Confira as respostas da pesquisadora para as perguntas feitas durante as mesas redondas no 1º Seminário Phytus
- 1. Sabe-se que inoculação é fundamental para soja, existe algum trabalho sobre inoculante com fungicida?
- 2. Pensando em um lote de sementes armazenado por seis meses e livre de patógenos, justifica-se o gasto econômico com o uso de polímeros para manter o potencial de germinação e vigor?
- 3. Qual a mistura de ingrediente ativo mais comum usado para TS em soja? São vendidos juntos em alguma formulação única ou faz-se a mistura em calda?
- 4. Qual fungicida de TS apresentou melhor resultado para Phytophthora e qual residual deste produto?
- 5. Como é a relação do polímero na proteção? É o polímero que melhora a proteção da semente ou o efeito dele é sobre a melhor fixação/manutenção do fungicida?
- 6. Você citou que o uso de alguns polímeros até aumentou o vigor da semente. É isso mesmo, pode-se alterar para melhor o vigor de uma semente? Se sim, quais outras formas além dos polímeros?
1. Sabe-se que inoculação é fundamental para soja, existe algum trabalho sobre inoculante com fungicida?
Sim. De maneira geral, a maioria dos produtos utilizados para tratamento de sementes apresentam toxicidade sobre a bactéria, em maior ou menor grau, afetando a sua sobrevivência, ou ainda, afetando a sua penetração nas raízes e a capacidade de nodulação. Existem trabalhos realizados pela EMBRAPA, bem como pelo Instituto Phytus, onde se testaram alguns fungicidas para tratamento de sementes e o comportamento sobre a nodulação.
2. Pensando em um lote de sementes armazenado por seis meses e livre de patógenos, justifica-se o gasto econômico com o uso de polímeros para manter o potencial de germinação e vigor?
Mesmo em condições de sementes certificadas, o que temos visto é a alta incidência de patógenos na patologia das sementes, não só dos infectantes, como daqueles fungos que apodrecem as sementes (Aspergillus sp., Penicillium sp., Fusarium sp.). Além disso, a utilização dos polímeros, proporciona vários outros benefícios que irão impactar na plantabilidade, na redução dos efeitos negativos sobre bactérias fixadoras de N, entre outros. O custo é irrisório, perto dos benefícios proporcionados.
3. Qual a mistura de ingrediente ativo mais comum usado para TS em soja? São vendidos juntos em alguma formulação única ou faz-se a mistura em calda?
Hoje temos no MAPA mais de 40 fungicidas comerciais registrados para TS em soja de diversos grupos químicos e destes, temos produtos sistêmicos, de contato, sendo alguns compostos por um único ativo e diversos formulados em mistura., normalmente os fungicidas mais utilizados são aqueles compostos pelas misturas: Benzimidazol+ estrobilurina, Estrobilurina + tiofanato metílico, entre outros.
4. Qual fungicida de TS apresentou melhor resultado para Phytophthora e qual residual deste produto?
Os fungicidas que apresentam melhor desempenho para Oomicetos como Phytophthora spp. ou Pythium sp., por exemplo, são aqueles contendo Fludioxonil +Metalaxil-M , sendo que o residual de controle, de maneira geral, fica em torno de 12 dias.
5. Como é a relação do polímero na proteção? É o polímero que melhora a proteção da semente ou o efeito dele é sobre a melhor fixação/manutenção do fungicida?
Os polímeros proporcionam melhorias não só com relação à manutenção do fungicida (fixação e distribuição), mas principalmente com relação à proteção contra adversidades climáticas, tanto no armazenamento, quanto na semeadura.
6. Você citou que o uso de alguns polímeros até aumentou o vigor da semente. É isso mesmo, pode-se alterar para melhor o vigor de uma semente? Se sim, quais outras formas além dos polímeros?
Na verdade o que foi dito é que com relação à testemunha sem tratamento de sementes e sem polímero, houve aumento do vigor de plantas, em parte em função dos fungicidas e, em parte, em função do polímero.