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Início / Oídio no trigo e na cevada: ciclo e condições favoráveis

  • Materiais Técnicos
  • 19/02/2022

Oídio no trigo e na cevada: ciclo e condições favoráveis

Sumário

Problema que pode incidir logo cedo nos cereais de inverno e comprometer o crescimento e desenvolvimento de plantas.

 

O oídio está entre as principais doenças ocorrentes nos cereais de inverno. No trigo é causada pelo fungo Blumeria graminis f. sp. tritici e na cevada pelo fungo Blumeria graminis f. sp. hordei. As perdas causadas por essa doença são decorrentes da redução da área foliar verde ativa, menor número de perfilhos por planta, menor número de grãos por espiga, redução no peso e na qualidade de grãos. Na cevada, por exemplo, pode afetar nas características de qualidade do malte. 

 

Sintomas

A doença pode ser facilmente identificada pelos sinais do patógeno sobre o tecido do hospedeiro, mais comumente pela presença de manchas esbranquiçadas de aspecto cotonoso nas folhas e bainhas, referentes ao micélio do fungo (Figuras 1 e 2). 


A medida que as lesões crescem, as quais podem coalescer, causam um amarelecimento nas folhas. Com isso comprometem tecidos ativos. Mais tarde as lesões adquirem uma coloração mais escura devido ao envelhecimento das mesmas (Figura 5). 

Figura 1. Manchas esbranquiçadas de aspecto cotonoso nas folhas de cevada.

 

Figuras 3. Micélio pulverulento do fungo sobre a superfície dos tecidos foliares e das hastes das culturas hospedeiras.
Figura 2. Manchas esbranquiçadas de aspecto cotonoso nas folhas de cevada.

 

Figura 4. Conidióforos e conídios formados na superfície de folhas de cevada.

 

Figura 5. Lesões em estádio avançado com coloração escura semelhante ao de manchas foliares.

 

Biologia e ciclo do fungo 

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Por se tratar de um fungo do tipo biotrófico, o principal mecanismo de sobrevivência se dá através de plantas hospedeiras na área.

Sobre as lesões existentes nessas plantas, estruturas reprodutivas do patógeno, chamados de conidióforos, produzem e liberam os esporos infectivos (conídios). Essa é a fonte de inóculo primário do fungo que dará início a doença nas culturas.  

Os esporos disseminados são então depositados na superfície das plantas, onde irão iniciar o processo infeccioso. A colonização, ou seja, o crescimento micelial desse fungo se dá externamente nos tecidos. No entanto, o alimento é retirado das células epidérmicas através da penetração de hifas especializadas e haustórios que retiram alimento das células. 

Sobre as lesões estabelecidas na cultura são formadas estruturas reprodutivas do fungo que produzem e liberam esporos, ou seja, o inóculo secundário, que poderá ser disseminado e dar origem a novas lesões. Trata-se assim de uma doença policíclica que dependendo das condições de clima pode evoluir rapidamente no campo.

 

Ciclo

Um ciclo de vida completo de esporo a esporo completa-se de 5 a 8 dias na faixa de temperatura de 15 a 22 graus. Tais condições sugerem que essa doença pode evoluir rapidamente no campo sob condições favoráveis. 

 

Confira abaixo o ciclo do oídio no trigo!

 

Ciclo do oídio em trigo

 

Condições favoráveis de clima

De maneira geral, os esporos do fungo não requerem molhamento foliar como estímulo para germinação e desenvolvimento inicial.

Por isso que períodos mais secos, de pouca chuva, favorecem essa doença, pois ao mesmo tempo que não comprometem o processo de infecção, não ocorre a remoção e lavagem do micélio do fungo, comparado a períodos com chuvas frequentes e pesadas.

A faixa de temperatura mais favorável ao patógeno fica em torno de 15 a 22°C. 

 

Monitoramento e estratégias de controle

Devem ser adotadas medidas integradas de controle, dentre as quais podemos destacar o uso de cultivares menos suscetíveis, o uso do tratamento de sementes para proteção inicial e a aplicação de fungicidas em parte aérea para proteção posterior. O excesso de adubação nitrogenada aumenta a suscetibilidade da cultura.

Não são muitas as opções de fungicidas com elevada eficácia no controle de oídio, principalmente se considerarmos situações de elevada pressão dessa doença. Assim, a correta seleção dos fungicidas será fundamental para o sucesso no controle. Aplicações de forma preventiva são mais eficientes, além disso, são maiores as opções de fungicidas com elevada eficácia. Quando partimos para um cenário mais curativo e erradicativo, as opções se tornam menores, mais caras e a eficácia menor. 

Foto de Dr. Leandro Marques

Dr. Leandro Marques

Graduado em Agronomia (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Possui mestrado e doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia pela mesma Universidade. Atuou na pesquisa a campo como pesquisador no Instituto Phytus na área de fitopatologia. Na área de ensino atuou como coordenador de conteúdo e treinamentos da plataforma Elevagro, sendo autor e tutor de diversos cursos online e presenciais. Possui experiência em fitopatologia, com ênfase em: controle químico de doenças em plantas, quantificação de doenças, ferrugem da soja, absorção e dinâmica de fungicidas, respostas fisiológicas de plantas a estresses abióticos e fitotoxidade de agrotóxicos. Atualmente é professor de Fitopatologia no curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI).
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Drª. Mônica Debortoli

Drª. Mônica Debortoli

Diretora Técnica Sul do Instituto Phytus. Formação: Doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil (2008 - 2011); Mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil (2006 - 2008); Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil; (2000 - 2005).
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