A irrigação é uma técnica milenar e o seu uso como prática de manejo tem o objetivo de fornecer água, visando atender as exigências hídricas dos cultivos que não são naturalmente supridos pela ocorrência das chuvas, mantendo a produtividade e a qualidade. A água de irrigação, quando fornecida no momento adequado e em quantidades apropriadas, possibilita índices de produtividade similar ou acima das médias em condições de sequeiro (FRIZZONE, 2017).
Métodos de irrigação
Um método de irrigação se refere à forma em que a água é aplicada em um cultivo, atualmente são diferenciados em:
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Irrigação por aspersão: onde a água é aplicada de forma pressurizada através de aspersores e orifícios, com o objetivo de simular as gotas de chuva.
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Irrigação localizada: onde a água é aplicada sob pressão em uma pequena área, com o uso de pequenos volumes de água e alta frequência de irrigação.
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Irrigação por superfície: onde a água é aplicada na superfície do solo, em terrenos nivelados com pequenos desníveis, sendo que a água é conduzida por efeito da gravidade.
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Irrigação subterrânea: onde a água é aplicada abaixo da superfície do solo, diretamente nas raízes da cultura, principalmente pelo uso de sistemas de gotejamento enterradas no solo (TESTEZLAFF, 2017; ANA, 2019).
Qual o melhor método de irrigação?
Não existe um melhor método, mas sim, um método mais adequado para cada lavoura, de acordo com as características de solo, clima e cultura.
Os métodos de irrigação por superfície, sendo um dos métodos mais antigos do mundo, onde podemos citar os sistemas de irrigação por Sulcos ou Inundação, é fortemente utilizada, principalmente para o cultivo de arroz inundado. Estes métodos se destacam por possuir um menor custo de instalação e operação, porém, se a topografia da área foi muito irregular, o custo de instalação pode se tornar elevado. São sistemas que usam pouco nível de tecnologia e sua eficiência não é afetada pela incidência de ventos, como é o caso da irrigação por aspersão. Porém, dificultam as práticas de manejo e os tratos culturais, não são recomendados para solos mais permeáveis, requerem uma alta demanda de água e uma grande demanda de mão de obra. Tem diminutas perdas por evaporação, mas uma grande perda por infiltração e escoamento superficial (TESTEZLAFF, 2017).
A irrigação por aspersão se destaca por ser o sistema que mais se aproxima de uma chuva, pela forma em que a água é aplicada ser muito semelhante a gotas de chuva. Nesse método, se destacam os sistemas de aspersão convencional, composto por linhas laterais fixas ou móveis, irrigação autopropelida composto por carretéis e sistemas mecanizados, compostos por pivôs centrais e pivôs lineares.
Como vantagens apresentadas pelos sistemas que se enquadram no método de irrigação por aspersão, podemos destacar o maior nível de automação dos sistemas, que não requerem sistematização do terreno em que são instaladas, são adaptados para diversos tipos de solo, espécies agrícolas. Pelo fato da água ser transportada por tubulação, apresentam menores perdas de água por infiltração, porém, com maiores perdas por evaporação. Seus sistemas podem ser utilizados para aplicação de agrotóxicos e fertilizantes. Como pontos negativos, destacam-se o maior custo de instalação, perdas de eficiência pela incidência de ventos no momento da irrigação, maior custo operacional por ser um sistema que opera em maiores pressões, não sendo recomendado para culturas que não toleram molhamento frequente das folhas por problemas fitossanitários (TESTEZLAFF, 2017).
O método de irrigação localizada se baseia…