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Início / Mofo branco na soja: estratégias de manejo

  • Materiais Técnicos
  • 16/02/2022

Mofo branco na soja: estratégias de manejo

Sumário

Manejo de mofo branco 

Neste material você vai conhecer um pouco mais sobre:

  • Condições favoráveis para o desenvolvimento do mofo branco.
  • Estratégias de manejo do mofo branco na soja.

 Agente causal

O fungo Sclerotina sclerotiorum é o agente causal da doença conhecida como mofo branco. A doença denomina-se “mofo branco” pelo fato de seus sintomas envolverem a formação de uma rede densa de hifas brancas sobre os tecidos vegetais. Na soja, essa doença pode se desenvolver em praticamente qualquer parte da planta, como raízes, caule, folhas, flores e vagens.

Figura 1. Micélio de Sclerotinia sclerotiorum em soja. Fonte: Nedio Tormen (2013). Disponível em: https://elevagro.com/foto/micelio-de-sclerotinia-sclerotiorum-em-soja-mofo-branco/. Acesso em: 25 mar. 2021.
Figura 1. Micélio de Sclerotinia sclerotiorum em soja. Fonte: Nedio Tormen (2013).

Condições favoráveis para o desenvolvimento da doença


Os anos que apresentam alta umidade e temperaturas mais amenas, principalmente durante a noite, aumentam a severidade do mofo branco. Estudos indicam que para cada ponto percentual de aumento de mofo branco na cultura da soja, ocorre um decréscimo na produtividade de aproximadamente 17 kg/ha, além de aumentar significativamente os escleródios presentes na área em 100 g/ha (MAYER et al., 2018). Apesar da doença poder se manifestar tanto no estágio vegetativo quanto no estágio reprodutivo da cultura da soja, é no período de floração e de formação dos legumes que ocorre a maior suscetibilidade da cultura ao S. sclerotiorum. Isto ocorre porque as estruturas denominadas de ascósporos conseguem ser transmitidas facilmente pelo vento até os apêndices florais e infectar as flores, as quais servem como fonte de alimento para o fungo. 

Medidas de manejo 

Para evitar grandes perdas de produtividade, as estratégias mais conhecidas para o controle desta doença são semeadura sob palhada de gramínea (pois gramíneas não são hospedeiras de S. sclerotiorum), rotação de culturas, uso de sementes certificadas e aplicação de fungicida no início do florescimento e durante a floração. Deve-se dar mais atenção às áreas com histórico de mofo branco e elevada densidade de escleródios, reduzindo o intervalo de aplicação para evitar a reinfestação da doença. Além disso, quando o dossel da cultura fechar na entrelinha, deve-se optar por aumentar a vazão e/ou volume de calda, com o objetivo de atingir uma melhor cobertura do terço inferior das plantas. 

Outro aspecto bem importante relacionado ao ciclo do mofo branco é o manejo de cobertura, utilizando a cultura do nabo antes da semeadura do trigo, principalmente no estado do Rio Grande do Sul. Embora essa rotação traga benefícios agronômicos (ciclagem de nutrientes, descompactação, entre outros), essa prática pode favorecer o desenvolvimento do patógeno. Dessa maneira, as sementes de nabo forrageiro  costumam apresentar elevadas quantidades de escleródio, sendo semeadas juntamente com a cultura. Portanto, dentro desse tipo de manejo, deve-se priorizar as sementes de alta qualidade fitossanitária, isentas de estruturas de disseminação do mofo branco, e realizar vistorias frequentes nas lavouras com nabo forrageiro, nas quais, quando for observada a incidência da doença, deve-se optar por eliminar os restos culturais e não retirar sementes da área.

Referências

MAYER, M. C.; CAMPOS, H. D.; GODOY, C. V.; UTIAMADA, C. M.; SEII, A. H.; DIAS, A. R.; JACCOUD FILHO, D. S.; BORGES, E. P.; JULIATTI, F. C.; NUNES JUNIOR, J.; SILVA, L. H. C. P. da; SATO, L. N.; MARTINS, M. C.; VENANCIO, W. S. Eficiência de fungicidas para controle de mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) em soja, na safra 2017/2018. Londrina: Embrapa Soja, 2018. (Embrapa Soja. Circular Técnica, 140).
AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M.; CAMARGO, L. F. A. Manual de Fitopatologia: doenças em plantas cultivadas. 5. ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2016.

Foto de Me. Rodrigo Ferraz Ramos

Me. Rodrigo Ferraz Ramos

Eng. Agrônomo e Me. em Ciência do Solo. Pesquisador em Nutrição de Plantas na Phytus | Staphyt Brazil.
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Me. Nariane de Andrade

Me. Nariane de Andrade

Engenheira Agrônoma e Mestra em Ciência do Solo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutoranda em Solos e Nutrição de Plantas pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Atua nas seguintes áreas: ciência do solo; biologia e microbiologia do solo; biologia molecular aplicada a biologia e microbiologia do solo; ecologia microbiana. Formação: Doutoranda em Solos e Nutrição de Plantas, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Brasil (2022 – atual). Mestranda em Ciência do Solo, Universidade Federal de Santa Maria, Brasil (2020 – 2022). Graduação em Agronomia, Universidade Federal de Santa Maria, Brasil (2014 - 2019). Técnica em Agropecuária, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS – Campus Bento Gonçalves).
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