Ir para o conteúdo
Logo Elevagro
  • Quem Somos
  • Planos
  • Aprenda

    Cursos

    Diversos cursos dedicados ao agronegócio para aprimorar suas habilidades Saiba mais

    Trilhas

    Jornadas guiadas de aprendizado para você se especializar na sua área Saiba mais

    Plataforma de cursos

    A maior plataforma de cursos por assinatura especializada no agronegócio Saiba mais

    Veja também:

    Especialização
    Pós graduação
    Elevagro Corporate
  • Conteúdos
    Blog
    Materiais gratuitos
  • Login
Conheça a plataforma
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Login

Início / Brusone e Mancha parda na cultura do Arroz

  • Materiais Técnicos
  • 31/12/2022

Brusone e Mancha parda na cultura do Arroz

Sumário

A cultura do arroz apresenta grande importância econômica, principalmente para o sul do Brasil, que concentra cerca de 70% da produção nacional. Embora com o passar dos anos a área de arroz cultivada no país venha sofrendo um decréscimo, ainda há autossuficiência na produção Brasileira (CONAB, 2022). Um dos fatores que contribuem para o decréscimo da produção é o aumento dos problemas fitossanitários, uma vez que além da diminuição da produção provocam uma redução na qualidade dos grãos produzidos, desvalorizando o produto e dificultando a comercialização.

A qualidade do arroz pode ser complexa, uma vez que, por ser um cereal consumido de forma íntegra, apenas passando pelo descasque e polimento, tem a qualidade industrial como um dos principais parâmetros de determinação do valor comercial. O percentual de grãos inteiros é um dos aspectos de qualidade mais importantes, onde o valor de rendimento de beneficiamento é determinado justamente pelo percentual de grãos inteiros após o beneficiado dos grãos com casca. Um dos fatores que pode agravar a severidade de danos mecânicos como quebras são a presença de doenças, estresses e ocorrência de pragas (BORDIN et al., 2016). 

Um dos maiores problemas sanitários da orizicultura mundial são as doenças causadas por fungos, e dentre elas as de maior incidência nas regiões produtoras de arroz no Brasil são destaques a brusone (Pyricularia grisea) e mancha-parda (Bipolaris oryzae), (Bordin et al., 2016). Apenas a brusone e a mancha-parda, atualmente podem responder por perdas de 30% e 52% do potencial produtivo das plantas, respectivamente (SCHEUERMANN E NESI, 2021). 

A brusone pode ser caracterizada por lesões que acometem as folhas colmos e panículas, onde nas folhas causa o surgimento de lesões alongadas com o centro acinzentado e bordas marrom. Quando a infecção acomete a panícula essa se denomina brusone de pescoço, surgindo nos nós e causando perdas mais graves, principalmente por conta do deficiente enchimento de grãos ou até quebra da panícula.

Algumas alternativas para o controle são a utilização de materiais com resistência genética, embora com a alta variabilidade do patógeno em um curto período de tempo essa resistência é superada, tornando o controle químico o principal aliado durante os cultivos, e de mesma forma ocorre para a mancha parda, que apresenta ainda uma maior dificuldade de controle apenas pela resistência de patógenos (Scheuermann, K. K. e Eberhardt, 2011).

Diante disso, o emprego adequado de fungicidas pode ser decisivo para o controle de doenças, para a cultura do arroz há ainda a ocorrência de resistência de alguns grupos químicos, recomendando-se para atenuar esse problema a utilização de rotação de moléculas ou combinação de fungicidas (FRAC, 2010). 

Figura 1. Sintomas de brusone em arroz. Foto: Mônica Debortoli, disponível em elevagro.com.

A mancha-parda apresenta como sintomas na planta o surgimento de manchas ovaladas de coloração marrom nas folhas, além de manchas marrons nos grãos e a redução no tamanho dos mesmos em casos severos da doença. O fungo se beneficia de temperaturas amenas em torno de 20° a 30°C e sobrevive em restos culturais e hospedeiros alternativos, podendo se manter na área nos períodos de entressafra.

Figura 2. Plantas de arroz com sintomas de Mancha-parda. Foto: Felipe Frigo Pinto, disponível em elevagro.com.

