Ir para o conteúdo
Logo Elevagro
  • Quem Somos
  • Especialistas
  • Planos
  • Aprenda

    Cursos

    Diversos cursos dedicados ao agronegócio para aprimorar suas habilidades Saiba mais

    Trilhas

    Jornadas guiadas de aprendizado para você se especializar na sua área Saiba mais

    Plataforma de cursos

    A maior plataforma de cursos por assinatura especializada no agronegócio Saiba mais

    Veja também:

    Especialização
    Pós graduação
    Elevagro Corporate
  • Conteúdos
    Blog
    Materiais gratuitos
  • Login
Conheça a plataforma
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Login

Início / Doenças do arroz

  • Materiais Técnicos
  • 23/02/2022

Doenças do arroz

Sumário

Saiba mais sobre as doenças que acometem a cultura do arroz: 

  • Principais características
  • Sintomas
  • Condições de ocorrência
  • Controle

 

Brusone

É a doença mais importante da cultura, apresentando danos estimados em até 100% sob condições altamente favoráveis, sendo causada pelo fungo Pyricularia oryzae.

Sintomas

A doença causa lesões elípticas de coloração marrom e centro acinzentado, podendo causar a morte total da planta em ataques severos.

Nas panículas, pode ocorrer a brusone de base de panícula (também conhecida como brusone de pescoço), que resulta no chochamento dos grãos e em perdas significativas de produtividade. 

A doença manifesta-se geralmente a partir da floração, contudo, sob condições favoráveis, pode ocorrer já no estádio vegetativo, podendo provocar a morte de plantas.

Condições favoráveis à ocorrência da doença

A ocorrência de brusone é muito influenciada por temperaturas entre 25 e 28 °C, umidade relativa do ar superior a 90%, precipitação frequente e elevado número de horas com nebulosidade.

Controle

Determinados fatores culturais podem afetar a severidade da doença, destacando-se a adubação nitrogenada em excesso ou quando associada a uma irrigação deficiente, época tardia de semeadura e elevada população de plantas.

O uso de variedades resistentes ou moderadamente resistentes, somado à observação dos fatores culturais já mencionados e ao uso de fungicidas no tratamento de sementes e também em parte aérea, contribuem significativamente para a redução dos danos causados pela doença. 

Figura 1. Sintomas de brusone (Pyricularia oryzae) em arroz.

 


Mancha-marrom

A mancha-marrom é a doença mais comum nas lavouras de arroz, causada pelo fungo Dreschlera oryzae, pode causar danos que variam de 10 a 15% de redução de produção.

Sintomas

Os sintomas da doença nas folhas podem ser confundidos com as lesões iniciais de brusone, no entanto, quando a doença progride, os sintomas são facilmente diferenciados. 
Nas folhas, as lesões têm formato ovalado de coloração pardo-escura; com o envelhecimento, as lesões apresentam o centro mais claro. Nos grãos, ocorrem manchas castanho-escuras, que em ataques severos comprometem a qualidade de grãos e sementes. Neste caso, pode infectar as plântulas, causando redução no estande.

Condições favoráveis à ocorrência da doença

O patógeno é de ocorrência frequente em áreas arrozeiras, sendo favorecido por temperaturas entre 17° e 20°C, além de desequilíbrio nutricional relacionado ao potássio.

A maior suscetibilidade do arroz à doença ocorre na emergência, ao redor de 30 dias após a emergência (4 a 5 folhas), e na floração, quando a severidade da doença aumenta.

Controle

O tratamento de sementes é uma alternativa de controle significativa para evitar que sementes infectadas possam gerar inóculo para a parte aérea da planta. O uso de fungicidas de amplo espectro, objetivando o controle do complexo de doenças da parte aérea da cultura, possibilitará um controle eficiente da mancha-parda, resultando em resposta econômica significativa.

Figura 2. Sintomas de mancha-marrom em arroz (Dreschlera oryzae).

 

Escaldadura

A escaldadura das folhas é causada pelo fungo Rhynchosporium oryzae. Esta doença ocorre principalmente nas regiões litorâneas do Rio Grande do Sul, bem como na Depressão Central.

A escaldadura é uma doença conhecida como de ocorrência irregular, entretanto, nos últimos anos vem assumindo importância nas regiões de cultivo de arroz, onde é cada vez mais frequente.

