A mancha-alvo, causada pelo fungo Corynespora cassiicola, constitui uma das principais doenças foliares da cultura da soja no Cerrado e no Oeste paranaense, com potencial de dano de 40 %. No Cerrado, a sucessão com algodão e crotalária tem aumentado o inóculo primário do fungo. Isso ocorre devido ao fato de que ambas as culturas são hospedeiras do patógeno e de ele sobreviver em restos culturais. As condições ambientais conducentes à doença são temperaturas entre 20 ºC e 30 ºC, bem como elevada umidade.
Os sintomas (Figura 1) iniciam com pontuações marrom-escuras, circundadas por halo amarelado, evoluindo para lesões necróticas, circulares, com anéis concêntricos.
A doença acomete a soja desde a fase vegetativa da cultura, evoluindo rapidamente a partir do fechamento das entrelinhas. O uso de cultivares resistentes, a rotação/sucessão com culturas não hospedeiras, o tratamento de sementes e a aplicação de fungicidas são medidas importantes para o manejo da mancha-alvo. Entre os grupos de fungicidas mais importantes para o controle da mancha-alvo estão a triazolintiona (protioconazol), as carboxamidas (bixafem e fluxapiroxade) e os multissítios (clorotalonil e mancozebe), os quais devem ser usados em combinação, visando a mitigar a resistência do fungo a fungicidas, fato já relatado para o grupo das carboxamidas.