O conteúdo, a comunicação e o marketing no universo do agronegócio registraram uma evolução significativa nos últimos anos, migrando de uma abordagem de caráter mais técnico para uma perspectiva econômica de negócios. Daqui em diante, o salto será ainda maior.
Com a rápida digitalização em curso e todos os seus desdobramentos, a estratégia que ganha corpo agora é a de uma comunicação construída sob a ótica do que o consumidor e, especialmente o cidadão quer, pensa e valoriza, com uma pegada mais “urbana”, tratando da criação de marcas, saindo de um escopo quantitativo para uma dimensão qualitativa, aliás, um dos grandes desafios do próprio setor como um todo. A adição de valor no agronegócio não tem que se limitar apenas à tecnologia incorporada a produtos e serviços, mas também nas mensagens.
Este novo conteúdo, nova comunicação do agronegócio passa a incorporar a perspectiva de que o objetivo final é o varejo, a mesa do consumidor, o bem-estar das pessoas, e não mais apenas a produção por si só.
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Esta nova estratégia precisa destacar princípios e atributos ligados ao meio ambiente, responsabilidade social, segurança sanitária, rastreabilidade, conveniência, praticidade, saudabilidade, localização, processo, “status”, entre tantas outras questões de diferenciação.
A comunicação certa do agronegócio para este mundo cada vez mais urbano tem que ser ancorada, primordialmente, em plataformas digitais e em mensagens que abordem temas de interesse para as pessoas das cidades – e hoje mesmo o interior é cada vez mais urbano. Para ser eficiente, a comunicação do agronegócio como um todo terá cada vez mais o papel de ser cidadã, educadora, uma “educomunicação”, tanto nos fluxos internos do setor quanto para fora. Exemplo prático onde esta abordagem pode ser aplicada é no desafio de se explicar para a sociedade o uso da Ciência na agricultura.