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Início / Tamanduá da soja (Sternechus subsignatus)

  • Materiais Técnicos
  • 07/12/2018

Tamanduá da soja (Sternechus subsignatus)

Sumário

Cenário da praga

A evolução da soja no Brasil trouxe consigo um aumento na ocorrência de algumas pragas. Muitas delas pressionadas pela monocultura e pelos sistemas de cultivo, como por exemplo o tamanduá ou bicudo-da-soja (Sternechus subsignatus).

Essa praga é considerada de difícil controle e vem ganhando importância pelos danos que tem causado às lavouras de vários municípios do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, oeste da Bahia, além de algumas lavouras nos estados de Goiás, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

Biologia e identificação

O tamanduá da soja, também conhecido como bicudo-da-soja é um inseto que na fase adulta é um coleóptero de cerca de 8 mm de comprimento e 5 mm de largura, de coloração negra e faixas amarelas. Nessa fase adulta, a praga raspa a haste da soja e faz postura na haste principal do vegetal, na região do anelamento, na qual desenvolvem-se as larvas que formam galhas.

 

Os ovos apresentam cor amarelada e são postos isoladamente dentro da planta, pelos orifícios, na região de anelamento, feito pela fêmea. É raro, mas pode haver posturas nos ramos laterais e nos pecíolos.


Após a eclosão dos ovos, surgem as larvas. Na fase ativa, as larvas ficam alojadas dentro dos tecidos e, à medida que vai se desenvolvendo, vai formando a galha. Esse período de atividade dura cerca de 25 dias.

 

 

Após o quinto Ínstar, a larva vai para o solo onde hiberna por cerca de 18 dias. Nessa fase, ela não se alimenta e fica a uma profundidade de cerca de 5 cm a 15 cm normalmente, pode ocorrer larvas em hibernação em até 25 cm de profundidade.

Identificação das injúrias e os danos na planta

 

Para se alimentar, o inseto na fase adulta raspa o caule da planta para sugar a seiva, causando a deficiência ou interrupção da seiva do ponto atingido até o ápice da planta.

Para a postura dos ovos, a fêmea faz um anelamento na haste principal da planta que dependendo da fase da cultura (fase inicial), a planta pode morrer totalmente.

Quando o ataque acontece mais tarde e as larvas se desenvolvem na haste principal, formando galhas, a planta pode quebrar pela ação do vento e das chuvas.

 

 

Sintomas observados nas plantas

Larva alojada formando uma galha na haste.

 

Época de semeadura e o ataque de tamanduá

Levantamentos realizados pela Embrapa Soja indicam quem os adultos saem do solo em maior número a partir de novembro e atingem seu pico populacional na segunda quinzena de dezembro. Assim, em semeaduras mais do cedo as plantas estarão mais desenvolvidas no momento de maior pressão da praga e dessa forma os danos serão menores. Já semeaduras mais tardias, a partir de 15 de novembro, os cuidados devem ser maiores já que as plantas estando mais jovens são mais suscetíveis ao ataque e aos danos da praga.

 

Estratégias de manejo integrado da praga


O controle químico desse inseto é difícil devido aos hábitos do inseto. Os ovos e larvas ficam protegidos dos inseticidas dentro da planta e os adultos sob folhagem na superfície do solo. Assim, a maneira mais eficiente para diminuir a população, é o uso do Manejo Integrado de Pragas (MIP) com rotação de culturas.

Resultados de pesquisas têm mostrado reduzido percentual de plantas mortas e danificadas e maior produtividade da soja, no final do período de rotação soja-milho-soja, quando comparado ao monocultivo de soja. Gramíneas em geral são boas opções para rotação de culturas devido a não serem hospedeiras da praga.

Na entressafra, quando forem detectadas larvas no solo, é indicado substituir a soja por uma espécie não hospedeira (milho, milheto, sorgo ou girassol), para interromper o ciclo biológico do inseto.

 

Controle químico

O uso de inseticidas deverá ser feito em tratamento de sementes e em pulverizações de parte aérea se detectada a praga na área. Dentre os principais inseticidas utilizados, o fipronil é um dos mais eficientes para o controle do tamanduá da soja. Encontra-se na literatura também trabalhos que evidenciaram um bom controle de neonicotinoides (tiametoxan e imidacloprido).

Tratamento de sementes:

Aplicar o produto homogeneamente sobre as sementes na dose recomendada. Experimentos realizados no campo e na casa-de-vegetação indicam que o tratamento de semente pode oferecer uma proteção inicial até uns 20 dias após a emergência de plantas. Após esse período, deve-se realizar o monitoramento constante para analisar essa praga na área e tomar a decisão de aplicações de inseticidas em parte aérea da cultura.

Aplicação em parte aérea:

Esse controle deve ser feito nos meses de novembro e dezembro, quando a maior parte dos adultos sai do solo, e repetido sempre que o inseto atingir os níveis de ação (1 ou 2 adultos/m, V3 e V6, respectivamente). Utilizar volume de calda acima de 150 L/ha e priorizar aplicações noturnas. As pulverizações noturnas, entre às 22 h e às 2 h, são uma boa alternativa, pois a maioria dos adultos, nesse período, encontra-se na parte superior das plantas, em acasalamento.

 

 

Foto de Dr. Marlon Tagliapietra

Dr. Marlon Tagliapietra

Já atuou como colaborador de pesquisa e ensino do Instituto Phytus. Possui experiência na área de Fitopatologia, atuando principalmente nos temas de proteção de plantas e controle químico de doenças em soja, milho, arroz e cereais de inverno e tecnologia de aplicação de fungicidas. Formação: Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil; (2014 - 2017) Mestrado em Programa de Pós-Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil; (2012 - 2014) Especialização em Programa Especial de Graduação de Formação de Professores para a Educação P. pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil; (2014 - 2015) Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil; (2006 - 2011)
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