Doença fúngica que pode atacar folhas e ramos do cafeeiro acarretando em prejuízos como redução da área fotossinteticamente ativa, desfolha precoce, queda de botões florais, queda de chumbinhos e secamento de ramos.
Os sintomas da mancha-de-phoma nas folhas são lesões necróticas escuras de tamanho variado e halo concêntrico. As lesões nos bordos das folhas comumente provocam a curvatura das folhas (Figura 1). Nos ramos as lesões são profundas, podem envolver todo o diâmetro e causar o secamento da extremidade do ponteiro.
Condições favoráveis
- O fungo é favorecido por baixas temperaturas (15 a 20 °C), ventos frios, neblina e umidade relativa alta (acima de 80%). Estas condições são comuns em regiões descampadas e de elevada altitude (acima de 800 m). Regiões de altitudes são propícias a ventos fortes e frios, principalmente com baixas temperaturas à noite e presença de orvalho, as quais são condições ideais para o aparecimento dessa doença.
- Ventos podem causar pequenos ferimentos nas folhas, o que favorece penetração do patógeno. Chuvas de granizo são altamente favoráveis por causarem danos que servem de entrada do patógeno.
- O período de maior risco para essa doença tem sido a época do florescimento. Quando a doença ocorre nesse período afeta a formação de frutos, podendo induzir queda e mumificação desses no início do seu desenvolvimento.
- Fatores nutricionais apresentam forte relação com a severidade da mancha-de-phoma. Por exemplo, o excesso de nitrogênio pode favorecer a doença, por provocar rápido crescimento e tecidos mais tenros (suculentos) que favorecem o patógeno. Por outro lado, níveis adequados de cálcio são extremamente importantes para desfavorecer a doença. O cálcio é constituinte fundamental da parede celular de células da planta, tendo função estrutural e fortalecimento contra o ataque do patógeno.