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Início / Caracterização de espécies leguminosas forrageiras – Parte 1

  • Fenologia e Fisiologia 
  • 17/02/2022

Caracterização de espécies leguminosas forrageiras – Parte 1

Sumário

As plantas utilizadas para a produção de forragem apresentam características peculiares que as distinguem de outras espécies vegetais, tais como, alta capacidade de rebrote, tolerância ao pisoteio e produção de sementes.

A utilização das leguminosas forrageiras promove incremento na produção e na qualidade dos produtos de origem animal (ex.: carne, leite e seus derivados), aumentando o valor nutritivo, a qualidade bromatológica e, principalmente, a fração proteica. Estes fatores em conjunto culminam na diversificação da dieta fornecida ao animal. Deste modo, aqui serão descritas as características agronômicas das espécies forrageiras leguminosas, salientando sua importância na alimentação animal e no manejo.

Espécies de Leguminosas Forrageiras

Alfafa (Medicago sativa L.)

Esta espécie é uma forrageira estival com ciclo perene, considerada a rainha das forrageiras devido a sua elevada produtividade e qualidade bromatológica, principalmente em termos de proteína bruta. Pode ser utilizada para a produção de feno, pastejo rotacionado, silagem e produção de sementes.

Amendoim forrageiro (Arachis pintoi)

Seu cultivo proporciona elevada produção e qualidade da forragem. As plantas são extremamente competitivas com plantas daninhas e toleram baixas temperaturas do ar no período de inverno. A fração proteica da planta é oriunda do incremento da magnitude de folhas e biomassa, pois suas estruturas morfológicas podem obter de 13 a 22% de proteína bruta, e de 60 a 67% de digestibilidade. Possui ausência de problemas com timpanismo, apresenta tolerância ao pastejo, boa ressemeadura natural, além disso, são fixadoras de nitrogênio atmosférico, tolerantes à seca, a insetos-praga e a doenças, bem como, tem capacidade de ser consorciadas com outras espécies forrageiras.

Ervilhaca (Vicia sativa L.)

Oriunda da Europa, revela base genética formada por oito cromossomos. Seu fenótipo expressa hábito de crescimento herbáceo (trepador e decumbente), com ciclo anual e estruturas morfológicas glabras, com caule flexível, composto por gavinhas elípticas.

Figura 1. Ervilhaca (Vicia sativa L.). Fonte: Acervo pessoal – Ivan Ricardo Carvalho.
Figura 1. Ervilhaca (Vicia sativa L.). Fonte: Acervo pessoal – Ivan Ricardo Carvalho.

Ervilha forrageira (Pisum sativum L.)

Apresenta-se apta ao cultivo em ambientes temperados e subtropicais, mesmo em latitudes baixas e com déficit hídrico. Apresenta, como vantagens, a produção abundante de forragem no inverno, com elevada fração proteica e palatabilidade, alta capacidade de rebrote, fixação de nitrogênio simbiótico e facilidade de implantação. Em contrapartida, como desvantagens, elenca-se o curto ciclo para a produção de sementes e a necessidade de consorciar com outras espécies forrageiras, devido ao seu hábito decumbente.

Figura 2. Ervilha Forrageira (Pisum sativum L.). Fonte: Acervo pessoal – Ivan Ricardo Carvalho.
Figura 2. Ervilha Forrageira (Pisum sativum L.). Fonte: Acervo pessoal – Ivan Ricardo Carvalho.

Estilosantes (Stylosanthes guianesis)

Esta espécie forrageira é oriunda da América Central e da América do Sul. Caracteriza-se por ser perene, com hábito de crescimento herbáceo e ereto, porém, sob pastejo, pode apresentar crescimento prostrado. Aclimata-se ao cultivo em ambientes com maiores temperaturas do ar, não tolera geadas, tem preferências às condições tropicais úmidas, com elevada precipitação anual. Possibilita ser cultivada em consórcio com gramíneas (ex.: braquiária, capim colonião e gordura), evidencia baixa palatabilidade e apresenta proteína bruta em torno de 19% a 29% de fibra bruta.

Feijão-Miúdo (Vigna unguiculata)

Caracteriza-se por ser uma espécie anual cultivada no verão. Espécie de crescimento e desenvolvimento estival com plantas suscetíveis a geadas e temperaturas baixas. Dentre as vantagens, destaca-se a facilidade de semeadura, a alta produtividade de forragem nas estações quentes, a baixa exigência em fertilidade do solo, pode ser empregado em solos arenosos, revela excelente valor nutricional e não causa timpanismo aos animais ruminantes. Em contrapartida, há escassez de sementes, apresenta baixa tolerância ao pastejo e ao pisoteio dos animais.

