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Início / Perguntas e Respostas – Fitopatologia Cerrado – 1º Seminário Phytus

  • Materiais Técnicos
  • 20/07/2016

Perguntas e Respostas – Fitopatologia Cerrado – 1º Seminário Phytus

Sumário

Confira as respostas do pesquisador para as perguntas feitas durante as mesas redondas no 1º Seminário Phytus


  • 1. Qual tem sido a resposta de Trichoderma no manejo via solo do mofo branco? Qual a melhor forma?
  • 2. Qual o manejo agronômico mais adequado para o controle do mofo branco? Qual a incidência dessa doença para os próximos anos? Perspectivas.
  • 3. As perspectivas para as próximas safras devem ser sempre ligadas a duas questões básicas: Já existe inóculo na área de cultivo? Quais serão as condições ambientais, principalmente precipitação e temperatura?
  • 4. Na última safra, PR, SC e RS tiveram chuvas acima da média, crescimento grande ou acima do normal da soja, o que poderia ter causado uma epidemia de mofo banco nesta região, e não aconteceu. Este ano teremos La Niña, o que é mais importante: chuva ou temperatura? Este ano aqui no Sul poderemos ter mais mofo branco?
  • 5. O uso de indutores de defesa (fosfitos) pode auxiliar no controle de mofo branco na soja e feijão?
  • 6. Sobre a questão do mofo branco, nas áreas da metade sul, a utilização de nabo forrageiro pré-cultura de inverno (pós-soja) e/ou associado à aveia preta visando cobertura de solo, levando em consideração as temperaturas características da região, pode ser um potencial problema?
  • 7. Numa situação de duas aplicações de carboxamida, devo intercalá-la com uma mistura de triazol + estrobilurina ou e realizar as duas em sequência?
  • 8. Aplicação de fungicida na fase vegetativa (V3-V6): performance/eficiência entre carboxamida sem triazol e mistura estrobilurina mais triazol.
  • 9. Pensando em soja no Cerrado, qual o melhor manejo para antracnose e mancha alvo? Como tem sido o desempenho de produtos?

1. Qual tem sido a resposta de Trichoderma no manejo via solo do mofo branco? Qual a melhor forma?

 

O uso do Trichoderma tem se mostrado uma alternativa muito interessante dentro de um programa de controle de mofo branco. Assim como todas as ferramentas de controle biológico disponíveis, deve ser empregado como parte de um “sistema”, não podendo ser simplesmente pulverizado em qualquer situação. Algumas práticas, como o não revolvimento do solo e a manutenção constante de cobertura vegetal, propiciam a médio/logo prazo incremento no teor de matéria orgânica no solo, o que favorece no solo o estabelecimento, colonização e multiplicação do Trichoderma e outros agentes com potencial de controle biológico. Dentro desse contexto, o Trichoderma tem apresentado respostas muito positivas no controle do mofo branco. O fungo Trichoderma, conforme comentado, se desenvolve no solo e desse modo, mesmo que a aplicação seja via pulverização, o alvo precisa ser o solo.

 

2. Qual o manejo agronômico mais adequado para o controle do mofo branco? Qual a incidência dessa doença para os próximos anos? Perspectivas.

 

O mofo branco se desenvolve de modo muito agressivo quando temos a ocorrência simultânea de duas condições: alta densidade de inóculo e condições ambientais (e de microclima) favoráveis. Dessa forma, precisamos trabalhar no sentido inverso, tentando reduzir a densidade de inóculo da área e criar condições de microclima desfavoráveis para a doença. Nesse contexto são práticas importantes no manejo do mofo branco: utilização de sementes livres de escleródios, tratamento de sementes com fungicidas, estabelecimento de cobertura do solo com gramíneas (milheto, braquiária, etc.) antes do cultivo principal, aumento do espaçamento entre linhas e redução da densidade, utilização de N em níveis adequados, sem que haja excesso (feijão e algodão), aplicação de fungicidas em parte aérea antes do início da infecção e utilização de tecnologia de aplicação que permita a penetração de fungicidas em todo o dossel.

 

3. As perspectivas para as próximas safras devem ser sempre ligadas a duas questões básicas: Já existe inóculo na área de cultivo? Quais serão as condições ambientais, principalmente precipitação e temperatura?

 

Se já houver inóculo na área e ocorrência de muita chuva e temperaturas amenas, a incidência de mofo branco deverá ser alta, do contrário não. Assim, se as previsões de La niña se confirmarem, devemos ter uma incidência menor no Sul e maior no Centro-Oeste. Entretanto, essa é uma previsão da média das regiões e precisamos ficar atentos às condições microrregionais, que muitas vezes são radicalmente diferentes da média da região e podem ser assim favoráveis a ocorrência do mofo branco.

 

4. Na última safra, PR, SC e RS tiveram chuvas acima da média, crescimento grande ou acima do normal da soja, o que poderia ter causado uma epidemia de mofo banco nesta região, e não aconteceu. Este ano teremos La Niña, o que é mais importante: chuva ou temperatura? Este ano aqui no Sul poderemos ter mais mofo branco?

