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Início / Nabo forrageiro como planta armadilha em áreas com mofo-branco

  • Materiais Técnicos
  • 18/02/2022

Nabo forrageiro como planta armadilha em áreas com mofo-branco

Sumário

O nabo forrageiro tem sido uma cultura bastante utilizada como planta de cobertura no período de entressafra. Na região Sul onde comumente se planta cereais de inverno como trigo e cevada, o nabo tem sido uma cultura estratégica na janela de plantio entre a colheita da soja e a semeadura da cultura de inverno.

O nabo é uma planta que tem se encaixado bem nessa janela de outono devido algumas características como o rápido crescimento, bom volume de massa de raízes e de parte aérea e por ser uma planta positiva tanto para as gramíneas de inverno quanto para a soja que virá no verão. Como essa janela é curta, em média de 30 a 60 dias, o nabo se encaixa bem nesse cenário.

Nabo como cultura “armadilha” em áreas com mofo-branco


Desde que bem manejada, a cultura do nabo pode ser uma boa opção de manejo em áreas com mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum). Mas como isso se o nabo é uma cultura hospedeira de mofo-branco?

A ideia é similar ao manejo do banco de sementes de plantas daninhas, ou seja, estimular a germinação das estruturas de resistência do fungo e posteriormente eliminar a planta hospedeira não permitindo a sua multiplicação. Em áreas com histórico de mofo-branco, existem estruturas de resistência do fungo no solo, chamados escleródios, os quais podem persistir viáveis por longos anos (Figura 1). Os escleródios no solo funcionam como um banco de sementes.

A cultura do nabo cria condições favoráveis de umidade devido ao rápido crescimento e fechamento do dossel, bem como estímulos para germinação dos escleródios devido a abundância na produção de flores que caem ao solo. Os escleródios germinados formam as estruturas reprodutivas chamadas de apotécios (Figura 1). Os apotécios aparecem na superfície do solo e são responsáveis pela produção de uma grande quantidade de esporos infectivos do fungo (ascósporos), os quais são ejetados e dispersos até as flores da cultura hospedeira para dar início as infecções iniciais. As infecções iniciais ocorrem mais eficientemente via pétalas de flores.

Figura 1. Escleródio germinado e apotécios formados (A) e apotécios na superfície do solo (B).

A dessecação do nabo no momento certo 

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Após a formação de microclima e caída de flores do nabo no chão, tem-se condição para germinação de uma grande quantidade de escleródios no solo. Próximo a esse momento, após a formação de apotécios e antes do mofo atacar a cultura, é fundamental realizar a dessecação do nabo. O fundamento é estimular a germinação dos escleródios, mas não permitir que o mofo se multiplique, eliminando a planta hospedeira. Com a dessecação consegue-se reduzir o número de escleródios viáveis no solo, reduzindo o inóculo inicial para a cultura da soja.

Figura 2. Abundância na produção de flores de nabo

Cuidado! E se a dessecação for mal posicionada?

Se a dessecação for muito antecipada, no período vegetativo do nabo, antes da produção de flores, é possível que os estímulos não sejam suficientes para a germinação de uma grande quantidade de escleródios. A derrubada de flores é importante.

Por outro lado, o atraso da dessecação é muito preocupante. Se a dessecação for atrasada e o mofo-branco atacar o nabo, o fungo pode se multiplicar e aumentar a produção de escleródios, comprometendo o objetivo dessa prática. Permitir que infecções ocorram no nabo e novos escleródios sejam formados, a pressão de ataque para a cultura da soja no verão poderá ser ainda maior, por isso, é muito importante que essa estratégia do nabo seja bem utilizada. 

Figura 3. Formação de novos escleródios em soja.
Foto de Dr. Leandro Marques

Dr. Leandro Marques

Graduado em Agronomia (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Possui mestrado e doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia pela mesma Universidade. Atuou na pesquisa a campo como pesquisador no Instituto Phytus na área de fitopatologia. Na área de ensino atuou como coordenador de conteúdo e treinamentos da plataforma Elevagro, sendo autor e tutor de diversos cursos online e presenciais. Possui experiência em fitopatologia, com ênfase em: controle químico de doenças em plantas, quantificação de doenças, ferrugem da soja, absorção e dinâmica de fungicidas, respostas fisiológicas de plantas a estresses abióticos e fitotoxidade de agrotóxicos. Atualmente é professor de Fitopatologia no curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI).
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