O crescimento radicular está associado as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo e desempenha papel fundamental no estabelecimento do potencial produtivo das culturas agrícolas. As raízes são responsáveis pela obtenção de água e nutrientes, armazenamento de carboidratos e síntese de reguladores de crescimento.
Além disso, sistemas radiculares mais vigorosos possibilitam uma maior zona de contato com o solo, aumentando assim a absorção de nutrientes e o aproveitamento de água no perfil.
Entretanto, alguns fatores relacionados ao manejo do solo podem afetar negativamente o desenvolvimento do sistema radicular, como a compactação do solo, alta saturação por alumínio e pelo baixo teor de cálcio no perfil.
A compactação do solo é um problema recorrente que afeta o crescimento radicular, principalmente associado aos solos com textura argilosa. O processo de compactação do solo está relacionado à diversos fatores que promovem a degradação do solo, destacando-se o inadequado uso da mecanização, processos relacionados a redução da matéria orgânica do solo e ausência de rotação de culturas.
Dentre as práticas agrícolas utilizadas para minimizar esse fator limitante ao crescimento radicular é a utilização de plantas de cobertura, que possuam sistema radicular profundo e com grande volume. Nesse cenário, as braquiárias vêm recebendo um grande destaque, devido a produção de elevada biomassa de raízes.
Do ponto de vista da química do solo, a alta saturação por alumínio e o baixo teor de cálcio no perfil são os principais fatores que limitam o crescimento radicular. Dentre as tecnologias disponíveis para a correção desses fatores têm sido utilizado o calcário e o gesso. No entanto, o efeito do calcário ocorre principalmente nas camadas superficiais devido sua baixa solubilidade. Dessa maneira, o gesso é uma alternativa para o aumento dos teores de cálcio e redução da saturação por alumínio em profundidade.