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Início / Ferrugem do Feijoeiro

  • Materiais Técnicos
  • 09/10/2014

Ferrugem do Feijoeiro

Sumário

Neste material conheça a ferrugem do feijoeiro (Uromyces appendiculatus ), sua importância, etiologia, epidemiologia, sintomatologia e estratégias de manejo.

  • Feijão: Phaseolus vulgaris L. (Família: Fabaceae)
  • Nome da doença: Ferrugem
  • Nome do patógeno: Uromyces appendiculatus
  • Reino: Fungi
  • Filo: Basidiomycota
  • Classe: Urediniomyceto
  • Ordem: Uredinales
  • Família: Pucciniaceae
  • Gênero: Uromyces

Importância

A ferrugem do feijoeiro tem causado epidemias severas nas Américas e na África principalmente, mas também tem ocorrido em regiões de clima temperado (Acevedo et al., 2013).

No Brasil, é considerada como de grande importância e os danos causados variam em função das condições ambientais e das práticas implementadas para o manejo da doença.

Ainda assim, estudos sugerem perdas da ordem de 45% (Jesus Junior et al., 2001).

 

Etiologia

O fungo [Uromyces appendiculatus (Pers.) Unger], agente causal da ferrugem do feijoeiro, pertence à subdivisão Basidiomycotina. É um parasita obrigatório, macrocíclico e autóico.

No entanto, picniósporos e aeciósporos são raramente vistos na natureza. Como o feijoeiro no é cultivado durante praticamente o ano todo no Brasil, o fungo geralmente sobrevive na fase uredial.

Os teliósporos, quando formados, aparecem no final da estação de cultivo, em resposta a estímulo de temperatura, luz e umidade. (Bianchini et al., 2005). 

 

Epidemiologia

A principal forma de dispersão é através do vento, mas o trânsito de máquinas e implementos, animais e do próprio homem pode contribuir para esse processo. Por ser um fungo biotrófico, U. appendiculatus não sobrevive em restos culturais, mas sim em plantas voluntárias de feijoeiro ou hospedeiros alternativos.

De forma geral, a ponte verde criada pelo cultivo contínuo do feijoeiro no Brasil contribui de forma mais significativa com inóculo para novas infecções. O fungo penetra no tecido foliar através dos estômatos, após a formação do tubo germinativo e apressório.

Condições de temperatura entre 17 e 27°C e umidade relativo superior a 95% são ideais para infecção. A liberação dos uredósporos, entretanto, é maximizada com umidade relativa inferior a 60%, geralmente após um longo período de umidade elevada (Sartorato & Rava, 1994; Bianchini et al., 2005).

 

Sintomatologia

Os sintomas podem ocorrer nas vagens e hastes, mas predominam nas folhas, sendo visíveis cerca de 6 dias após a infecção na forma de pequenas pontuações esbranquiçadas e levemente salientes.

Estas pontuações aumentam ligeiramente em diâmetro e tornam-se amareladas.

Aos 7-9 dias, as lesões rompensem-se formando pústulas pardo-amareladas.

Cerca de 10-12 dias após a infecção, observam-se sintomas típicos, caracterizados por pústulas de 1-2 mm de diâmetro, com abundante produção de uredósporos, comumente circundados por halo clorótico (Bianchini et al., 2005).

 

Sintomas e sinais da ferrugem em feijoeiro comum. (a) Face adaxial de folha de feijão com várias pústulas de Uromyces appendiculatus, (b) detalhe de pústula na face adaxial e (c) abaxial da folha, (d) pústula em esporulação observada em lupa e (e) uredosporos observados em microscópio

 

Estratégias de manejo

O controle da ferrugem em feijoeiro, na prática, tem sido realizado quase que exclusivamente com a utilização de fungicidas.

A eliminação de plantas voluntárias, escolha da época de semeadura e a utilização de cultivares resistentes são desejáveis, ainda que esta última seja prejudicada pela alta variabilidade do patógeno. Os fungicidas mais usados até o momento pertencem ao grupo dos triazóis e estrobilurinas.

Literatura consultada

Jesus Junior, W.C. DE; Vale, F.X.R. DO; Coelho, R.R.; Hau, B.; Zambolim, L.; Costa, L.C.; Bergamin Filho, A. (2001). Effects of angular leaf spot and rust on yield loss of Phaseolus vulgaris. Phytopathology, 11, 1045-1053.

Acevedo, M., Steadman, J. R., & Rosas, J. C. (2013). Uromyces appendiculatus in Honduras: pathogen diversity and host resistance screening. Plant Disease, 97(5), 652-661.

Bianchini, A.; Maringoni, A.C. & Carneiro, B.S.M.T.P.G. (2005). Doenças do feijoeiro. In: Kimati H, Amorim L, Rezende JAM, Bergamin Filho A, Camargo LEA (Eds.). Manual de Fitopatologia – Vol. 2. Doenças de Plantas Cultivadas. 4. ed. São Paulo SP. Editora Agronômica Ceres. pp. 570-588.

Sartorato, A., & Rava, C. A. (1994). Principais doenças do feijoeiro comum e seu controle. EMBRAPA-CNPAF. Documentos.

Foto de Dr. Nedio Tormen

Dr. Nedio Tormen

Técnico Agrícola (2005) pelo CEDUP Água Doce (SC), Engenheiro Agrônomo (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), Mestre em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2014) e Doutor em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2018) . Possui pesquisas concentradas em fitopatologia nas culturas da soja, algodão, milho e feijão. Atualmente é Diretor Técnico Cerrado no Instituto Phytus e pesquisador na área de fitopatologia.
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