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Início / Como o Nematoide-de-cisto da soja (NCS) afeta a produção de sua lavoura – Parte 2

  • Materiais Técnicos
  • 16/02/2022

Como o Nematoide-de-cisto da soja (NCS) afeta a produção de sua lavoura – Parte 2

Sumário

Neste material você vai conhecer um pouco mais sobre: 

  • Os sintomas e danos na cultura da soja;
  • Os métodos de manejo integrado.

Sintomas em campo:

Números elevados (densidades populacionais) do nematoide-do-cisto da soja podem resultar em grandes porções dos campos de soja com plantas severamente atrofiadas, amarelas e de porte reduzido (Figuras 1). Quando o problema ainda está no início, poucos sintomas acima do solo serão vistos, mas, ainda assim, perdas de rendimento de soja na ordem de 10 a 30% podem ser atribuídas a danos de NCS nesses campos. O aumento populacional desse nematoide no solo ocorre conforme a entrada de soja no sistema de produção, e maiores danos e perdas de rendimento são percebidos em anos subsequentes.

A idade e o vigor da safra de soja, a densidade populacional de nematoides no solo, os níveis de fertilidade e umidade do solo e outras condições ambientais influenciam o aparecimento e a intensidade dos sintomas. Os danos do nematoide-do-cisto da soja geralmente são mais graves em solos arenosos e leves e em estações de cultivo secas, mas os sintomas e danos podem ocorrer em todos os tipos de solo e clima (HARTMAN et al., 2016).

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Figura 1. Plantas de soja em reboleira com sintomas de amarelecimento e redução de porte, em decorrência de ataque do NCS. Imagem: Jorge Bleno da Silva Verssiani.

Disseminação:

A disseminação do NCS dentro das lavouras de soja pode ser acelerada por práticas culturais adotadas pelo produtor (como aragem, disco ou cultivo do solo). Esses organismos podem ser introduzidos em campos não infestados por meio de equipamentos agrícolas que transportam solo infestado com o SCN. Um cuidado muito importante para evitar a disseminação é a limpeza do maquinário.

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Figura 2. A introdução do NCS em áreas pode ocorrer por meio de maquinário agrícola. Imagem: Elevagro.

Os cistos do SCN são leves e podem sobreviver à dessecação. Eles podem ser movidos nas águas superficiais, pelo vento, e também pelo movimento dos animais. Pode levar mais de oito anos desde o momento da introdução de NCS em um campo até que suas populações aumentem para níveis detectáveis (HARTMAN et al., 2016).

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Figura 3. Presença de cistos em raízes de soja, os quais possuem uma proteção rígida para preservar os ovos de Heterodera glycines, viáveis por vários anos no solo. Imagem: Jorge Bleno da Silva Verssiani.

Resistência e manejo da doença:

Uma vez estabelecido em um campo, o NCS não pode ser erradicado. No entanto, existem várias práticas que podem ser usadas em um programa de manejo integrado de nematoides para minimizar o acúmulo de números desse nematoide e maximizar a produtividade da soja em campos infestados. 

A resistência ao NCS não é 100% eficaz. Em outras palavras, as plantas não são imunes. As plantas que permitem menos de 10% de reprodução do NCS, em comparação com o que ocorreria em uma cultivar suscetível, normalmente são consideradas resistentes (MITCHUM, 2016). As cultivares de soja como PI 88788, Peking, PI 437654 e outras que possuem resistência a determinadas raças do NCS oferecem suporte ao manejo desse nematoide (TYLKA; MULLANEY, 2015).

Atualmente, o uso de cultivares (variedades) de soja resistentes é a principal ferramenta para o manejo de NCS, seguida de práticas rotacionais com culturas e plantas de cobertura não hospedeiras, limpeza (lavagem mecânica, se possível) do maquinário após o trabalho em campos infestados e uso de nematicidas químicos ou biológicos aplicados no sulco de semeadura ou no tratamento de sementes.

Referência:

BARKER, K. R.; PEDERSON, G. A; WINDHAM, G. L. Plant and Nematode Interactions. Madison, WI: ASA, CSSA, SSA Publishers, 1998.
DAVIS, E. L.; MITCHUM, M. G. Nematodes: sophisticated parasites of legumes. Plant Physiology, v. 137, p. 1182-1188, 2005.
HARTMAN, G. L.; RUPE, J. C.; SIKORA, E. J.; DOMIER, L. L.; DAVIS, J. A.; STEFFEY, K. L. Compêndio de Doenças e Pragas da Soja. 5. ed. American Phytopathological Society, St. Paul, MN, 2016. http://doi.org/10.1094/9780890544754.
MITCHUM, M. G. Soybean resistance to the soybean cyst nematode Heterodera glycines: an update. Phytopathology, v. 106, p.1444-1450, 2016. h?ttp://doi.org/10.1094/PHYTO-06-16-0227-RVW.
SCHMITT, D. P.; WRATHER, J. A.; RIGGS, R. D. (ed.) Biology and Management of the Soybean Cyst Nematode. 2. ed. Marceline, MO: Schmitt & Associates of Marceline, 2004.
TAYLOR, A.; SASSER, J. N. Biology, identifi cation and control of rootknot nematodes (Meloidogyne species). United States: North Caroline State University Graphics, 1978.
TYLKA, G. L.; MULLANEY, M. P. Soybean cyst nematode-resistant soybeans for Iowa. Extension Publication PM 1649. Iowa State University Extension. Ames, 2015.

Foto de Jorge Bleno da Silva Verssiani

Jorge Bleno da Silva Verssiani

Possui graduação em Agronomia pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) - Campus Arinos (2015 - 2020). No estágio curricular obrigatório no Instituto Phytus, (estação experimental) Planaltina - DF, trabalhou no setor de Fitopatologia com ênfase em Nematologia Vegetal colaborando no desenvolvimento de pesquisas voltadas ao estudo da biologia, etiologia e controle de nematoides parasitos de plantas. Atualmente é aluno de Mestrado em Fitopatologia na Universidade de Brasília e ainda desenvolve atividades no Instituto Phytus - DF, atuando no setor de Nematologia Vegetal. Na Phytus, colabora na condução e avaliação de ensaios de experimentos à campo (soja, milho, feijão, algodão, batata e cenoura), em casa de vegetação (soja, milho) e ainda desenvolve atividades laboratoriais. É Mestrando em Fitopatologia na UnB. Atuo na área da nematologia do Instituto Phytus-DF.
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