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Início / Azospirillum em soja: benefícios e cuidados

  • Nutrição e Fertilidade
  • 18/02/2022

Azospirillum em soja: benefícios e cuidados

Sumário

O que é Azospirillum e quais benefícios em plantas

Azospirillum brasilense são bactérias promotoras de crescimento em plantas que vivem em associação com a rizosfera, podendo situar-se tanto fora quanto dentro das raízes. É de conhecimento os benefícios da bactéria há décadas para gramíneas, principalmente milho e trigo em que o Azospirillum confere a essas culturas maior capacidade de absorção de nutrientes, entre eles o nitrogênio, em virtude da promoção do crescimento de raízes. Na última década, estudos mostraram os benefícios da bactéria também em soja, em associação com Bradyrhizobium, processo chamado coinoculação.

A coinoculação tem como fundamento a cooperação entre as bactérias, uma vez que Azospirillum propicia um incremento no crescimento radicular, beneficiando a atuação do Bradyrhizobium na nodulação e na fixação biológica de nitrogênio. Conforme trabalhos realizados pela pesquisadora da Embrapa, Mariangela Hungria, os ganhos médios de produtividade com o uso de coinoculação ficam em torno de 16 %, verificando um acréscimo de 8 % quando comparado somente com a inoculação de Bradyrhizobium.

Cuidados com os inoculantes

Por se tratar de microrganismos, tanto Azospirillum quanto Bradyrhizobium necessitam de cuidados especiais na sua utilização.

Temperaturas elevadas durante transporte, armazenamento e até no momento da inoculação acarretam em mortes de bactérias. Também, deve-se atentar com o efeito do tratamento de sementes junto à inoculação.

Podemos elencar alguns cuidados especiais quanto aos inoculantes, como por exemplo: certificar-se da qualidade e do registro do produto comercial junto ao MAPA; certificar-se do prazo de validade do produto; verificar como foi o armazenamento do produto antes da entrega na lavoura (temperaturas acima de 30° C causam grande redução do efeito benéfico do produto); o transporte deve ser feito com o produto protegido do sol, preferencialmente em caixas de isopor ou sacolas térmicas; armazenar em locais bem arejados e à sombra.

Coinoculação via semente

Quando feito via semente é desejável respeitar um intervalo de 24 horas entre o tratamento de sementes on farm e o processo de coinoculação. É fundamental realizar a coinoculação separadamente após o tratamento de sementes, evitando-se a submissão das sementes ao chamado “sopão” (misturas de fungicidas, inseticidas e fertilizantes com o inoculante).

Não se recomenda a inoculação diretamente nos reservatórios de sementes uma vez que a distribuição das bactérias não será homogenia e estas ficarão submetidas à altas temperaturas.

Atentar às doses de recomendação de aplicação, geralmente via semente uma dose é o suficiente. Após a coinoculação via semente, semear em até 24 horas.

Coinoculação via sulco de semeadura

A coinoculação via sulco de semeadura demanda um equipamento próprio que deve ser acoplado as plantadeiras com tanque próprio para o inoculante e mangueiras adaptadas para distribuição da calda nos sulcos de plantio. O processo de coinoculação via sulco de semeadura pode apresentar algumas vantagens comparado ao tratamento de sementes.

A coinoculação via sulco de semeadura assegura menor exposição das bactérias ao tratamento de sementes recém realizado e evita sua exposição à altas temperaturas nos reservatórios de sementes da semeadora. A umidade do solo e a palhada presente ajudam a “proteger” as bactérias do calor e da luminosidade solar, garantindo maior viabilidade e eficiência de coinoculação.

Para a coinoculação no sulco as doses devem ser maiores, de duas a três vezes a dose para áreas já em produção e até seis vezes a dose para áreas novas recém-abertas para cultivo.

É recomendada a coinoculação em todas as safras seguintes de soja, pois mesmo em áreas “velhas” este processo trará benefícios à fixação biológica de nitrogênio. Plantas coinoculadas apresentam maior diâmetro e maior número de nódulos principalmente na raiz principal de soja mesmo em áreas com presença de bactérias simbióticas no solo.

A utilização de Azospirillum em soja é recente entre os produtores e necessita de maior difusão no cenário agrícola brasileiro. Os benefícios da coinoculação são consistentes e estáveis conforme apontamento de pesquisas e o investimento é modesto em relação ao seu retorno. Entretanto são necessárias boas práticas de manejo da coinoculação por parte dos agricultores e profissionais da área para que os resultados se manifestem.

Referências

DIDONET, A. D; RODRIGUES, O.; KENNER, M. H. Acúmulo de nitrogênio e de massa seca em plantas de trigo inoculadas com Azospirillum brasilense. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 31, n. 9, p. 645-651, 1996.

HUNGRIA, M. Inoculação com Azospirillum brasiliense: inovação em rendimento a baixo custo. Londrina: Embrapa Soja, 2011.

NOGUEIRA, M. A. et al. Ações de transferência de tecnologia em inoculação/ coinoculação com Bradyrhizobium e Azospirillum na cultura da soja na safra 2017/18 no estado do Paraná. Circular Técnica Embrapa Soja. Londrina – PR, 2018.

Foto de Dr. Leandro Marques

Dr. Leandro Marques

Graduado em Agronomia (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Possui mestrado e doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia pela mesma Universidade. Atuou na pesquisa a campo como pesquisador no Instituto Phytus na área de fitopatologia. Na área de ensino atuou como coordenador de conteúdo e treinamentos da plataforma Elevagro, sendo autor e tutor de diversos cursos online e presenciais. Possui experiência em fitopatologia, com ênfase em: controle químico de doenças em plantas, quantificação de doenças, ferrugem da soja, absorção e dinâmica de fungicidas, respostas fisiológicas de plantas a estresses abióticos e fitotoxidade de agrotóxicos. Atualmente é professor de Fitopatologia no curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI).
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Victor Snovarski

Victor Snovarski

Engenheiro Agrônomo
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