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Início / O que você precisa saber sobre Dichelops sp. em trigo

  • Materiais Técnicos
  • 16/02/2022

O que você precisa saber sobre Dichelops sp. em trigo

Sumário

Características, os danos e as medidas de controle para Dichelops sp.

Nesse material você vai saber mais sobre:

  • as principais características dos percevejos barriga-verde;
  • o ciclo do Dichelops sp
  • os danos causados por Dichelops sp.;
  • as formas de controle.

Introdução

Atualmente, a cultura do trigo tem sido atacada por diversas pragas, entre elas os percevejos, principalmente os percevejos conhecidos como barriga-verde do gênero Dichelops. Existem duas espécies mais conhecidas de percevejo barriga-verde: Dichelops furcatus (F.) e Dichelops melacanthus (Dallas); elas têm ocorrido em trigo com certa abundância, tanto no estado do Paraná como no Rio Grande do Sul (CHOCOROSQUI; PANIZZI, 2008). 
Tem-se observado recentemente um aumento na população D. furcatus em lavoura de trigo no Rio Grande do Sul. Com o aumento da área com sistema de semeadura direta, houve aumento significativo desses percevejos. Isso porque os percevejos se encontram na palhada, em restos de cultura como vagens e sementes secas, que servem de alimento e ambiente propício para sua sobrevivência (CHOCOROSQUI; PANIZZI, 2004) (Figura 1). 

Figura 1. D. furcatus abrigado embaixo da palha. Foto: Jonas Dahmer
Figura 1. D. furcatus abrigado embaixo da palha. Foto: Jonas Dahmer

Caracterização do percevejo Barriga-verde


As duas espécies, D. furcatus e D. melacanthus, possuem o lado dorsal marrom e o lado ventral verde (sendo que no período de baixa alimentação o lado ventral pode ficar marrom). O D. furcatus tem os prolongamentos laterais do pronoto da mesma cor do dorso e é um pouco maior, medindo cerca de 10 mm de comprimento. O D. melacanthus, como o próprio nome diz: melacanthus, significa cantos escurecidos, apresenta a extremidade do pronoto mais escura do que o resto do dorso e é menor, com cerca 7 mm de comprimento (Figura 2).

Figura 2. Adulto de D. furcatus (A) e D. melacanthus (B). Foto: Antônio R. Panizzi
Figura 2. Adulto de D. furcatus (A) e D. melacanthus (B). Foto: Antônio R. Panizzi

Os ovos possuem coloração verde-clara, e conforme maturam, vão escurecendo (Figura 3). As ninfas possuem coloração marrom-castanho na região dorsal e verde no abdômen nos quatro primeiros ínstares, e no quinto ínstar apresentam coloração esverdeada (Figura 4).

Figura 3. Ovos de D. furcatus. Foto: Jonas Dahmer
Figura 3. Ovos de D. furcatus. Foto: Jonas Dahmer
Figura 4. Ninfa de 5º ínstar de D. furcatus. Foto: Jonas Dahmer
Figura 4. Ninfa de 5º ínstar de D. furcatus. Foto: Jonas Dahmer

Ciclo do Dichelops sp.

O ciclo é influenciado pela dieta alimentar e pela temperatura, quanto maior a temperatura menor é o ciclo do Dichelops sp. O período de ovo a adulto dura em média 27 dias. Os adultos iniciam a cópula em 10 dias e as primeiras oviposições ocorrem após os 13 dias. Apresentam longevidade média que varia de 50 a 120 dias e a fecundidade varia de 70 a 170 ovos por fêmea.

Danos causados por Dichelops sp.

Os danos causados pela alimentação do Dichelops sp. iniciam na fase vegetativa, com perfurações que atravessam a bainha da folha atingindo o colmo ou as folhas internas, o que acarreta o maior perfilhamento da planta, deformação das folhas, com aspecto de charuto ficando enrolada e deformada, e aparecimento de folhas perfuradas simetricamente com halo amarelado ao redor dos furos (Figura 5).

Figura 5. Dano de D. furcatus na folha do trigo. Foto: Jonas Dahmer
Figura 5. Dano de D. furcatus na folha do trigo. Foto: Jonas Dahmer

Na fase reprodutiva, o dano é causado na base da espiga, acima do último nó do colmo da planta, no período fenológico da elongação e do emborrachamento, formação da espiga. Esses danos caracterizam-se pela ocorrência de espiga branca, nas quais não há formação e desenvolvimento de grãos, podendo haver perda parcial ou total da espiga (Figuras 6 e 7).

Figura 6. Dano causado por D. furcatus na formação de espiga branca (A), na formação de meia espiga branca (B), D. furcatus perfurando a espiga (C).
Figura 6. Dano causado por D. furcatus na formação de espiga branca (A), na formação de meia espiga branca (B), D. furcatus perfurando a espiga (C).
Figura 7. Dano causado por D. furcatus na bainha da folha (A) e D. furcatus perfurando a espigueta do trigo (B).
Figura 7. Dano causado por D. furcatus na bainha da folha (A) e D. furcatus perfurando a espigueta do trigo (B).

Formas de controle

O controle na fase inicial pode ser feito por meio do tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos. Geralmente, utilizam-se os inseticidas do grupo químico dos neonicotinoides, ou aplicações na forma de pulverização logo após a emergência das plantas, quando constatada a presença dos insetos, podendo ser usados os inseticidas dos grupos dos neonicotinoide, piretroides, carbamatos e organofosforados. 
Na fase reprodutiva, o controle pode ser realizado por meio de aplicações na parte aérea da planta, com os mesmos grupos químicos que podem ser usados em aplicações na fase vegetativa. Lembrando-se da importância de rotacionar os grupos ou subgrupos conforme as recomendações do IRAC (Comitê de Ação à Resistência a Inseticidas) para evitar a resistência. As aplicações de inseticidas para evitar perda no período reprodutivo devem ser realizadas antes da emissão da espiga.
Tanto na fase vegetativa como na reprodutiva pode ser realizado o controle biológico por meio de microhimenópteros do gênero Trissolcus. Outra forma de controle é evitar a presença de plantas daninhas hospedeiras na lavoura no período entre safra.

 Referências

CHOCOROSQUI, V. R.; PANIZZI, A. R. Impact of cultivation systems on Dichelops melacanthus (Dallas) (Heteroptera: Pentatomidae) populations and damage and its chemical control on wheat. Neotropical Entomology, Londrina, v. 33, n. 4, p. 487-492, 2004.
CHOCOROSQUI, V. R.; PANIZZI, A. R. Nymphs and adults of Dichelops melacanthus (Dallas) (Heteroptera: Pentatomidae) feeding on cultivated and non-cultivated host plants. Neotropical Entomology, Londrina, v. 37, n. 4, p. 353-360, 2008.

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