Ir para o conteúdo
Logo Elevagro
  • Quem Somos
  • Planos
  • Aprenda

    Cursos

    Diversos cursos dedicados ao agronegócio para aprimorar suas habilidades Saiba mais

    Trilhas

    Jornadas guiadas de aprendizado para você se especializar na sua área Saiba mais

    Plataforma de cursos

    A maior plataforma de cursos por assinatura especializada no agronegócio Saiba mais

    Veja também:

    Especialização
    Pós graduação
    Elevagro Corporate
  • Conteúdos
    Blog
    Materiais gratuitos
  • Login
Conheça a plataforma
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Login

Início / Principais patógenos no desenvolvimento inicial de feijão

  • Materiais Técnicos
  • 18/02/2022

Principais patógenos no desenvolvimento inicial de feijão

Sumário

Antracnose

A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum é considerada umas das mais importantes da cultura do feijoeiro, podendo provocar perda total da mesma.


As condições ambientais ótimas para o desenvolvimento deste fungo são temperaturas amenas (14ºC a 20ºC) e alta umidade relativa. A principal forma de disseminação é via semente, e o patógeno tende a sobreviver em restos culturais. Plântulas oriundas de sementes infectadas podem morrer durante a germinação ou germinar com necrose nos cotilédones que atinge o hipocótilo e a radícula. Os principais sintomas são manchas castanho escuras e negras sobre as folhas, pecíolos e hastes. O ataque em plântulas pode levar ao tombamento, diminuindo a quantidade de plantas na área.

Neste contexto, o uso de sementes certificadas, práticas culturais como a eliminação dos restos culturais e também a utilização de cultivares resistentes são estratégias de manejo que visam o estabelecimento sadio da cultura. 

 

Mofo-branco

<

 

Doença com crescente expressão em áreas irrigadas de produção feijoeiro, o mofo-branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum tem como característica a preferência por locais com elevada umidade e temperaturas moderadas.

A elevada umidade resultante da irrigação da cultura associada a temperaturas amenas favorece a ocorrência da doença na lavoura. Ademais, alta densidade de plantas e consequente redução de entrada de luz no dossel contribuem para o estabelecimento e desenvolvimento do fungo. Algo importante a ser lembrado é que este patógeno possui estruturas de resistência, que o torna viável por um longo período. Tais estruturas são facilmente observadas em uma lavoura infectada por terem como característica sua coloração preta.

 As medidas de controle devem ser tomadas em conjunto, visando impedir a entrada do patógeno no campo, sendo estas: Rotação de cultura, utilização de sementes sadias, tratamento de sementes, escolha da cultivar, época de plantio e utilização do controle químico e biológico associados.

 

Mancha-angular

A mancha-angular do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) causado pelo fungo Phaeoisariopsis griseola, durante anos foi considerado doença secundária devido ao surgimento tardio nos cultivos e devido aos poucos danos relacionados à produção. Porém, com o passar dos anos disseminou-se amplamente principalmente pelas regiões com características de clima tropical e subtropical, tornando-se uma das principais doenças dessa cultura.

Quanto mais precoce for à ocorrência da doença durante o ciclo da cultura, maiores são as perdas no rendimento, que podem variar de 7% a 70%. Estas perdas podem ser devidas a desfolhação precoce, causada pela severidade do ataque do fungo nas folhas, ataque inicial às vagens e redução do tamanho do grão (SARTORATO, 2003).

A fonte de inóculo primário do patógeno inclui sementes contaminadas e restos de plantas infectadas. Em ambos os casos, os esporos produzidos são disseminados para as folhas pela ação dos ventos, respingos de chuva, ou ambos. A germinação dos esporos na superfície da folha ocorre somente em condições úmidas e em até três dias após a deposição (MONDA et al., 2001). Após nove dias após a infecção, o patógeno coloniza grande parte do parênquima foliar formando lesões necróticas (DALLA PRIA et al., 2003).

Os sintomas iniciais da mancha angular podem aparecer nas folhas primárias, apresentando aspecto mais ou menos circular, formando halos concêntricos de cor castanho-escura. Porém, pode ocorre tanto nas folhas como nas vagens, caules e ramos. Nas folhas trifolioladas, o sintoma mais evidente é o aparecimento de lesões de formato angular delimitadas pelas nervuras, inicialmente de coloração cinzenta, tornando-se, posteriormente, castanhas.