Lotus El Rincón (Lotus subbiflorus)

Apresenta-se como uma espécie forrageira de inverno com ciclo bianual, requer verões amenos para manter seu ciclo bienal. Dentre suas peculiaridades, evidencia ampla adaptação e rusticidade, agressividade e capacidade de integrar-se com as espécies nativas, facilidade de implantação com baixo custo de manejo após a implantação, sendo indicada para os sistemas extensivos de produção. A forragem produzida expressa cerca de 15% de proteína bruta e 57% de digestibilidade da massa seca; esta constituição bromatológica proporciona acréscimos satisfatórios ao ganho de peso de rebanhos bovinos de cria e recria, bem como de ovinos.

Labe-Labe (Lablab purpureus)

Aclimatam-se a uma grande variabilidade de solos e climas, prefere solos bem drenados e férteis, não tolera déficits hídricos prolongados, cresce e desenvolve-se em solos pesados, onde evidenciam grande habilidade competitiva com plantas daninhas. Esta espécie apresenta muitas aptidões, tanto para o consumo por seres humanos, quanto para adubação verde, cobertura do solo, rotação de culturas e produção de silagem juntamente a gramíneas (ex.: sorgo e milho), onde incrementam a fração proteica da forragem.

Nabo Forrageiro (Raphunus sativus L.)

As plantas evidenciam ciclo precoce, sendo capazes de realizar a ciclagem de nutrientes (nitrogênio e fósforo). Pode ser destinado à rotação de culturas, à cobertura verde, à integração lavoura-pecuária e ao consórcio com outras espécies forrageiras. Sua implantação é prioritariamente destinada a ambientes com clima temperado, continental e tropical, pois depende da temperatura baixa do ar, da duração de seu período vegetativo, do florescimento e da produção de sementes. Apresenta-se como uma planta rústica, que se desenvolve em solos pobres, responsiva à adubação, e apresenta-se pouco palatável.

Figura 3. Nabo forrageiro (Raphunus sativus L.). Fonte: Larissa Gomes Araújo Tormen, disponível em: Elevagro.
Figura 3. Nabo forrageiro (Raphunus sativus L.). Fonte: Larissa Gomes Araújo Tormen, disponível em: Elevagro.

Pega-Pega (Desmodium adscendens)

É oriunda da América do Sul e da África. Caracteriza-se por ser uma planta herbácea com hábito de crescimento rasteiro e ciclo perene. As plantas crescem e desenvolvem-se em ambientes com precipitação anual superior a 800 milímetros, com temperatura do ar ótima em torno de 20 ºC. Os melhores desempenhos são obtidos em ambientes com baixa altitude e ausência de excessos de umidade. Trata-se de uma espécie forrageira rústica, não exigente em fertilidade do solo, no entanto, responde à adubação fosfatada, tolera baixas temperaturas do ar, fogo e pisoteio; é bem aceita pelos animais, tanto em cultivo solteiro como consorciado.

Serradela (Ornithopus sativus Brot.)

Esta espécie forrageira tem ciclo anual sendo cultivada no inverno; os caules são prostrados, pubescentes e podem chegar a um metro de altura. As plantas são adaptadas ao clima temperado, sendo consideradas rústicas, toleram o frio e a geada, são exigentes quanto à demanda hídrica, porém não toleram solos encharcados. A forragem produzida apresenta-se tenra, palatável, com alta proporção proteica, o que resulta em elevada aceitabilidade pelos animais.

Confira a parte dois do post sobre as principais forrageiras leguminosas

Referências

CARVALHO, I. R.; SOUZA, V. Q.; NARDINO, M.; OLIVEIRA, A. C. Resultados experimentais em plantas forrageiras. Porto Alegre: Cidadela, 2016. (v. 50).
CARVALHO, I. R.; SZARESKI, V. J.; DEMARI, G.; SOUZA, V. Q. Produção e cultivo de espécies forrageiras. Porto Alegre: Cidadela, 2018. (v. 100).

Foto de Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria (2014). Especialista em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelotas (2018). Mestre em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Santa Maria (2015). Doutor em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (2018).Pós Doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes/Plantas de Lavoura através da Universidade Federal de Pelotas (2018/2019). Atualmente é Professor de Agronomia e Medicina Veterinária, Coordenador do Programa de Melhoramento Genético na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - (Linha de Pesquisa Grãos) e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade.
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2 respostas

  1. Avatar Sidnei scolaro de Souza disse:
    14/10/2024 às 21:16

    Opa preciso de uma informação
    Alguma leguminosas
    Perene
    sementes
    Que não dá timpanismo
    Se tiver alguma variedade
    Me manda

    Responder
    1. Caroline Rabuscke Caroline Rabuscke disse:
      16/10/2024 às 11:29

      Olá Sidnei, tudo bem?
      Nosso especialista sugeriu a ervilhaca.
      Espero que tenhamos ajudado!
      Abraços!

      Responder

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