A identificação e quantificação de níveis de severidade para a mancha parda se dá por meio de escala diagramática, onde Lenz et al. (2010) (Figura 3) categoriza em seis níveis de severidade de doença, sendo 1,6; 3,2; 6,4; 12,6; 23,1 e 38,6% da área foliar afetada com os sintomas da doença. 

Figura 3. Escala diagramática de mancha-parda para arroz. Fonte: Lenz et al., (2010).

Para o controle da mancha-parda no arroz deve se utilizar sementes certificadas de boa procedência, uma vez que o patógeno pode estar contido na semente, além de realizar o tratamento de sementes, uma correta adubação e manejo da água. Ainda por se tratar de um fungo que fica presente na palhada, é recomendada a rotação de culturas nas áreas afetadas e o controle químico é uma alternativa para o controle, principalmente no período final do ciclo, onde a planta está mais suscetível.  

REFERÊNCIAS 

BORDIN, L. C. et al. Efeito da aplicação de fungicidas no controle de doenças foliares de arroz irrigado e sua relação com o rendimento industrial. Summa Phytopathol. 42. Jan-Mar, 2016. 

Conab. Companhia Nacional de Abastecimento. Série histórica das safras Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/serie-histori-ca-das-safras. 

LENZ, G. et al. Escala diagramática para avaliação de severidade de mancha-parda em arroz. Cienc. Rural 40 (4). Abril, 2010. 

Scheuermann, K. K.; Eberhardt, D.S. Avaliação de fungicidas para controle da brusone de panícula na cultura do arroz irrigado. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages v.10, n.1, p.23-28, 2011.

FRAC. Fungicide Resistance Action Committee. FRAC recommendations for fungicide mixtures. designed to delay resistance evolution. FRAC, 2010. Disponível em: <https://www.frac.info/docs/default-source/ publications/frac-recommendations-for-fungicide-mixtures/frac-recom-mendations-for-fungicide-mixtures—january-2010.pdf>.

Foto de Dr. Thalia Segatto

Dr. Thalia Segatto

Engenheira agrônoma formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, Mestranda na área de produção vegetal do Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Área de atuação: Biotecnologia, Melhoramento Genético, Produção Vegetal, Controle Biológico, Fitopatologia, Experimentação.
Ver outros conteúdos deste autor

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não deixe sua carreira para depois

Experimente agora e conheça todas as funcionalidades e benefícios da plataforma Elevagro.

Conheça a plataforma

Enriqueça seu conhecimento sobre o campo

Acesse gratuitamente os materiais ricos exclusivos da Elevagro.

VEJA TAMBÉM

Vendas no Agro: principais lições da live com Renato Seraphim
  • Comercial, Gestão
  • 13/05/2025

Vendas no agro: veja as principais lições da live co...

No dia 24 de abril, a Elevagro promoveu a live “Vendas no Agro: desafios e estratégias“, mediada pelo nosso co-fundador...

Ver mais
Bactérias fitopatogênicas: o que são e como lidar
  • Doenças
  • 27/01/2025

Bactérias fitopatogênicas: o que são, suas caracterí...

As bactérias fitopatogênicas representam um desafio significativo para a produção agrícola global. Essas bactérias podem causar doenças que afetam a...

Ver mais
Germinação de sementes: o que é e como ocorre
  • Sementes
  • 13/01/2025

Germinação de sementes: o que é e como ocorre

A semente tem a função de perpetuação e multiplicação das espécies. É o elemento principal no estabelecimento, expansão, diversificação e...

Ver mais
Ver mais artigos

Expanda seu conhecimento. Explore nossos cursos do agronegócio.

Confira os cursos
Logo Elevagro
Conhecimento que transforma a produtividade do agronegócio.
  • INSTITUCIONAL
  • Quem somos
  • Perguntas frequentes
  • Termos de uso e serviços
  • Política de privacidade
  • APRENDA
  • Cursos
  • Trilhas
  • Plataforma de cursos
  • Especialização
  • Pós-graduação
  • Elevagro Corporate
  • CONTEÚDOS
  • Blog
  • Seja um criador de conteúdo
  • CONTATO
  • Fale conosco
  • relacionamento@elevagro.com
  • (51) 9 9879-4278
  • Trabalhe conosco
Logo Google
WebShare a SEO First company © Copyright - Elevagro - Todos os direitos reservados