Sintomas

Os sintomas da doença variam com as condições em que o patógeno se encontra, ou seja, sob condições favoráveis, os sintomas aparecem nas extremidades apicais das folhas ou nas bordas das lâminas foliares na coloração verde-oliva. Essas lesões evoluem formando faixas concêntricas de coloração alternada marrom-clara e escura. Posteriormente, as lesões coalescem, causando necrose e morte da folha afetada. Por outro lado, sob condições não favoráveis, o patógeno causa pequenas pontuações de coloração marrom ao longo das folhas.

Condições favoráveis à ocorrência da doença

O patógeno é favorecido por precipitação contínua, temperatura de 24 a 28°C, alta densidade de plantas, adubação nitrogenada em excesso e desuniformidade na lâmina de irrigação.
A disseminação do fungo ocorre através de sementes infectadas e pelos restos culturais que constituem a principal fonte de inóculo na lavoura. 

Controle

O tratamento de sementes é importante para proteger as plântulas de arroz durante o estabelecimento, além de reduzir a quantidade do inóculo inicial disponível para infectar folhas adultas. O controle químico, quando empregado de forma preventiva, proporciona ganhos na produtividade e na qualidade de grãos em áreas atacadas.

Figura 3. Sintomas de escaldadura (Rhynchosporium oryzae) em arroz.

 

<

 Mancha das bainhas

A mancha das bainhas é causada pelo fungo Rhizoctonia oryzae.

Sintomas

O fungo ataca o colmo e as bainhas formando lesões ovaladas. Sob condições de alta pressão de inóculo, as lesões aparecem nas folhas com formato irregular. Em casos de ataques severos, a panícula pode ser infectada resultando em grãos estéreis e ou com chochamento.

Por ser um fungo de solo, a drenagem na entressafra em áreas irrigadas, a redução na densidade de semeadura e a adubação potássica equilibrada, são fatores fundamentais no manejo da doença.
As cultivares de ciclo precoce e de alta capacidade de perfilhamento são mais suscetíveis, devido à pouca luminosidade e à alta umidade formadas no interior do dossel e que favorecem o estabelecimento do patógeno.

Controle 

O tratamento de sementes é uma estratégia de manejo da doença, já que impede infecções iniciais e retarda a infecção, o que em diversas situações pode resultar no seu controle.

Figura 4. Sintomas de mancha das bainhas (Rhizoctonia oryzae) em arroz.

 

Mancha estreita

A mancha estreita é causada pelo fungo Cercospora oryzae. 

Sintomas

Pode produzir lesões foliares estreitas de cor pardo-avermelhada, além de sintomas na bainha, colmo, pescoço da panícula, pedicelos e glumas.

Condições favoráveis à ocorrência da doença

Temperaturas elevadas e alta umidade relativa do ar favorecem a doença, que pode ser dispersa através das sementes. 
A ocorrência da mancha estreita se dá apenas em plantas adultas ou em solos com deficiências nutricionais, principalmente de fósforo e potássio.

Controle 

No controle desta doença, o uso de cultivares resistentes é uma alternativa eficiente, sendo que o controle químico, se realizado para as doenças do complexo de doenças necrotróficas, será eficaz no seu controle. A semeadura na época adequada, bem como a utilização de cultivares precoces, são medidas efetivas no manejo da doença.

Figura 5. Sintomas de mancha estreita (Cercospora oryzae) em arroz.

 

Cárie do arroz

Também conhecida como carvão-do-arroz, a cárie causada pelo fungo Tilletia barclayana é uma doença de ocorrência frequente nos países da Ásia e no Sul dos Estados Unidos. 

No Brasil tem se tornado motivo de grande preocupação entre os produtores, especialmente a partir das últimas safras, quando se manifestou em praticamente todas as regiões produtoras.Danos severos da doença podem reduzir a produção de arroz em até 15%.

Sintomas

Os sintomas observados nos grãos são uma massa pulverulenta de esporos negros, que aparece a partir da fase de maturação das sementes. Após infectar as espiguetas, o patógeno esporula abundantemente, disseminando esporos que irão infectar o restante da panícula.

A infecção dos grãos na panícula ocorre por via aérea, a partir da infecção da flor no período da antese. A doença é disseminada pela semente e os esporos do patógeno têm a habilidade de germinar na superfície da água, esporulando e gerando inóculo secundário para infectar novas flores. 

