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Início / Trigo: acerte na adubação

  • Materiais Técnicos
  • 17/02/2022

Trigo: acerte na adubação

Sumário

Planejando a adubação do trigo.

Neste material, você vai conhecer um pouco mais sobre:

  • Planejamento da adubação
  • Adubação de base
  • Adubação de cobertura

O trigo ocupa mais de 17% da terra cultivável no mundo, e representa, aproximadamente, 30% da produção mundial de grãos. Em termos de sistemas de produção agrícola de regiões tropicais e subtropicais, o trigo é uma excelente opção de cultivo para o período invernal, pois agrega diversificação ao sistema de rotação de culturas e gera receitas com a produção de grãos.
Grande parte dos custos de produção da cultura do trigo são atribuídos aos corretivos e fertilizantes (Figura 1).  Assim, é importante buscar práticas de manejo que maximizem a eficiência de uso dos nutrientes, resultando na mais alta produção de trigo possível, mediante o mais baixo custo de corretivos e fertilizantes aplicados para alcançá-la.

Figura 1. Custos de produção de trigo no Brasil nos anos de 2003 e 2004 (dados médios de 36 distintos sistemas de cultivos). Fonte: adaptado de De Mori et al. (2007).
Figura 1. Custos de produção de trigo no Brasil nos anos de 2003 e 2004
(dados médios de 36 distintos sistemas de cultivos). Fonte: adaptado de De Mori et al. (2007).

Planejando a adubação

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A etapa de planejamento da adubação da lavoura de trigo deve ser precedida pelas práticas de calagem e correção do solo antes da instalação da cultura no campo. Com base na análise de solo, têm-se a classificação de disponibilidade (Figura 2) dos macro e micronutrientes (com exceção do nitrogênio), servindo de base para a recomendação de adubação a ser formulada para o trigo.
A disponibilidade de nitrogênio no solo (estoque) para fins de recomendação à cultura do trigo é inferida a partir da concentração de matéria orgânica do solo.

Figura 2. Relação entre o rendimento relativo das culturas em função do teor de nutrientes no solo. Em detalhe, a faixa de suficiência, o nível crítico e os tipos de adubação (correção, manutenção e reposição) utilizados na recomendação da dose de nutrientes a serem aplicados nas culturas agrícolas. No alto, tem-se os fatores que determinam o suprimento de nutrientes a serem recomendado em cada tipo de adubação. Fonte: adaptado de CQFS-RS/SC (2016).

Figura 2. Relação entre o rendimento relativo das culturas em função do teor de nutrientes no solo. Em detalhe, a faixa de suficiência, o nível crítico e os tipos de adubação (correção, manutenção e reposição) utilizados na recomendação da dose de nutrientes a serem aplicados nas culturas agrícolas. No alto, tem-se os fatores que determinam o suprimento de nutrientes a serem recomendado em cada tipo de adubação. Fonte: adaptado de CQFS-RS/SC (2016).

Dose e época de aplicação

A dose de fertilizante fonte de macro ou micronutriente é determinada em função do teor do elemento no solo, da exportação do nutriente pela planta (expectativa de rendimento) e das eventuais perdas desses no solo. Os manuais de recomendação de calagem e de adubação elaborados e calibrados para os solos de diversas regiões do Brasil, produtoras de trigo, têm a descrição desses montantes de adubação a serem aplicados na forma de Tabelas de Recomendação.
A determinação da época de aplicação de cada nutriente na cultura do trigo está relacionada ao processo de crescimento e desenvolvimento da planta, particularmente no que diz respeito às fases implicadas na definição dos componentes de rendimento do cereal (Figura 3).

