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Início / Herbicidas PÓS-EMERGENTES para uso na cultura do trigo

  • Materiais Técnicos
  • 22/02/2022

Herbicidas PÓS-EMERGENTES para uso na cultura do trigo

Sumário

O uso de herbicidas Pós-emergentes é prática comum na cultura do trigo e na maioria dos casos necessária para um eficiente manejo de plantas daninhas. Como a grande maioria dos herbicidas em pós-emergência são sistêmicos, é importante que no momento da aplicação as plantas daninhas alvos não estejam sob estresse severo o que pode reduzir a eficácia do herbicida. Outro ponto é que alguns herbicidas utilizados em pós-emergência do trigo exigem que sejam utilizados em estádios adequados de desenvolvimento da cultura para que não causem fitotoxicidade.

 

Graminicidas no trigo: principais opções e alvos


– Inibidores da ACCase 

Dentre os herbicidas pós emergentes registrados para cultura do trigo os principais graminicidas são os inibidores da ACCase. O diclofop-metil é um exemplo, o qual apresenta boa eficiência de controle sobre o azevém que é um dos principais problemas na cultura do trigo. A eficácia é dependente do estádio de desenvolvimento das plantas daninhas, sendo os melhores resultados obtidos quando aplicado em plantas jovens, com 2 a 4 folhas. O clodinafop-propargil é outro ACCase que apresenta boa eficácia no controle de aveia-preta e aveia-branca, em doses que variam entre 100-150 mL/ha de princípio ativo (Roman et al., 2006).

Seletividade ao trigo

alguns herbicidas inibidores da ACCase possuem seletividade ao trigo. O principal mecanismo de seletividade envolvido é a rápida metabolização e degradação dos herbicidas na planta. Assim, deve-se ter muito cuidado com condições ambientais adversas ao trigo no momento da aplicação, como baixas temperaturas e déficit hídrico, pois podem reduzir a tolerância aos inibidores da ACCase.

 

Latifoliidas: principais opções e alvos

 – O metribuzin e bentazona

são herbicidas inibidores do fotossistema II que podem ser utilizados na cultura do trigo. O metribuzin é bastante utilizado contra algumas espécies daninhas mono e dicotiledôneas. Embora seja aplicado em pós-emergência da cultura e das plantas daninhas, esse herbicida é absorvido em maior quantidade pelas raízes do que pelas folhas, sendo influenciado pelas propriedades do solo. Já bentazona não possui ação de solo utilizado em pós-emergência, apresentando amplo espectro no controle de diversas dicotiledôneas em trigo. Trata-se de um produto com translocação reduzida na planta (ação de contato), sendo assim sua eficiência será maior quando as plantas daninhas se encontram es estádios iniciais de desenvolvimento, entre 2 a 4 folhas necessitando boa deposição de gotas.

– Herbicidas 2,4-D e MCPA

são compostos químicos mimetizadores de auxinas usados para controle de plantas daninhas dicotiledôneas anuais e perenes. São herbicidas sistêmicos para pulverização em parte aérea os quais podem ser translocados na planta em ambos os sentidos, tanto pelo simplasto (floema) quanto apoplasto (xilema).

Seletividade ao trigo 

O trigo é mais tolerante a esses produtos durante o estágio de perfilhamento. Erros de posicionamento desses herbicidas hormonais em estádios de menor tolerância do trigo têm provocado fitotoxicidade à cultura. A seletividade dos mimetizadores de auxina a gramíneas é comandada por vários mecanismos, como insensibilidade no sítio de ação e limitada translocação de herbicidas no floema.

– Metsulfuron-metil

Herbicida inibidor da ALS, bastante utilizado para o controle de várias espécies de plantas daninhas dicotiledôneas, embora seja pouco eficiente para algumas delas, podendo ser aplicado em dessecação outonal ou pós-emergência do trigo. Apresenta boa persistência no solo e controla novos fluxos de plantas daninhas de folhas largas por 30 dias após a sua aplicação, ou mais de acordo com as condições de clima e solo. No trigo é um herbicida aplicado em pós-emergência, indicado nos estádios iniciais de crescimento do trigo e das plantas daninhas (no máximo 6 folhas).

