Este material apresenta algumas características da ferrugem na folha do trigo causada pelo fungo Puccinia triticina, como detalhes do fungo, suas estruturas como urédias, uredosporos e telioporos, as condições ideais para o seu desenvolvimento como temperatura e imagens dos sintomas da doença.
O fungo
O fungo Puccinia triticina Erinkss. (syns. P. recondita roberge ex Desm. f sp. tritici (Erikss. & E. Henn.) D. M. Herderson, P. rubigo-vera (DC.) G. Winter) é pertencente a classe do Basidiomicetos e é causador da ferrugem da folha do trigo, uma das principais doenças dessa cultura.
Em alguns anos a doença ocorre já no estádio de plântula, mas geralmente ataca mais tarde, podendo prolongar-se até próximo à maturação dos grãos, provocando a morte prematura das folhas.
Estruturas do fungo
A estrutura reprodutiva do fungo chama-se urédia e os esporos são denominados uredósporos ou urediniósporos.
Quando o tecido foliar senesce formam-se as estruturas de sobrevivência do fungo, chamadas télias, as quais abrigam os teliósporos.
Enquanto as urédias possuem uma coloração alaranjada, as télias possuem coloração marrom escura a preta.
Condições ideais de desenvolvimento
A temperatura ótima para a germinação de urediniósporos e infecção dos tecidos foliares é de 18°C e 6h de molhamento da superfície da folha.
Temperaturas entre 20 e 25°C são ideais para o desenvolvimento das urédias. Os urediniósporos são produzidos em grande quantidade e são dispersados pelo vento, podendo gerar novas lesões com esporos em intervalos de 7 a 10 dias. Essa característica torna as ferrugens altamente destrutivas.
O melhor método de controle da ferrugem do trigo é a resistência genética. Entretanto, no decorrer das safras a resistência é quebrada em função da alta variabilidade do fungo. Assim, o controle químico com uso de fungicidas tem sido o método mais efetivo no controle da ferrugem da folha do trigo.