Neste material você vai ter acesso a informações sobre o patógeno causador do mofo branco em soja, tais como:
– Descrição;
– Hospedeiros;
– Sintomas na planta;
– Estratégias de controle.
Descrição
Causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, o mofo branco pode ocorrer tanto nos estádios vegetativos como reprodutivos da planta. A doença é favorecida por alta umidade aliada por temperaturas amenas à noite.
O patógeno é transmitido pela semente, esclerócios, micélios ou restos de cultura infectada. A fase de maior infecção começa na floração devido ao fechamento entre linhas e à presença de pétalas das inflorescências, fatores que favorecem a doença.
Hospedeiros
O patógeno infecta mais de 75 famílias, 278 gêneros e 408 espécies dentro das quais incluem alfafa, feijões, trevos, ervilha, batata, fumo, hortelã, soja, girassol, tomate, canola, entre outros.
A grande diversidade de espécies que o patógeno infecta, é um dos grandes desafios para o manejo do mofo branco.
Sintomas na planta
Na soja, os sintomas ocorrem geralmente no terço médio, estando presentes na haste principal, pecíolos, folhas e legumes (Figura 1 – A).
A doença caracteriza-se pela presença de lesões encharcadas nos órgãos afetados, de coloração parda e consistência mole, com micélio branco de aspecto cotonoso, cobrindo porções dos tecidos (Figura 1 – B).
Normalmente as lesões ocorrem de 10 a 20 cm sobre a superfície do solo, desenvolvendo os sinais do patógeno, que são: micélio branco e scleródio da cor preta (Figura 1 – C). A parte interna do caule também pode desenvolver o micélio branco e scleródio da cor preta (Figura 1 – D).
Estratégias de controle
Como estratégias para o eficiente manejo do mofo branco em soja, podemos citar:
- Realização de uma limpeza minuciosa dos implementos agrícolas, principalmente no caso de terem sido utilizados em áreas onde a doença já tenha sido constatada.
- Época de semeadura é essencial, é imperativo evitar a época de semeadura que resulte na floração em períodos de baixas temperaturas e de alta umidade.
- Utilizar sementes livres do patógeno, de procedência conhecida e com certificado fitossanitário de origem.
- Utilização de menores densidades de semeadura e espaçamentos maiores, de modo a permitir maior penetração de luz, produto e redução do microclima.
- Preparar o solo com subsoladores, arados de disco, etc, para que os scleródios e resíduos de micélio contaminados possam ser colocados baixos a superfície do solo.
- Rotação de culturas com espécies não hospedeiras (milho, arroz, milheto, aveia branca, trigo, brachiaria e outras gramíneas).
- Tratamento de sementes com fungos antagonistas.
- Tratamento de sementes e parte aérea com fungicidas.