Controle 

O tratamento de sementes pode reduzir a quantidade de inóculo na lavoura, no entanto não protege a planta em todo seu ciclo. A aplicação de fungicidas preventivamente na fase de pré-floração pode diminuir a infecção das panículas e desta forma reduzir as perdas causadas pela doença.

De qualquer modo, tendo em vista a dispersão intensa da doença, a inquietude observada no meio produtivo e o dano significativo, pesquisas intensas devem ser realizadas para que informações fundamentadas nas condições locais sejam geradas e um controle consistente seja obtido.

 

Figura 6. Sintoma de cárie do arroz (Tilletia barclayana).

Mancha das glumas

A mancha das glumas é causada por um grupo de patógenos, sendo os pricipais Phoma sp., Dreschlera oryzae, Curvularia lunata, Nigrospora oryzae, Alternaria sp., e Fusarium spp.

Sintomas

Estes patógenos provocam manchas irregulares de coloração marrom que cobrem parcial ou totalmente o tegumento da semente, reduzindo a qualidade industrial do grão e causando amarelamento, gessamento e quebra do grão. Quando as lesões ocorrem juntamente com temperaturas baixas pode ser observada esterilidade dos grãos.

Condições favoráveis à ocorrência da doença

A maior incidência da mancha das glumas ocorre em temperaturas amenas de 15 a 20ºC, entre os estádios de emissão da panícula e enchimento de grãos. A época de semeadura pode ser antecipada para evitar que o enchimento de grãos coincida com a ocorrência de baixas temperaturas.

Controle 

A aplicação de fungicidas deve ser realizada previamente ao florescimento ou, no início do mesmo para que ocorra uma redução na pressão de inóculo durante o florescimento.

Foto de Ph.D. Ricardo Balardin

Ph.D. Ricardo Balardin

"CEO do Phytus Group e CRO da DigiFarmz Smart Agriculture. Ph.D. em Crop and Soil Sciences, Plant Pathology pela Michigan State University (EUA); Doutorado em Crop and Soil Sciences, Plant Pathology. Michigan State University, MSU, Estados Unidos. (1994 - 1997); Mestrado em Fitotecnia pelas Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil. (1982 - 1984); Graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil. (1977 - 1982). Área de atuação: Soja, milho, proteção de plantas e controle químico das doenças, arroz, cereais de inverno e tecnologia de aplicação de fungicidas."
Ver outros conteúdos deste autor

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não deixe sua carreira para depois

Experimente agora e conheça todas as funcionalidades e benefícios da plataforma Elevagro.

Conheça a plataforma

Enriqueça seu conhecimento sobre o campo

Acesse gratuitamente os materiais ricos exclusivos da Elevagro.

VEJA TAMBÉM

Educação Corporativa no Agronegócio: conheça os benefícios
  • Educação
  • 10/07/2025

Educação corporativa no agronegócio: descubra os ben...

O agronegócio mudou. O uso de novas tecnologias, as transformações no perfil dos trabalhadores do campo e as exigências do...

Ver mais
Vendas no Agro: principais lições da live com Renato Seraphim
  • Comercial, Gestão
  • 13/05/2025

Vendas no agro: veja as principais lições da live co...

No dia 24 de abril, a Elevagro promoveu a live “Vendas no Agro: desafios e estratégias“, mediada pelo nosso co-fundador...

Ver mais
Bactérias fitopatogênicas: o que são e como lidar
  • Doenças
  • 27/01/2025

Bactérias fitopatogênicas: o que são, suas caracterí...

As bactérias fitopatogênicas representam um desafio significativo para a produção agrícola global. Essas bactérias podem causar doenças que afetam a...

Ver mais
Ver mais artigos

Expanda seu conhecimento. Explore nossos cursos do agronegócio.

Confira os cursos
Logo Elevagro
Conhecimento que transforma a produtividade do agronegócio.
  • INSTITUCIONAL
  • Quem somos
  • Perguntas frequentes
  • Termos de uso e serviços
  • Política de privacidade
  • APRENDA
  • Cursos
  • Trilhas
  • Plataforma de cursos
  • Especialização
  • Pós-graduação
  • Elevagro Corporate
  • CONTEÚDOS
  • Blog
  • Seja um criador de conteúdo
  • CONTATO
  • Fale conosco
  • relacionamento@elevagro.com
  • (51) 9 9879-4278
  • Trabalhe conosco
Logo Google
WebShare a SEO First company © Copyright - Elevagro - Todos os direitos reservados