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Início / Ação Ampla: Manejo de doenças do milho com associação de fungicidas de amplo espectro

  • Materiais Técnicos
  • 04/04/2017

Ação Ampla: Manejo de doenças do milho com associação de fungicidas de amplo espectro

Sumário

O trabalho traz informações sobre o controle químico de manchas em milho.

Neste material você irá conhecer o importante papel de fungicidas de amplo espectro no controle das principais doenças do milho como:

  • Principais doenças foliares do milho
  • Controle Químico
  • Ferramentas de controle químico disponíveis
  • Ferramentas de controle químico disponíveis: Mancozebe
  • Ferramentas de controle químico disponíveis: Estrobilurinas
  • Ferramentas de controle químico disponíveis: Associação Estrobilurinas x Mancozebe
  • Resultados de Controle

Introdução

A cultura do milho (Zea mays L.) tem grande importância no agronegócio brasileiro e mundial, pelo fato de sua produção ser utilizada tanto na alimentação humana, animal e combustível.

O crescente incremento de áreas e/ou sucessão do cultivo podem predispor a cultura a alguns fatores que colocam em risco a produtividade da lavoura.

Com isso, a expressão do potencial produtivo e da qualidade do milho está intrinsicamente atrelado à sua sanidade foliar. Este último tem ganhado importância principalmente pela nova normativa do MAPA reduzindo as taxas de grão ardido permitidas.

Principais doenças foliares no milho


 

O sistema de plantio direto, aliado às áreas irrigadas, híbridos suscetíveis e, associadas aos plantios de ‘safrinha’, aceleram a progressão das doenças por proporcionarem maior sobrevivência dos patógenos no campo.

Dentre elas, merecem destaque:

  • Mancha de turcicum (Exerohilum turcicum) [Figura 1]
  • Mancha de cercospora (Cercospora zeae-maydis) [Figura 2]
  • Mancha de feosféria (Phaeosphaeria maydis) [Figura 3] 
  • Mancha de cabatiela (Kabatiella zeae) [Figura 4]

 

Figura 1 – Mancha de turcicum (Exerohilum turcicum)

 

Figura 2 – Mancha de cercospora (Cercospora zeae-maydis)

 

Figura 3- Mancha de feosféria (Phaeosphaeria maydis)

 

Figura 4 – Mancha de cabatiela (Kabatiella zeae)

Controle químico


Na tentativa de redução das perdas com controle de doenças na parte aérea, o uso de fungicidas tem aumentado substancialmente, principalmente em zonas de alta produtividade da cultura.

Nestas condições, híbridos com altos tetos produtivos trazem consigo menor rusticidade necessitando impreterivelmente, de proteção química.

Assim, a maior duração da área foliar sadia interfere na quantidade de luz absorvida, a qual é responsável pelos processos de absorção de água e nutrientes pelas raízes e translocação de carboidratos na planta.

Atualmente estão disponíveis fungicidas com boa eficácia, entretanto, a busca de novos produtos ou combinações pode, além de representarem novas alternativas, serem importantes ferramentas para evitar a resistência de patógenos aos fungicidas hoje utilizados.

 

Ferramentas de controle químico disponíveis

 

Os fungicidas são compostos químicos de amplo uso no controle de doenças de plantas, alguns com ação curativa, outros sistêmicos e também protetores.

Estes últimos estiveram distantes do seu uso em grandes culturas, ficando restrito somente a triazois, benzimidazois e estrobilurinas. No entanto, este grupo apresenta virtudes importantes do ponto de vista de controle e ações anti-resistência.

 

Ferramentas de controle químico disponíveis: Mancozebe

 

Alguns ativos como mancozebe (Etilenobisditiocarbamato de manganês com íon zinco) é um exemplo de fungicida não penetrante e protetor.

Este é classificado pelo FRAC (Fungicide Resistance Action Committee) como fungicida de ação multi-sítio, por interferir em diversos processos bioquímicos dentro do citoplasma da célula fúngica e mitocôndrias (Kaars Sijpesteijn, 1984).

Ainda segundo o autor, o efeito direto de mancozebe nos processos bioquímicos nucleares do fungo, resulta na inibição da germinação de esporos dos fungos.

Após a aplicação sobre a planta alvo, o composto permanece sobre a superfície da folha podendo haver uma redistribuição com umidade sobre a superfície foliar.

A natureza multi-sítio do modo como o mancozebe atua, mostra sua ação contra uma gama de fungos incluindo ascomicetos, oomicetos, basidiomicetos e fungos imperfeitos (Kaars Sijpesteijn, 1984).

Essa característica também pode explicar o fato dessa molécula ter reduzida capacidade de causar resistências de fungos ao fungicida.

 

Ferramentas de controle químico disponíveis: Estrobilurinas

 

Já a atividade antifúngica das estrobilurinas provém da sua capacidade de inibir a respiração mitocondrial pela ligação no sítio Q0, chamado de complexo citocromo bc1, localizada na membrana interna das mitocôndrias de fungos e outros eucariontes.

Quando ligados neste complexo, as estrobilurinas bloqueiam a transferência de elétrons entre o citocromo b e citocromo c1, que, por sua vez, interrompe o ciclo de energia dentro do fungo parando a produção de ATP (Bartlett, 2002).

Em estudos com azoxistrobina (Godwin et al., 1997 & Godwin et al., 1994) e piraclostrobina (Ammermann et al., 2000 & Stierl et al., 2000), demonstraram que a germinação dos esporos e a motilidade de zoósporos são os estágios do desenvolvimento dos fungos sensíveis a este grupo químico.

Isso pode ser explicado pelo seu modo de ação bioquímico, ou seja, interrupção da produção de energia, sendo particularmente eficazes contra estas fases pela alta demanda de energia para o desenvolvimento do fungo (Bartlett, 2002).

