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Início / Ecologia das pastagens

  • Materiais Técnicos
  • 16/02/2022

Ecologia das pastagens

Sumário

Compreenda o conceito de ecologia e ecossistema aplicado aos sistemas pastoris

Neste material, você vai conhecer um pouco mais sobre:

  • Ecologia e ecossistema das pastagens
  • Ecossistema pastoril do Pantanal, do Semiárido e da Região Sul
  • Princípio do sistema pastoril

O cenário agrícola e agropecuário encaixa-se em um amplo sistema biológico que compreende as relações entre as plantas e a comunidade de seres vivos que ali habitam. Apresenta-se dependente da interação entre plantas forrageiras x animais x solo x clima, onde se evidenciam inter-relações dinâmicas que determinam as características intrínsecas do clima, do meio ambiente, das espécies vegetais de interesse, dos animais herbívoros e dos organismos decompositores. 

Este cenário apresenta-se subdividido em níveis tróficos direcionados à alimentação dos seres produtores – como os bovinos – através das plantas clorofiladas – que realizam a fotossíntese. Nele os herbívoros atuam como consumidores de primeira e segunda ordem. Em um contexto microscópio, temos os decompositores responsáveis pela ciclagem de nutrientes e pela manutenção da microbiota do solo. Em pastagens, a cobertura vegetal determina a biodiversidade e a estabilidade do ecossistema. Desta forma, animais herbívoros beneficiam-se deste sistema ecológico.

ECOLOGIA E ECOSSISTEMA

Estes termos são oriundos do grego Oikos e Logos, sendo definido como a origem e o estudo, refletindo os estudos biológicos que buscam explicar as relações mutualísticas entre os seres vivos e o ambiente, onde determinam as relações entre animais herbívoros x plantas forrageiras x ambiente de cultivo. 

Isto forma um complexo biológico ou ecossistema no qual a ecologia torna-se importante tanto para as espécies forrageiras nativas como às cultivadas, pois estas espécies podem ser manipuladas por meio de técnicas e manejos que modificam sua dinâmica natural no ambiente, seja favorável ou desfavorável aos animais herbívoros.

O ecossistema é caracterizado por aqueles seres vivos e fatores bióticos que estão vinculados ao habitat. Este, por sua vez, pode ser considerado dinâmico e autossuficiente, pois transforma diversas formas de energia em biomassa através da fotossíntese, que compreende um determinado fluxo de energia responsável pela produção de alimentos. Portanto, considera-se a pastagem um ecossistema que permite integrar a fração viva e não viva do sistema biológico, que é formado por, matéria orgânica, nutrientes, minerais, gases atmosféricos e fluxos energéticos.

ecologia-das-pastagens
Figura 1. A pastagem é um ecossistema que integra a fração viva, como as plantas e animais, com a não viva, como os gases e os nutrientes. Fonte: Elevagro.

O ecossistema compreende a fração biótica formada por seres produtores (plantas forrageiras), consumidores (animais herbívoros), decompositores (microrganismos) e manipuladores (seres humanos), em contrapartida, a parte abiótica consiste em material geológico, topografia do ambiente de cultivo, fogo, clima e o solo que pode ser considerado em ambas as frações. 

Em um ecossistema há um equilíbrio dinâmico entre os fenômenos denominados de balanço ou ciclo da vida. Diante disto, assume-se que alguns dos organismos podem equilibrar-se mesmo na presença de predadores, doenças, necessidades físicas, temperatura e umidade específica, habilidade reprodutiva, para então denominar-se de equilíbrio de clímax.

ECOSSISTEMA PASTORIL

Caracterizado como a associação entre as plantas forrageiras, os animais herbívoros, a microflora, a microfauna e a fauna silvestre, onde podem se relacionar com o ambiente químico e físico no qual estão inseridos; sendo fundamental ao domínio das práticas de manejo a integração clima x solo x planta x animal. Neste contexto, o manejo corresponde às operações realizadas com o intuito de melhorar o desempenho das pastagens, animais e extrair o alimento necessário para seu crescimento e desenvolvimento.

O sistema deve ser sustentável e possibilitar suprir as necessidades quantitativas e qualitativas de forragem aos animais, minimizar os custos de produção, maximizar a lucratividade e a eficiência deste sistema. 

Portanto, é necessário compreender a morfogênese da espécie forrageira, a ecofisiologia da planta e do animal, a oferta de nutrientes no solo e a exigência destes pelos animais. É preciso que o executor compreenda os princípios do ambiente de crescimento da espécie forrageira, o quanto da forragem é produzida e consumida pelos animais, a magnitude de alimento que é consumido pelo animal e pode ser verdadeiramente convertido em produto final (carne, leite, entre outros), quais impactos a desfolha causa sobre o crescimento e desenvolvimento, o índice de área foliar (IAF), a taxa fotossintética, o sistema radicular, a absorção de água e de nutrientes pelas plantas. 