 

Chuva e temperatura adequadas são necessárias para a alta incidência do mofo branco. Alta umidade e temperatura amena são essenciais. O que ocorreu no sul, na última safra, foi uma situação de muita chuva, porém com temperaturas acima da ideal para o mofo branco na maior parte das regiões. Quando a temperatura caiu um pouco, a chuva também diminuiu e a soja já estava praticamente fechando o ciclo. Outro fator que contribuiu para a não ocorrência dessa epidemia é que o inóculo de mofo branco ainda é baixo na maior parte das áreas da região Sul do Brasil e esse inóculo não viaja a grandes distâncias de forma rápida como o da ferrugem asiática, por exemplo. Entretanto, ficar alerta e impedir que esse inóculo aumente, significa evitar problemas graves no futuro. Não acredito em uma epidemia generalizada de mofo branco, mas é possível que em microrregiões específicas, especialmente em altitude acima de 600 m, a doença ocorra em maior intensidade.

 

5. O uso de indutores de defesa (fosfitos) pode auxiliar no controle de mofo branco na soja e feijão?

 

Acredito que existem muitos outros aspectos de maior impacto sobre o controle do mofo branco que necessitam ser executados anteriormente à efetivação da utilização de indutores de defesa. Se tivermos uma área com o solo corrigido em profundidade, disponibilidade adequada de TODOS os nutrientes, e um manejo cultural que permita a expressão de produtividade acima de 6.000 kg/ha em soja e acima de 4.000 kg/ha em feijão, nessas condições os indutores de efeito podem ter participação importante, não apenas para mofo branco, mas também para outros patógenos.

 

6. Sobre a questão do mofo branco, nas áreas da metade sul, a utilização de nabo forrageiro pré-cultura de inverno (pós-soja) e/ou associado à aveia preta visando cobertura de solo, levando em consideração as temperaturas características da região, pode ser um potencial problema?

 

Sim, pode ser um problema, mas que se reduz quando em consórcio com aveia. O inverno no Sul é frio, com alta umidade, criando condições ótimas para a multiplicação do patógeno e aumento da densidade de inóculo. Entretanto, não podemos nos esquecer dos efeitos benéficos que essa cobertura traz. Minha sugestão é evitar nabo em áreas que já tenham histórico de mofo e, caso seja usado, monitorar a presença de apotécios. Se os apotécios aparecerem em abundância, o melhor é dessecar o nabo, e assim evitar a multiplicação do inóculo. Há herbicidas que permitem matar apenas o nabo e, dessa forma, manter a cobertura com aveia e aproveitar parte dos benefícios dessa cobertura.

 

7. Numa situação de duas aplicações de carboxamida, devo intercalá-la com uma mistura de triazol + estrobilurina ou e realizar as duas em sequência?

 

Os resultados, que obtivemos até o momento, têm mostrado melhor eficiência de duas aplicações sequenciais de carboxamida, normalmente precedidas por uma aplicação de triazol + estrobilurina. Dependendo da necessidade, indica-se uma nova aplicação de triazol + estrobilurina no final do ciclo da cultura. É importante que as aplicações de carboxamida sejam sempre preventivas, podendo-se antecipar as aplicações de carboxamida.

 

8. Aplicação de fungicida na fase vegetativa (V3-V6): performance/eficiência entre carboxamida sem triazol e mistura estrobilurina mais triazol.

 

Isso vai depender de qual região você está e se o problema principal é ferrugem ou manchas nesses estádios fenológicos. Além disso, existe uma variação grande de eficiência dos ativos dentro de cada grupo químico. No meu ponto de vista, o critério precisa ser ferrugem: a aplicação de carboxamida tem que ser preventiva, então, se a ferrugem chegar cedo, essa aplicação deveria ser antecipada. Caso contrário, inicia-se com estrobilurina + triazol e aplica-se carboxamida na sequência.

 

9. Pensando em soja no Cerrado, qual o melhor manejo para antracnose e mancha alvo? Como tem sido o desempenho de produtos?

 

A antracnose e a mancha alvo são doenças causadas por patógenos necrotróficos, que têm a capacidade de sobreviver em restos culturais e ser transmitidos via sementes. Desse modo, a qualidade sanitária da semente, a rotação de culturas e o tratamento de sementes com fungicidas tem papel determinante sob a pressão de inóculo em cada ciclo de cultivo. Adicionalmente, o fator genético (escolha da cultivar) é igualmente importante devido à variação de suscetibilidade entre as cultivares a esses patógenos. Outro aspecto importante é o manejo da arquitetura das plantas de soja, capaz de alterar o microclima e favorecer ou não as doenças. A aplicação de fungicidas em parte aérea tem sido necessária para a maioria dos casos e, de modo geral, a eficiência tem sido razoável para mancha-alvo e ruim para antracnose. Isso se deve a vários fatores, mas a aplicação tardia tem sido o principal deles. O estabelecimento dessas doenças ocorre no início do ciclo da cultura e as aplicações têm sido realizadas normalmente no florescimento da soja, o que reduz muito a eficiência de controle.

 

 

 

Foto de Dr. Nedio Tormen

Dr. Nedio Tormen

Técnico Agrícola (2005) pelo CEDUP Água Doce (SC), Engenheiro Agrônomo (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), Mestre em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2014) e Doutor em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2018) . Possui pesquisas concentradas em fitopatologia nas culturas da soja, algodão, milho e feijão. Atualmente é Diretor Técnico Cerrado no Instituto Phytus e pesquisador na área de fitopatologia.
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