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Início / A importância da adubação potássica em soja

  • Materiais Técnicos
  • 17/02/2022

A importância da adubação potássica em soja

Sumário

Benefícios do potássio na adubação da soja

Neste material, você vai conhecer um pouco mais sobre:

  • Extração e exportação de K
  • Funções do K na planta
  • Detalhes importantes
  • Balanço de K no solo

O potássio (K) é um nutriente fundamental para a cultura da soja, sendo o segundo nutriente mais extraído, com a média de 39 kg extraídos para a produção de cada tonelada de grãos de soja, perdendo somente para o nitrogênio, com 77 kg/t. Em termos de exportação de nutrientes do sistema agrícola via grãos, o potássio também é o segundo colocado, com uma média de 23 kg exportados por tonelada de grãos produzidos, como podemos observar na tabela a seguir.

Tabela 1: Exportação de nutrientes pela cultura da soja kg/t de grão

Fonte: dados extraídos de Barth et al. (2018) e Oliveira Junior et al. (2016).
Fonte: dados extraídos de Barth et al. (2018) e Oliveira Junior et al. (2016).

As funções deste nutriente estão relacionadas à ativação de enzimas, à regulação osmótica dos tecidos e da abertura e do fechamento estomático (BORKERT et al., 2005). Níveis adequados de potássio ainda favorecem a nodulação, os componentes de produção e a quantidade de óleo contida no grão, auxiliando ainda na redução da proporção de grãos enrugados e na maior tolerância da soja frente a situações de estresse de ordem biótica ou abiótica (OLIVEIRA JUNIOR; CASTRO; OLIVEIRA, 2018). 
Em contrapartida, o desequilíbrio de potássio gera falta de uniformidade no desenvolvimento das plantas e na maturação, além de redução na qualidade e na densidade dos grãos, em especial, no terço superior das plantas (OLIVEIRA JUNIOR; CASTRO; OLIVEIRA, 2018).

Detalhes importantes da adubação potássica em soja


Tendo em vista o que foi apresentado até aqui, a adubação potássica é indispensável para a produção de soja, pois a recomendação de adubação fundamenta-se basicamente no tripé: disponibilidade do nutriente no solo, necessidade da cultura e eficiência econômica da adubação. 
Porém, solos com bons níveis de potássio também precisam ser adubados, com pelo menos o que for exportado pela produção de grãos de soja. Caso contrário, o balanço nutricional será negativo, já que a exportação será maior que a quantidade fornecida via adubação, resultando na redução das reservas de potássio do solo. Este desequilíbrio está sendo observado em diferentes lavouras, tipos de solo e condições de cultivo, afetando a produtividade das culturas que compõem o sistema de produção, mesmo em áreas consideradas de alta tecnologia (OLIVEIRA JUNIOR; CASTRO; OLIVEIRA, 2018).

Para o Cerrado, a recomendação para o teor de K ser interpretado como adequado é aplicar anualmente adubação de manutenção para repor as quantidades de K exportadas pela cultura, justamente para evitar o decréscimo
de potássio no solo. Já para o solo com altos teores de potássio, até se atingir teores adequados, a recomendação é realizar adubações de manutenção equivalentes a 50% da exportação de K, que nesta região equivale a 20 kg de K2O para cada tonelada de grãos que se espera produzir (SEIXAS et al., 2020).

Exemplo de desbalanço e as consequências

Na Tabela 2, elaborada pelos pesquisadores da Embrapa Soja, Adilson de Oliveira Junior, Cesar de Castro e Fábio Alvares de Oliveira (2018), é apresentada uma simulação do balanço de fósforo (P) e potássio (K) utilizando um sistema de sucessão soja/milho com produção de 3.600 kg ha-1 de soja e de 6.000 kg ha-1 de milho, considerando dois manejos de adubação potássica: (A) adubação de P e K na soja e no milho safrinha; (B) adubação de P na soja e de P e K no milho safrinha.

Tabela 2: Simulação do balanço* de P e K para sucessão soja/milho safrinha

Fonte: Oliveira Junior; Castro; Oliveira, 2018. * Não foram consideradas no balanço as possíveis perdas do nutriente no solo. Contudo, em áreas bem manejadas, a eficiência de aproveitamento do nutriente no solo é de aproximadamente 100%. Para a cultura da soja, a extração de K foi considerada 22 kg/t.
Fonte: Oliveira Junior; Castro; Oliveira, 2018. * Não foram consideradas no balanço as possíveis perdas do nutriente no solo. Contudo, em áreas bem manejadas, a eficiência de aproveitamento do nutriente no solo é de aproximadamente 100%. Para a cultura da soja, a extração de K foi considerada 22 kg/t.

Observando os dados das entradas e saídas de K do sistema, podemos ver uma diferença entre os dois manejos adotados, em que o manejo A mostrou um balanço mais positivo de potássio, pela adubação realizada em ambas as culturas. Já no manejo B, onde a adubação foi somente fosfatada, o balanço de K foi muito negativo, chegando à saída de 52 kg de K2O do sistema, o que equivale à redução de 0,06 cmolc/dm3 de K no solo.
Dessa forma, considerando que o teor de potássio no solo seja adequado e o produtor não adube com pelo menos a quantidade extraída pela cultura de soja, o K utilizado pelas plantas sairá das reservas existentes no solo. Porém, se este manejo se repetir ao longo das safras, as reservas de K no solo irão se esgotar em maior ou menor velocidade, dependendo da fertilidade deste solo. Os primeiros sinais são reboleiras com sintomas de deficiência de K, que aos poucos irão crescendo e se expandindo para toda a lavoura. 

Recomendações regionalizadas

É sabido que a eficiência do fertilizante e a resposta obtida com a adubação são condicionadas ao clima e, principalmente, às propriedades físico-químicas e biológicas do solo onde a adubação é realizada. Assim, as recomendações de adubação devem ser regionalizadas, com base em resultados de experimentação científica para determinação das curvas de calibração de resposta à adubação (SEIXAS et al., 2020). 

Referências

BARTH, G.; FRANCISCO, E.; SUYAMA, J. T.; GARCIA, F. Nutrient Uptake Illustrated for Modern, High-Yielding Soybean. Better Crops, v. 102, n. 1, p. 11-14, 2018. (Nutrient Decision Support for Soybean Systems – Part 2).

BORKERT, C. M.; CASTRO, C.; OLIVEIRA, F. A.; KLEPKER, D.; JUNIOR OLIVEIRA, A. E. Potássio: absorção, transporte e redistribuição na planta. In: YAMADA, T.; ROBERTS, T. L. (ed.). Potássio na agricultura brasileira. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 2005. p. 179-238.

OLIVEIRA JUNIOR, A.; CASTRO, C.; PEREIRA, L. R.; DOMINGOS, C. S. Estádios fenológicos e marcha de absorção de nutrientes da soja. Paiçandu: Fortgreen; Londrina: Embrapa Soja, 2016.

OLIVEIRA JUNIOR, A.; CASTRO, C.; OLIVEIRA, F. A.  Potássio: cuidados para a manutenção do equilíbrio nutricional da soja. Londrina: Embrapa Soja, 2018.

SEIXAS, C. D. S. et al. (ed. técnicos). Sistema de produção 17: Tecnologias de produção em soja. Londrina: Embrapa Soja, 2020.

 

Foto de Caroline Maria Rabuscke

Caroline Maria Rabuscke

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (2016), é Especialista em Produção Orgânica e Agroecologia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Atuou por 3 anos em projetos de assistência técnica e atualmente é responsável pela Área Técnica da Elevagro.
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