O material apresenta as diferenças entre fungicidas protetores orgânicos e inorgânicos, seus respectivos grupos químicos, nomes comuns e sua indicação para o controle de doenças.
Fungicidas Protetores
Também conhecidos como fungicidas tópicos, não sistêmicos, residuais quando aplicados aos órgãos aéreos das plantas, formam uma camada protetora tóxica na superfície, depositada sobre o tecido vegetal.
São imóveis permanecem na superfície da folha e não penetram através do tecido foliar e consequentemente não são absorvidos, nem translocados (Figura 1).
Quando o inóculo (esporo) germina sobre a superfície vegetal, o tubo germinativo entra em contato com o produto, absorvendo-o e determinando a morte do protoplasma posteriormente. A chamada ação residual tem por objetivo evitar a penetração, impedindo, a infecção que iria ocorrer no futuro.
Inorgânicos x Orgânicos
Os fungicidas protetores são divididos em grupos químicos orgânicos e inorgânicos:
<
Inorgânicos (principais)
Permanecem inalterados após a aplicação.
- Cúpricos
- Sulfúricos
Orgânicos (principais)
Sofrem alteração/degradação após entrar em contato com luz, água e oxigênio.
- Compostos aromáticos
- Organoestânicos
- Ditiocarbamatos
Quadro 1 – Fungicidas protetores orgânicos e inorgânicos e respectivos grupos químicos Adaptado de: FRAC, 2017; RODRIGUES, 2006).
O comportamento de fungicidas protetores em relação a degradação dos ativos é diferente entre orgânicos e inorgânicos (Figura 2).
Na parte “1” do esquema mostra o comportamento de produtos inorgânicos como é o caso de fungicidas a base de cobre, onde o ativo em contato com a água se mantém, sem ser degradado.
Na parte 2 mostra o comportamento de produtos orgânicos, que quando dissolvidos em água sofrem hidrólise, ou seja, o ativo é degradado em compostos secundários, por exemplo, composto A e composto B. Neste caso podemos citar o produto mancozebe.
Quadro 2 – Fungicidas protetores orgânicos e inorgânicos, grupos químicos e nomes comuns e controle de doenças (Adaptado de: FRAC, 2017; RODRIGUES, 2006)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FISHEL, F, M. Fungicide Resistance Action Committee’s (FRAC) Classification Scheme of Fungicides According to Mode of Action. University of Florida, IFAS Extension, PL 94, 9p.
FRAC. Fungicide Resistance Action Committee (FRAC): http://www.frac.info/
GARCIA, A. Fungicidas I: utilização no controle químico de doenças e sua ação contra os fitopatógenos. Porto Velho: EMBRAPA-CPAF Rondônia, 1999. 32p. (EMBRAPA-CPAF Rondônia. Documentos, 46).
GULLINO, M. L. et al. Mancozeb: Past, present and future, Plant Disease, v. 94, n. 9, p. 1076-1087, 2010.
RODRIGUES, M. A. T. Classificação de fungicidas de acordo com o mecanismo de ação proposto pelo FRAC. Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP- Campus de Botucatu, para obtenção do titulo de Mestre em Agronomia, 2006. 249p.