracterizam-se como massas escuras, localizadas nas estruturas reprodutivas e denominadas vulgarmente de chicote. Ocorrem geralmente no meristema apical das plantas, formando galhas ou vassoura de bruxa, que podem comprometer a qualidade bromatológica e a produção de sementes, bem como destruir toda a estrutura reprodutiva. 

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Figura 1. Espiga de planta de aveia-preta atacada pelo fungo Ustilago avenae, agente causal do carvão da aveia. Fonte: Mônica Debortoli.

Cercosporiose, Mancha olho de Rã (Cercospora sp.)

A Mancha Olho de Rã, ou Cercosporiose, é causada por um fungo que acomete espécies como sorgo forrageiro, alfafa, amendoim forrageiro, cana-de-açúcar, feijão miúdo, soja perene e milho. Sua incidência ocorre geralmente em áreas de clima quente, com temperaturas do ar entre 22 a 30ºC, elevada umidade relativa do ar e presença de água na superfície foliar.

Seus sintomas iniciais evidenciam-se nas folhas do baixeiro, com lesões circulares de coloração escura, limitadas pelas nervuras das folhas, que podem ocorrer nas hastes, legumes e sementes. Dentre os prejuízos, evidenciam-se a redução da área foliar, capacidade fotossintética da planta, produção de massa verde, senescência e abscisão foliar. 

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Figura 2. Cercosporiose em milho. Fonte: Leandro Marques e Nédio Tormen. Disponível

Escaldadura das folhas, pústula bacteriana, raquitismo das soqueiras (Xanthomonas sp.), estrias vermelhas (Pseudomonas sp.)

Estas doenças são causadas por infecção bacteriana e acometem cana-de-açúcar, capim galáxia, feijão miúdo, soja perene e milho. Os sintomas característicos são estrias esbranquiçadas de coloração vermelha a amarela, paralelas com as nervuras, que correm do ápice da planta até as folhas mais velhas. A evolução da doença resulta em necrose dos tecidos da parte aérea, hastes, legumes e espigas, causando abscisão foliar, que resulta em efeitos negativos no crescimento e desenvolvimento das plantas, e podem causar a sua morte. As maiores infestações são observadas nas bordas das lavouras e pastagens, em ambientes úmidos, quentes, de alta precipitação pluviométrica e em áreas irrigadas. 

Ferrugem comum, do colmo e da folha (Puccinia sp.)

Caracterizam-se como algumas das mais importantes doenças no cenário agropecuário. Afetam as principais espécies forrageiras da região sul e centro-oeste do Brasil, tais como aveia branca, cana-de-açúcar, aveia preta, azevém, centeio forrageiro, quicuio, cevada forrageira, capim Rhodes, trigo duplo propósito e sorgo forrageiro.

Sua disseminação ocorre por meio do vento e os sintomas são pústulas na face superior e inferior das folhas e colmo, e cor amarela no início do desenvolvimento da doença e escura nos estágios avançados. Esses sintomas danificam as estruturas morfológicas da planta, reduzem a capacidade fotossintética, afetam a produtividade de grãos e sementes, a qualidade bromatológica e a palatabilidade da forragem.

Condições favoráveis para o desenvolvimento da doença são caracterizadas por ambientes com temperaturas amenas e alta umidade relativa do ar. Seu controle pode ser realizado por meio do uso de genótipos tolerantes ou resistentes, épocas de semeadura desfavoráveis ao desenvolvimento da doença, eliminação de plantas voluntárias e utilização de genótipos precoces.

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Figura 3. Sintomas de ferrugem estriada (Puccinia striiformis) em folhas de trigo. Fonte: Gerson Dalla Corte..

Giberela (Gibberella sp.)

A Giberela é uma doença oriunda de ação fúngica, que acomete cana-de-açúcar, cevada forrageira, milho, sorgo forrageiro e trigo duplo propósito. Sua infestação associa-se à presença do hospedeiro e os sintomas variam em função do estádio fenológico das plantas. No período vegetativo, resulta na redução do crescimento do sistema radicular, do vigor das plantas e da área foliar. Em contrapartida, sua ocorrência no período reprodutivo danifica espigas e panículas, causando o decréscimo da produtividade, da qualidade da forragem e das sementes, bem como resulta na presença de micotoxinas. 

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Figura 4. Gibberella em azevém. Fonte: Mônica Debortoli.

Helmintosporiose (Helminthosporium sp.)

A Helmintosporiose é uma doença intrínseca às espécies de aveia branca, aveia preta, cevada forrageira, centeio forrageiro, milho, sorgo forrageiro e cana-de-açúcar, causada pela ação de fungos necrotróficos que sobrevivem em restos culturais, causam lesões necróticas pardas nas folhas, colmos e espigas. A grande abrangência desta doença deve-se à capacidade de sobreviver em restos culturais e disseminar-se através das sementes, podendo causar danos nas plantas em todos os estádios fenológicos de desenvolvimento. As condições favoráveis para esta doença são temperaturas amenas, alta umidade relativa do ar e elevada oferta de nitrogênio. 