 

Ferramentas de controle químico disponíveis: Associação Estrobilurinas x Mancozebe

 

Atualmente as estrobilurinas são amplamente utilizadas em aplicações preventivas nas culturas agrícolas.

Logo, o uso dessas moléculas associado à outras com características químicas e de atuação distintas nos fungos como o caso dos ditiocarbamatos, em especial o mancozebe, pode ser uma alternativa para áreas de grande pressão de doenças principalmente necrotróficas.

Com a redução da evolução rápida e precoce das doenças nessas condições citadas, a possibilidade de dano na área foliar da planta diminui, culminando em menor transferência de patógenos dos tecidos verdes para o grão, e terminando no grão ardido. Resultados internos demonstraram-se positivos para o trigo, com redução significativa de giberela nos grãos.

 

Resultados de Controle químico

Quanto à distribuição dos patógenos ocorrentes no ensaio, E. turcicum foi o primeiro a se estabelecer e o primeiro a ter iniciado as avaliações de severidade nas plantas de milho. Logo em seguida, C. zeae-maydis, K. zeae e P. maydis tiveram suas ocorrência mais tardiamente constatadas.

No momento da primeira aplicação as plantas de milho apresentavam sintomas visuais de manchas de turcicum e cercospora, enquanto que as doenças de mancha de feosféria e cabatiela apenas após a segunda aplicação dos tratamentos.

Os tratamentos padrões piraclostrobina e azoxistrobina, bem como suas misturas com mancozebe (1,0 e 1,3 kg.ha-1, respectivamente), foram eficientes no controle de E. turcicum, C. zeae-maydis, K. zeae e P. maydis controlando a doença até 35 DAA2 (Dias Após Aplicação 2), com eficácias de controle superiores a 80%.

Isoladamente os tratamentos com uso de mancozebe em suas maiores doses (1,6 e 2,4 kg.ha-1 i.a) foram eficazes (>80%) no controle de C. zeae-maydis até 35 DAA2, enquanto que em suas duas menores doses (0,8 e 1,2 kg.ha-1 i.a) apresentaram eficácia apenas até os 21 DAA2.

Para a menor pressão dos alvos P. maydis e K. zeae, os tratamentos com mancozebe nas suas quatro doses foram eficazes.

Para o alvo E. turcicum o uso de apenas mancozebe não apresentou eficácia de controle em nenhuma das doses testadas.

Todos os tratamentos fungicidas promoveram ganhos na produtividade de grãos de milho quando comparados à testemunha sem aplicação, destacando os tratamentos com mancozebe adicionado a mistura com estobilurinas, incrementando em torno de 25%. 

É oportuno ressaltar que não foram observados sintomas de fitotoxicidade pela aplicação dos tratamentos e que além dos benefícios quantitativos, a mistura com fungicidas de amplo espectro poderá reduzir os níveis de grãos ardidos pela maior sanidade dos tecidos vegetais.

Assim, poderá ter efeito também na menor contaminação do grão, que ocorre durante o enchimento e principalmente pelo contato palha contaminada-grãos por ocasião da colheita e armazenamento.

Foto de Ph.D. Ricardo Balardin

Ph.D. Ricardo Balardin

"CEO do Phytus Group e CRO da DigiFarmz Smart Agriculture. Ph.D. em Crop and Soil Sciences, Plant Pathology pela Michigan State University (EUA); Doutorado em Crop and Soil Sciences, Plant Pathology. Michigan State University, MSU, Estados Unidos. (1994 - 1997); Mestrado em Fitotecnia pelas Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil. (1982 - 1984); Graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil. (1977 - 1982). Área de atuação: Soja, milho, proteção de plantas e controle químico das doenças, arroz, cereais de inverno e tecnologia de aplicação de fungicidas."
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Felipe Frigo Pinto

Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal de Santa Maria (2012). Possuo experiência na área de Defesa Fitossanitária, com ênfase em Fitopatologia e Tecnologia de Aplicação de Defensivos Agrícolas, principalmente na cultura da soja, arroz, milho, feijão e trigo.
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Me. Juliano Uebel

Atuou em pesquisas pelo Instituto Phytus nas áreas de fitopatologia, entomologia e herbologia, e, também, estudos de eficácia agronômica de defensivos agrícolas. Pelo Instituto Phytus, também atuou como Tutor Técnico de cursos à distância e presenciais. Formação: Mestre em Agronomia pela Universidade de Brasília - UnB (2015). Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2012). Técnico em Agropecuária pela Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato (2000).
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Dr. Marcelo Gripa Madalosso

Dr. Marcelo Gripa Madalosso

Engenheiro Agrônomo, MSc. em Engenharia Agrícola (UFSM) e Dr. em Agronomia: Fitopatologia e Tecnologia de Aplicação de Fungicidas (UFSM). Professor e Pesquisador na Universidade Regional Integrada, Campus Santiago e Santo Ângelo. Diretor da Madalosso Pesquisas. Palestrante. Participa do desenvolvimento de Fungicidas e Tecnologias de Aplicação. Autor de bibliografias na área e revisor. Tem experiência nas áreas de fitopatologia, controle químico, estudo avançados de fungicidas, fitotoxidade, absorção foliar e tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas, atuando principalmente nos patossistemas ligados a soja, milho, arroz e trigo.
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Dr. Nedio Tormen

Dr. Nedio Tormen

Técnico Agrícola (2005) pelo CEDUP Água Doce (SC), Engenheiro Agrônomo (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), Mestre em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2014) e Doutor em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2018) . Possui pesquisas concentradas em fitopatologia nas culturas da soja, algodão, milho e feijão. Atualmente é Diretor Técnico Cerrado no Instituto Phytus e pesquisador na área de fitopatologia.
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