Ciclo do trigo e manejo da adubação

O período inicial do ciclo fenológico da cultura do trigo (germinação-perfilhamento ou afilhamento) é muito importante na composição dos fatores de rendimento do cereal, porque é nessa fase que são definidos a população de plantas, o número de espigas/planta (número de perfilhos férteis), espiguetas/espiga e grãos/espigueta. Portanto, essa fase demanda alta energia e todos os nutrientes disponíveis em quantidades adequadas para as plântulas de trigo, de modo que a recomendação de adubação da cultura do trigo indica obrigatoriamente o suprimento de fósforo, potássio, nitrogênio e micronutrientes na base (na linha de semeadura).
Com exceção do nitrogênio (dependendo da região do Brasil), aplica-se todo montante recomendado desses nutrientes na linha de semeadura. A adubação na base via linha de semeadura traz a grande vantagem de que a planta de trigo terá durante todo o seu ciclo de vida, praticamente todos os nutrientes de que demandará disponíveis, junto ao sistema radicular.
Quando se trabalha com adubação de correção (Figura 2), as doses recomendadas de potássio podem exceder o limite de aplicação na linha de semeadura (que é de 80 kg de K2O/ha – pelo risco de fitoxicidade às plantas por efeito salino), sendo nesse caso necessária a aplicação de parte dessa quantidade do nutriente em cobertura durante o ciclo de crescimento e desenvolvimento do trigo.

Figura 3. Manejo nutricional e fenologia da cultura do trigo. Legenda: *O potássio somente deve ser adubado em cobertura quando as doses totais excederem 80 kg de K2O/ha. Fonte: adaptado de Pires et al. (2011).
Figura 3. Manejo nutricional e fenologia da cultura do trigo. Legenda: *O potássio somente deve ser adubado em cobertura quando as doses totais excederem 80 kg de K2O/ha. Fonte: adaptado de Pires et al. (2011).

Já a adubação de cobertura, durante o ciclo de crescimento e desenvolvimento da planta, restringe-se ao nitrogênio, pois além da elevada demanda pela planta de trigo, ele é facilmente perdido no solo por lixiviação.
Adubações extras de micronutrientes podem ser necessárias durante o ciclo de crescimento da cultura do trigo se aparecerem sintomas visuais de deficiência nas plantas da lavoura.

REFERÊNCIAS

BROWN, B.; WESTCOTT, M.; CHRISTENSEN, N.; PAN, B.; STARK, J. Nitrogen Management for Hard Wheat Protein Enhancement. Pacific Northwest Extension Publication PNW 578, mar. 2005. Disponível em: https://www.extension.uidaho.edu/publishing/pdf/pnw/pnw0578.pdf.

CQFS-RS/SC – Comissão de Química e Fertilidade do Solo – RS/SC. Manual de calagem e adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. 2016.

DE MORI, C.; PIRES, J. L.; LHAMBY, J. C. B.; RICHETTI, A.; MELO FILHO, G. Wheat cropping system and its costs in Brazil (2003-2004). In: INTERNATIONAL WHEAT CONFERENCE, 7., 2005, Mar Del Plata. Abstracts […]. Mar Del Plata: SAGPyA/INTA, 2005. p. 178-178.

ORLOFF, S.; WRIGHT, S.; OTTMAN, M. Nitrogen management impacts on wheat yield and protein. In: CALIFORNIA ALFALFA AND FORAGE SYMPOSIUM, 42., 2012, Davis.  In: Proceedings […]., Davis, CA: UCDAVIS, 2012. Disponível em: http://alfalfa.ucdavis.edu/+symposium/2012f/.

PIRES, J. L. F. et al. Integração de práticas de manejo no sistema de produção de trigo. In: PIRES, J. L. F; VARGAS, L.; CUNHA, G.R da. Trigo no Brasil: bases para produção competitiva e sustentável. Passo Fundo, RS: Embrapa Trigo, 2011. p. 77-114.

SIMPSON, R. J.; LAMBERS, H.; DALLING, M. J. Nitrogen redistribution during grain growth in wheat (Triticum aestivum L.). Plant Physiology, v. 71, p. 7-14, 1983.

Foto de Dr. Fabiano Debona

Dr. Fabiano Debona

"Atualmente é Pesquisador A do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (CNPT - Embrapa Trigo) desenvolvendo pesquisas na área de fertilidade do solo e nutrição mineral de plantas. Formação: 2009 - 2011 Pós-doutorado realizado no Departamento de Ciência do Solo da ESALQ/USP 2005 - 2009 Doutorado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas). Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Com período sanduíche em Universität Hohenheim (Orientador: Dr. NICOLAUS von WIRÉN). 2003 - 2005 Mestrado em Ciência do Solo (Conceito CAPES 6). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil. 1998 - 2003 Graduação em Agronomia. Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil."
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