Nessa safra 2018/19 tem sido relatado a ocorrência de ataques de Spodoptera frugiperda em lavouras de soja no estado do Rio Grande do Sul, principalmente. Essa ocorrência tem sido histórica devido a terem ocorrido ataques em safras anteriores nesse mesmo período.
A lagarta-militar, também conhecida como lagarta-do-cartucho-do-milho ou lagarta Spodoptera (Spodoptera frugiperda) era considerada uma praga secundária nas lavouras de soja, porém vem ganhando importância devido a esses ataques. Devido a sua agressividade e potencial de dano tem se tornado um grande desafio para manejo.
Quais são os danos?
Os surtos podem ocorrer durante todo o ciclo de desenvolvimento da soja. No caso de semeaduras mais tardias esses ataques poderão ocorrer em soja em estágios iniciais de desenvolvimento. Quando os ataques são em soja recém emergida, as lagartas podem cortar plantas e causar tombamento. Quando o ataque se dá um pouco depois, as lagartas não causam tombamento, mas podem causar desfolha acentuada, danos em cotilédones e corte dos ponteiros das plantas, prejudicando seu desenvolvimento. Quando o ataque se dá mais para o final do ciclo da soja, poderá ocorrer desfolha intensa e ataque as vagens.
Importância do monitoramento
<
Essa lagarta pode ocorrer tanto em soja RR não Bt como em soja Bt. O monitoramento das áreas deverá ser bastante detalhado e frequente nesses meses de janeiro e fevereiro, principalmente se as condições de clima forem favoráveis como períodos reduzidos de chuvas.
A partir do monitoramento, se existir a presença de níveis populacionais razoáveis da lagarta, aplicações de inseticidas serão a opção. Quanto mais cedo detectado o problema na área e menor estiverem as lagartas (menor 1,5 cm), mais fácil será o controle. A medida que a população cresce e as lagartas se tornam grandes, além do dano que será maior, mais difícil se torna o manejo.
Confira abaixo dicas pata identificar a lagarta Spodoptera frugiperda: