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Início / Nematoides na soja: Problema que cresce

  • Materiais Técnicos
  • 17/02/2022

Nematoides na soja: Problema que cresce

Sumário

Principais espécies de nematoides e seus danos na cultura da soja.

Nos últimos anos, os nematoides têm sido um dos principais problemas responsáveis pela redução de produtividade de diversas culturas, incluindo a soja. Os danos são variáveis conforme a espécie, a densidade populacional, a cultivar e as condições climáticas. Perdas produtivas médias, entre 10% e 50%, têm sido relatadas em soja em áreas atacadas.

As principais espécies com ampla distribuição geográfica e densidade populacional são o nematoide-das-galhas (Meloidogyne javanica e M. incognita), o nematoide-de-cisto (Heterodera glycines) e o nematoide-das-lesões-radiculares (Pratylenchus brachyurus). Estas estão associadas a significativas perdas em produtividade em áreas comerciais. Outras espécies, como Rotylenchulus reniformis, Helicotylenchus dihystera e Scutellonema brachyurus, também têm aparecido com frequência nas análises, especialmente de solo. No entanto, ainda são incipientes os dados confirmando seus danos em produtividade.

A problemática envolvendo essas espécies está relacionada, principalmente, ao monocultivo de culturas suscetíveis ao longo de anos, ao descuido com o trânsito de máquinas e implementos agrícolas – de áreas infestadas para áreas não infestadas – e à falta de identificação do problema por parte dos produtores, pelo frequente negligenciamento ou confusão com outros problemas de ordem biótica e abiótica. A presença de nematoides, mesmo em baixa ou média densidade, deve ser investigada, pois estes organismos podem aumentar a sua população no solo rapidamente.

Figura 1 – Sintomas clássicos de reboleiras com ataque de nematoides na cultura da soja
Figura 1 – Sintomas clássicos de reboleiras com ataque de nematoides na cultura da soja

Para a diagnose, os produtores precisam estar atentos aos sintomas clássicos, comumente expressos na parte aérea como resultado do ataque severo ao sistema radicular, que compromete os processos de absorção e translocação de água e nutrientes pela planta. A redução no crescimento das plantas, comumente em reboleiras (Figura 1), acompanhada de amarelecimento das folhas (Figura 2), murchamento em períodos quentes e secos do dia e/ou quedas prematuras de folhas, caracteriza-se como norteador para localizar áreas atacadas. A partir disso, amostras de plantas e de solo devem ser coletadas para envio a laboratórios que possam identificar a(s) espécie(s) e a densidade populacional.

Para áreas ainda não infestadas, a prevenção da entrada de nematoides é, sem dúvida, a principal estratégia de controle. Cuidados especiais no fluxo de máquinas, entre áreas atacadas com áreas ainda indenes, são importantes nesse contexto. No caso de áreas já infestadas, as principais estratégias de manejo envolvem a rotação com culturas não hospedeiras, o controle de plantas daninhas hospedeiras, a utilização de variedades de soja resistentes, a aplicação de nematicidas químicos e agentes de controle biológico.

A erradicação ou a eliminação total é praticamente impossível, principalmente pelos custos e/ou pelo tempo de operacionalização. A adoção de estratégias de manejo integrado é recomendada para manter as populações próximas ou abaixo do limiar de dano econômico.

Figura 2 – Amarelecimento nas extremidades das folhas provocado por nematoide-das-galhas
Figura 2 – Amarelecimento nas extremidades das folhas provocado por nematoide-das-galhas

O uso de nematicidas químicos e biológicos tem sido a principal estratégia de manejo para reduzir a infecção inicial nas raízes no estabelecimento da cultura, período crítico para o controle. Danos mais severos estão associados a infecções em estádios iniciais da cultura.

A utilização associada de nematicidas químicos + biológicos tem apresentado bons resultados. Além disso, a associação desses produtos com uma cultivar de soja resistente/tolerante é fundamental para melhorar os resultados. Estudos desenvolvidos a campo têm mostrado que o não ajuste da variedade pode comprometer significativamente o efeito das ferramentas químicas e biológicas. Existem variedades de soja que conferem resistência contra espécies de Meloidogyne spp., contra algumas raças do nematoide-de-cisto e para o R. reniformis. No entanto, não há ainda disponíveis cultivares resistentes ao nematoide-das-lesões (P. brachyurus). 

A aplicação de nematicidas químicos e biológicos pode se dar via tratamento de sementes ou diretamente no sulco de semeadura. No caso de biológicos, podem ser planejadas interferências com antecedência, no período de entressafra, para reduzir o inóculo inicial existente no solo.

Além do ajuste de produtos + variedade, os produtores devem interferir na dinâmica populacional dos nematoides no sistema, utilizando rotação ou a sucessão com culturas não hospedeiras. Essa estratégia auxilia na redução da população do nematoide no solo e na sua multiplicação a partir da substituição da fonte de alimento ideal.

Além disso, algumas culturas, tidas como antagonistas, podem ser utilizadas no período de entressafra, pois além de não serem hospedeiras, podem liberar substâncias tóxicas aos nematoides. É o caso, por exemplo, de espécies de Crotalaria spp., que têm sido muito utilizadas no manejo dos principais nematoides que atacam a soja, incluindo os formadores de galhas, o de lesão e o de cisto. Aliado a essa prática, um cuidado especial deve ser tomado com o controle de plantas daninhas nas áreas.

Diversas espécies podem hospedar nematoides e favorecer sua sobrevivência e multiplicação. O descuido no controle de plantas daninhas pode por em xeque os efeitos das demais estratégias de manejo adotadas.

Embora essas ferramentas apresentem grande potencial para o manejo, nenhuma delas, quando usadas isoladamente, trará uma resposta maior de controle que as utilizadas de maneira conjunta. Cabe ressaltar que, para isso, os produtores precisam realizar o trabalho de base, que começa pela identificação e quantificação correta das espécies presentes na área, para, assim, iniciar o planejamento de um programa de manejo, que na maioria dos casos trará resultados a médio ou longo prazo.

 

Foto de Dr. Cristiano Bellé

Dr. Cristiano Bellé

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