Neste Material você vai entender um pouco mais sobre:
- Azevém (Lolium multiflorum)
- Nabo forrageiro (Raphanus sativus)
- Trigo Mourisco (Fagopyrum esculentum)
Conhecer essas plantas é fundamental para definição da melhor espécie adaptada para cada realidade. A utilização dessas plantas são essenciais para:
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Proteger o solo contra processos de degradação;
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Diminuir do escoamento superficial e aumento da infiltração de água;
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Incremento de Matéria orgânica no sistema;
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Quebrar o ciclo de patógenos.
Confira também as plantas de cobertura indicadas para a região Centro-Norte.
Azevém (Lolium multiflorum)
Origem: Europa
Gramínea de inverno de ciclo anual, com hábito de crescimento cespitoso, utilizada em regiões de clima temperado e subtropical, possui rusticidade, grande resistência a baixas temperaturas e excelente qualidade nutricional, amplamente utilizada para pastejo durante os períodos de entressafra, e também como planta de cobertura solteira ou em consórcio. O azevém exige fertilidade do solo de média a alta, sendo a semeadura da espécie realizada no outono, onde são utilizadas em torno de 25 kg ha-1 de sementes, produzindo em média 5 a 8 t ha-1 de matéria seca.
Nabo forrageiro (Raphanus sativus)
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Origem: Europa e Ásia central
Forrageira de ciclo anual, com habito de crescimento herbáceo determinada, cultivada no outono-inverno preferencialmente nas regiões de clima frio e úmido, também podendo ser cultivada em regiões tropicais, tolerante a seca e geadas. Ótima opção para descompactação do solo e ciclagem de nutrientes. Não é exigente em fertilidade, sendo muito vigorosa. Possui ciclo de em média 120 dias, a semeadura é realizada no outono e se utiliza de 10 a 20 kg ha-1 de sementes, produzindo em torno de 3 a 9 t ha-1 de matéria seca.
Trigo Mourisco (Fagopyrum esculentum)
Origem: Ásia
Também conhecido como trigo serraceno, é uma espécie herbácea com hábito de crescimento ereto, de ciclo anual que se finda em cerca de 80 a 90 dias, cultivada nas estações de outono a inverno. Ideal para ser utilizada em janelas curtas entre plantios, devido ao seu ciclo curto, que possibilita ser manejado com 50 dias. Além disso, apresenta capacidade de se desenvolver em diferentes tipos de solo e em condições de baixa pluviosidade. A taxa de semeadura média é de 60 kg ha-1, produzindo por volta de 3 a 6 t ha-1 de massa seca. Para uma produção de 6,8 t ha-1 de matéria seca, o trigo mourisco pode reciclar cerca de 68 kg ha-1 N, 16 kg ha-1 P, 132 kg ha-1 K, 43 kg ha-1 Ca, 20 kg ha-1 Mg e 6 kg ha-1 S (Pereira et al. 2017).
REFERÊNCIAS
AGEITEC – Agencia Embrapa de Informação Tecnológica. Nabo Forrageiro. Disponível em:
CALEGARI, A. Plantas de cobertura: Manual técnico. Londrina: IAPAR, 2016.
FONTANELI, Renato Serena; DOS SANTOS, Henrique Pereira; FONTANELI, Roberto Serena. Forrageiras para integração lavoura-pecuária-floresta na região sul-brasileira. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2009. Ed. 1. 340 p. 2009.
GÖRGEN, Angela Valentini et al. Produtividade e qualidade da forragem de trigo-mourisco (Fagopyrum esculentum Moench) e de milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. BR). 2016.
FONTANELI, Renato Serena; DOS SANTOS, Henrique Pereira; FONTANELI, Roberto Serena. Forrageiras para integração lavoura-pecuária-floresta na região sul-brasileira. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2009. Ed. 1. 340 p. 2009.
PEREIRA, Alan P. et al. Ciclagem de nutrientes por plantas de cobertura de verão. Revista de Ciências Agrárias, v. 40, n. 4, p. 120-129, 2017.
OSAKI, F.; Influência de diferentes níveis de nitrogênio sobre a produção de matéria seca na cultura do azevém na região metropolitana de Curitiba. Boletim técnico Iapar, n.64, p.16, Curitiba-PR, Jul de 2010.