ECOSSISTEMA PASTORIL BRASILEIRO

O Ecossistema Pantanal engloba as regiões Centro-Oeste e Norte, e pode expressar precipitação anual de até 1.100 mm nas estações das chuvas (outubro a março) e seca (abril a setembro). Seu clima caracteriza-se por ser tropical úmido, com temperatura média de 26 ºC, e com incidência de geadas esporádicas; as espécies forrageiras comumente empregadas são do gênero Brachiaria sp, Panicum sp., Cynodon sp e Digitaria sp. 

O Ecossistema Subtrópico Brasileiro reúne os estados da Região Sul, onde predominam as espécies nativas, e a Região Sudeste. Neste ecossistema, o clima temperado e subtropical possibilita o crescimento de mais de 200 espécies de leguminosas forrageiras e 800 espécies de gramíneas forrageiras, com peculiaridades quanto aos seus mecanismos metabólicos C4 (estivais) e C3 (hibernais). 

O Ecossistema do Semiárido agrega os estados da Região Nordeste e caracteriza-se como clima tropical seco, com precipitações oscilando de 500 a 800 mm ao ano. A vegetação denomina-se de caatinga, com espécies cultivadas como palma forrageira, feijão bravo, jirirana e marmeleira. 

PRINCÍPIOS DO ECOSSISTEMA PASTORIL

O ecossistema pastoril é composto por fatores não manejáveis, como a radiação solar incidente, a temperatura do ar, o relevo e a latitude; em contrapartida, existem modificações que podem ser procedidas pelo pecuarista (antrópicas), tais como, as técnicas empregadas no manejo do solo e a disponibilidade hídrica para as plantas. 

Desta forma, o sistema pastoril depende dos animais herbívoros para regular o seu equilíbrio. Assim, define-se o pastejo como o termo dado a ação dos animais herbívoros quando estes se alimentam das plantas e obtêm a energia e os nutrientes necessários para seu crescimento e desenvolvimento. Entretanto, o pastoreio caracteriza-se por ser o ato de regular o pastejo dos animais por ações antrópicas com a finalidade de incrementar a produtividade da forrageira e do animal, maximizando as fontes energéticas abióticas do ecossistema. 

Esta dinâmica é baseada no fluxo de energia determinado pela radiação solar incidente sobre o dossel das plantas e a capacidade desta em interceptar a energia através da superfície fotossintética das plantas (IAF). Posteriormente, os mecanismos metabólicos transformarão a energia luminosa em química, fixando esqueletos de carbono e reservas para o crescimento e desenvolvimento das plantas forrageiras. Em contrapartida, o funcionamento eficiente desta maquinária necessita da disponibilidade adequada de nutrientes e água.

Nestas condições o pastejo ou a desfolha podem minimizar a superfície fotossintética da planta forrageira, alterando sua constituição morfológica, arquitetura e fisiologia, assim, a longevidade das plantas na pastagem depende da plasticidade fenotípica para que estas aclimatem-se às diferentes situações e à oferta de nutrientes no solo, de modo que, além de possuir uma pastagem longeva, ainda exista a disponibilidade de nutrientes e minerais aos animais, trazendo benefícios à forragem produzida.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, I. R.; NARDINO, M.; SOUZA, V. Q. Melhoramento e cultivo da soja. 1. ed. Porto Alegre: Cidadela, 2017. v. 100.
CARVALHO, I. R.; SZARESKI, V. J.; NARDINO, M.; VILLELA, F. A.; SOUZA, V. Q. Melhoramento e produção de sementes de culturas anuais: soja, milho, trigo e feijão. Saarbrücken, Germany: Ommi Scriptum Publishing Group, 2018. v. 50.
SILVA, J. A. G.; CARVALHO, I. R.; MAGANO, D. A. A cultura da aveia: da semente ao sabor de uma espécie multifuncional. 1. ed. Curitiba PR: CRV, 2020. v. 1000.

Foto de Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria (2014). Especialista em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelotas (2018). Mestre em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Santa Maria (2015). Doutor em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (2018).Pós Doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes/Plantas de Lavoura através da Universidade Federal de Pelotas (2018/2019). Atualmente é Professor de Agronomia e Medicina Veterinária, Coordenador do Programa de Melhoramento Genético na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - (Linha de Pesquisa Grãos) e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade.
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Dr. Thalia Segatto

Dr. Thalia Segatto

Engenheira agrônoma formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, Mestranda na área de produção vegetal do Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Área de atuação: Biotecnologia, Melhoramento Genético, Produção Vegetal, Controle Biológico, Fitopatologia, Experimentação.
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