As estratégias utilizadas no manejo integrado da doença incluem as práticas culturais, a resistência genética e o emprego de fungicidas. A utilização de cultivares que apresentam elevado grau de resistência proporciona proteção adicional e torna-se ainda mais eficaz quando associada às outras práticas de manejo. Porém em muitos casos, o melhoramento genético do feijão visando à resistência a mancha angular é limitado devido à alta variabilidade genética apresentada pelo patógeno (SARTORATO et al., 1993).

 

Murcha-de-fusarium 

A murcha-de-fusarium é uma doença causada pelo fungo Fusarium oxysporum.  A doença tem seu desenvolvimento favorecido por baixas temperaturas, solo compactado e com alta umidade, condições comuns no cultivo intensivo da cultura. Os sintomas iniciais compreendem lesões longitudinais de coloração avermelhada. As plantas podem ficar impossibilitadas de absorver água e nutrientes por ter suas raízes primárias destruídas. Como consequência, a lavoura apresenta desuniformidade no estande, com plantas pouco desenvolvidas.

 

Como estratégias de controle temos o tratamento de sementes com fungicidas, a fim de evitar a entrada do patógeno na lavoura, e o uso de variedades resistentes. No entanto, devem ser empregadas outras medidas em conjunto, como a rotação de culturas e plantio em áreas livres do patógeno.


Referências:

DALLA PRIA, M. et al. Quantificação de componentes monocíclicos da mancha angular do feijoeiro. Fitopatologia brasileira, v. 28, p. 4, 2003.

MONDA, E. O.; SANDERS, F. E.; HICK, A. Infection and colonization of bean leaf by Phaeoisariopsis griseola. Plant pathology, v. 50, n. 1, p. 103-110, 2001.    

VIEIRA, C. et. al. Feijão: Aspectos gerais e cultura no Estado de Minas. Viçosa: UFV, 1998. 596 p.

SARTORATO, A. et al. Inheritance of dry bean resistance to Isariopsis griseola.Summa Phytopathologica, Piracicaba, v.19, n.5, p.30, 1993.

SARTORATO, A.; RAVA, A. Controle químico da mancha angular do feijoeiro comum. Embrapa Arroz e Feijão-Artigo em periódico indexado (ALICE), 2003.

 

Foto de Drª. Caroline Gulart

Drª. Caroline Gulart

Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, Nematologia, Tratamento de sementes, atuando principalmente nos seguintes temas: doenças de grandes culturas , avaliação da sensibilidade in vitro de fungos a fungicidas, manejo e identificação de nematóides em soja, milho e algodoeiro. Pesquisadora, coordenadora de Microbiologia e Tratamento de sementes do Instituto Phytus.
Ver outros conteúdos deste autor

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não deixe sua carreira para depois

Experimente agora e conheça todas as funcionalidades e benefícios da plataforma Elevagro.

Conheça a plataforma

Enriqueça seu conhecimento sobre o campo

Acesse gratuitamente os materiais ricos exclusivos da Elevagro.

VEJA TAMBÉM

Bactérias fitopatogênicas: o que são e como lidar
  • Doenças
  • 27/01/2025

Bactérias fitopatogênicas: o que são, suas caracterí...

As bactérias fitopatogênicas representam um desafio significativo para a produção agrícola global. Essas bactérias podem causar doenças que afetam a...

Ver mais
Germinação de sementes: o que é e como ocorre
  • Sementes
  • 13/01/2025

Germinação de sementes: o que é e como ocorre

A semente tem a função de perpetuação e multiplicação das espécies. É o elemento principal no estabelecimento, expansão, diversificação e...

Ver mais
Tendências do agronegócio para 2025
  • Mercado, Produtividade
  • 16/12/2024

Tendências do agronegócio 2025: tudo que você precis...

Com uma previsão de aumento para 8 bilhões de pessoas no mundo em 2050, o cenário atual da agricultura exige...

Ver mais
Ver mais artigos

Expanda seu conhecimento. Explore nossos cursos do agronegócio.

Confira os cursos
Logo Elevagro
Conhecimento que transforma a produtividade do agronegócio.
  • INSTITUCIONAL
  • Quem somos
  • Perguntas frequentes
  • Termos de uso e serviços
  • Política de privacidade
  • APRENDA
  • Cursos
  • Trilhas
  • Plataforma de cursos
  • Especialização
  • Pós-graduação
  • Elevagro Corporate
  • CONTEÚDOS
  • Blog
  • Seja um criador de conteúdo
  • CONTATO
  • Fale conosco
  • relacionamento@elevagro.com
  • (51) 9 9879-4278
  • Trabalhe conosco
Logo Google
WebShare a SEO First company © Copyright - Elevagro - Todos os direitos reservados