Seletividade ao trigo

A tolerância do trigo e cevada ao metsulfuron-metil está ligada ao rápido metabolismo do herbicida por reações de hidroxilação mediado pelas enzimas do citocromo P450. Deve-se ter cuidado com a dose do herbicida, ou seja, doses elevadas podem reduzir a seletividade e causar fitotoxidade ao trigo (Piasecki et al., 2017). Reduções de produtividade do trigo de 10 e 18% foram verificadas para aplicações de metsulfuron-methyl na dose de 6 e 9 g i.a. ha-1, respectivamente, em comparação a testemunha sem herbicida (Piasecki et al., 2017).

 

Herbicidas pós-emergentes de amplo espectro: latifolicidas e graminidas

– Inibidores da ALS (Iodosulfuron-metil e pyroxsulam)

O principal mecanismo de ação para controle em amplo espectro em pós-emergência no trigo são os inibidores da ALSs destacando-se o iodosulfuron-metil e o pyroxsulam. Esses herbicidas possuem boa eficácia tanto sobre plantas daninhas folhas largas como a buva e o nabo como gramíneas em especial o azevém e a aveia. Esses herbicidas terão maior efeito sobre plantas daninhas pequenas. Para o iodosulfuron, por exemplo, este terá maior eficiência sobre a aveia até início do perfilhamento (1 perfilho) e para o caso da buva de 2 a 4 folhas. Pode ser aplicado até o final do perfilhamento e início da elongação do trigo.

Seletividade ao trigo

Para o iodosulfuron a detoxificação do herbicida na planta é considerado o principal mecanismo de tolerância envolvido. Para o piroxsulam, a seletividade no trigo ocorre por absorção e translocação diferencial, além da rápida metabolização do herbicida na planta.

 

Considerações finais

Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo e leia atentamente a bula dos produtos antes do uso. E lembre-se, um bom manejo de plantas daninhas inclui a utilização de herbicidas com diferentes mecanismos de ação e diversificação de práticas de manejo dentro de um programa integrado.

 

Referências

Roman, E. S.; Vargas, L.; Rodrigues, O. Manejo e controle de plantas daninhas em trigo. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2006. 12 p. html. (Embrapa Trigo. Documentos Online, 63). Disponível em: http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do63.htm

Piasecki, C. et al. Seletividade de associações e doses de herbicidas em pós emergência do trigo. Revista Brasileira de Herbicidas, v.16, n.4, p.286-295, 2017.

Foto de Dr. Rafael Pedroso

Dr. Rafael Pedroso

Engenheiro Agrônomo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), Mestre e Doutor em Horticultura e Agronomia pela Universidade da Califórnia em Davis/CA, EUA e especialista em manejo de plantas daninhas pela mesma universidade. Professor temporário na ESALQ/USP (Piracicaba/SP) desde 10/2018 e docente na UniFeob (São João da Boa Vista/SP). Até a presente data, possui um acumulado de mais de 1.000 horas/aula na ESALQ/USP ? entre disciplinas da Graduação e Pós-graduação, além de 900 horas/aula na Unifeob. Membro da atual diretoria da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD) e um dos editores do boletim trimestral desta sociedade. Atualmente atuo também como vice-coordenador do II Weed.Con, a ocorrer em Novembro de 2021. Atuação em Ciências Agrárias, ênfase em Ciência das Plantas Daninhas e sistemas de produção de grandes culturas. Realização de mais de 50 palestras, apresentações e treinamentos in-company ou online. Atuou como coordenador do Núcleo de Herbologia e Herbicidas do Instituto Phytus, estando envolvido em condução de pesquisa a campo e estufa para avaliação de eficácia de controle de plantas daninhas junto à agroquímicas, para fins de registro ou desenvolvimento do produto. Fortes componentes ligados ao ensino como o preparo de materiais didáticos em diversas formas de mídia (vídeo, escrita, podcast, webinar) para a plataforma PhytusClub, tendo produzido mais de 100 materiais. Atuo também na produção e organização de cursos para a plataforma Agrischool, treinamentos em fazendas e revendas, e atuação como palestrante em eventos contratados por empresas ou reuniões societárias.
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