Míldio (Peronosclerospora sp.)

O míldio ocorre principalmente no sorgo forrageiro, milho, alfafa e ervilha forrageira, e está entre as principais doenças com sintomas nas folhas e no meristema apical, pois pode causar a esterilidade das estruturas reprodutivas, redução da produção de sementes e lesões cloróticas com a tonalidade marrom a preta. As condições ótimas para o desenvolvimento são temperaturas entre 10ºC a 18ºC e umidade relativa do ar em torno de 90%. 

Nanismo Amarelo (Barleyyellowdwarf vírus), Mosaico (Sugarcanemosaicvirus), Mosaico Dourado do Feijoeiro (Bean Golden mosaic vírus) e Mosaico Comum da Soja (Soybeanmosaic vírus) 

Estes complexos de doenças são causados pela ação de vírus que acometem aveia branca, aveia preta, trigo duplo propósito, cevada forrageira, ervilha forrageira, soja perene, cana-de-açúcar, sorgo forrageiro, feijão miúdo e milho. Os sintomas iniciais são as modificações na coloração das folhas, variando de amarelo a roxo-avermelhado, com predominância no terço médio da folha ao ápice, causando o desenvolvimento retardado de touceiras, contrastes na tonalidade e coloração das folhas infectadas, raquitismo, redução da massa e qualidade das sementes, esterilidade do aparato reprodutivo e queda da produtividade forrageira. 

Podridão das raízes e colmos (Pythium sp., Rhizoctonia sp., Sclerotium sp., Colletotrichum sp., Fusarium sp., Macrophomina sp.)

As podridões são causadas por muitas doenças, como o cancro das raízes (alfafa), mofo-branco (amendoim forrageiro, ervilha forrageira), podridão das raízes (cana-de-açúcar), amarelecimento de Fusarium (feijão miúdo), podridão vermelha da raiz (soja perene), Macrophomina (sorgo forrageiro, trigo duplo propósito, milho e centeio forrageiro). Estes fungos possuem a habilidade de sobreviver no solo em restos culturais e se propagam por meio das sementes. Baixas temperaturas e alta umidade relativa do ar são favoráveis para o desenvolvimento dos fungos, principalmente o Pythium sp. Estas doenças são beneficiadas pelo ataque de insetos-praga, pois os danos causados por insetos são porta de entrada para a infecção, que reduzem a produtividade de matéria verde, a população de plantas e a produção de sementes. 

Nematoides (Meloidogyne sp., Pratylenchus sp., Criconemoides sp.)

Estas espécies de nematoides são causadores de galhas e cistos, ocorrem nas culturas da cana-de-açúcar, ervilha forrageira e soja perene. Apresentam sintomas em reboleiras e sua infecção atua como porta de entrada para outros patógenos que causam danos às raízes, redução na absorção de água, nutrientes e comprometimento do sistema radicular, raquitismo das plantas e amarelecimento dos tecidos vegetais. Mesmo em condições ótimas de fertilidade do solo, as plantas podem apresentar deficiência nutricional, pois o pH elevado e a temperatura do solo de 28ºC favorecem o crescimento das populações de nematoides. 

Referências

SILVA, J. A. G.; CARVALHO, I. R.; MAGANO, D. A. A cultura da aveia: da semente ao sabor de uma espécie multifuncional. Curitiba, PR: CRV, 2020. v. 1000. 404p.
CARVALHO, I. R.; SZARESKI, V. J.; NARDINO, M.; VILLELA, F. A.; SOUZA, V. Q. Melhoramento e produção de sementes de culturas anuais: soja, milho, trigo e feijão. Saarbrücken, Germany: Ommi Scriptum Publishing Group, 2018. v. 50. 229p.
CARVALHO, I. R.; NARDINO, M.; SOUZA, V. Q. Melhoramento e cultivo da soja. Porto Alegre: Cidadela, 2017. v. 100. 366p.

Foto de Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria (2014). Especialista em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelotas (2018). Mestre em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Santa Maria (2015). Doutor em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (2018).Pós Doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes/Plantas de Lavoura através da Universidade Federal de Pelotas (2018/2019). Atualmente é Professor de Agronomia e Medicina Veterinária, Coordenador do Programa de Melhoramento Genético na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - (Linha de Pesquisa Grãos) e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade.
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Murilo Vieira Loro

Murilo Vieira Loro

Técnico em Agropecuária pela Escola Estadual Técnica Guaramano (2014). Engenheiro Agrônomo pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2020). Pós Graduando em Biotecnologia na Universidade Estadual de Maringá e em Estatística e Modelagem Quantitativa pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria. Atuação em Estatística experimental e Biotecnologia Vegetal.
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