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Início / Como o Koc, o Pka e o Kow influenciam na dinâmica de herbicidas no solo?

  • Controle Químico, Plantas Daninhas
  • 22/02/2022

Como o Koc, o Pka e o Kow influenciam na dinâmica de herbicidas no solo?

Sumário

O Koc

O índice Koc é o coeficiente que gera estimativa da tendência de partição do herbicida da fase líquida para a matéria orgânica do solo. É obtido dividindo-se o índice Kd (coeficiente de partição sólido-líquido) pela quantidade de carbono orgânico.

Este se correlaciona diretamente ao potencial de lixiviação de um herbicida. Assim, moléculas como o dicamba, bentazona, metribuzin, nicossulfuron e imidazolinonas (Koc < 100) possuem alta mobilidade no solo; outras como s-metolacloro, glufosinato, clomazona, quizalofope, diuron e muitas triazinas (Koc entre 200 e 300) são classificadas como possuindo mobilidade intermediária no solo.

Por fim, trifluralina, diclofope, fluazifope, glifosato e pendimetalina (Koc > 1000) possuem baixa mobilidade no solo, e assim são menos sujeitos à lixiviação. Quanto menos adsorvido for o herbicida, maior será sua mobilidade e potencial de lixiviação. Para reduzir perdas por lixiviação, pode-se lançar mão de técnicas como aplicações sequenciais do herbicida, além de adequação das doses às características do solo e uso de formulações de liberação lenta, como no caso da clomazone.

O pKa

O pKa indica o potencial de dissociação de um herbicida ácido ou básico, ou seja, a capacidade da molécula se dissociar ou ionizar, adquirindo carga (negativa ou positiva), de acordo com o pH do solo e do meio. Herbicidas chamados de ácidos fracos adquirem carga negativa sob condições de pH mais elevado do solo (básico), adquirindo forma aniônica; incluem-se nesta categoria o piritiobaque-sodico e o trifloxissulfurom-sódico (usados na cultura do algodão).

Já ametrina e prometrina são exemplos de herbicidas básicos, que formam cátions (carga positiva) sob pH mais baixo (ácido). Por outro lado, muitas moléculas pré-emergentes não se dissociam sob condições normais de acidez e pH encontrados nos solos, como o s-metolacloro, trifluralin, pendimetalina e diuron que permanecem em forma não-iônica, mais apolar e com maior afinidade por matéria orgânica, e por conseguinte menor solubilidade em água.

O PV

O PV é o potencial de volatilização (passagem de estado líquido para o gasoso) de uma molécula é determinado por suas características bioquímicas e refletido pela sua pressão de vapor. Temperaturas mais elevadas alteram este valor e tendem a ocasionar uma maior perda por volatilização. Valores mais próximos de 0 indicam maiores chances de volatilização (Tabela 1).

Trifluralina, 2,4-D éster e clomazona possuem valores de PV iguais ou maiores que 10-4 mmHg, sendo, portanto, suscetíveis a volatilização. Outros herbicidas pré-emergentes como o s-metolacloro (PV = 10-5 mmHg), pendimetalina e oxyfluorfen (PV = 10-6 mmHg) e diuron (PV = 10-8 mmHg) possuem chances de perda por volatilização pequenas ou nulas. A diminuição da volatilização pode ser alcançada através de incorporação com gradagem leve, aplicação em solo mais seco e frio, ou por variáveis relacionadas à formulação do produto.

O Kow

O coeficiente Kow indica a afinidade de uma molécula por um solvente apolar (como octanol e ácidos graxos) ou por solventes polares, como a água. Herbicidas que tem maior afinidade por ácidos graxos e óleos terão valores mais elevados deste coeficiente. Valores mais elevados indicam maior lipofilicidade (atração por gordura e solventes apolares), já valores mais baixos indicam moléculas mais hidrofílicas, mais solúveis e com maior afinidade por água.

Caso a molécula em questão seja capaz de dissociação (ionizando-se de acordo com o pH do meio), este coeficiente também sofre alteração de acordo com o pH da calda e do solo. Como é um valor geralmente expressado em logaritmo, este pode inclusive assumir valores negativos no caso de moléculas altamente polares e hidrofílicas, como o glifosato e o diclosulam – este último possui valor de log Kow igual a -0,4 em pH 9, ou 1,4 em pH 5 (Yoder et al. 2000).

Este coeficiente também indica a afinidade do herbicida pré-emergente pela matéria orgânica e retenção pela palhada. Como exemplo de herbicidas com alta retenção pela palhada citam-se a pendimetalina e a trifluralina, cujos valores de logKow estão acima de 5 (ou seja, são altamente lipofílicos). Já o diuron (log Kow = 2,77), a clomazona (log Kow = 2,54) e a flumioxazina (log Kow = 2,55) são menos retidos e penetram mais facilmente pela palhada devido a menor lipofilicidade.

Tabela 1. Parâmetros importantes relacionados à persistência e comportamento de herbicidas no solo. Fontes: Zimdahl, 1999; Kogan e Bayer 1996; Rossi et al. 1994.
Foto de Dr. Rafael Pedroso

Dr. Rafael Pedroso

Engenheiro Agrônomo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), Mestre e Doutor em Horticultura e Agronomia pela Universidade da Califórnia em Davis/CA, EUA e especialista em manejo de plantas daninhas pela mesma universidade. Professor temporário na ESALQ/USP (Piracicaba/SP) desde 10/2018 e docente na UniFeob (São João da Boa Vista/SP). Até a presente data, possui um acumulado de mais de 1.000 horas/aula na ESALQ/USP ? entre disciplinas da Graduação e Pós-graduação, além de 900 horas/aula na Unifeob. Membro da atual diretoria da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD) e um dos editores do boletim trimestral desta sociedade. Atualmente atuo também como vice-coordenador do II Weed.Con, a ocorrer em Novembro de 2021. Atuação em Ciências Agrárias, ênfase em Ciência das Plantas Daninhas e sistemas de produção de grandes culturas. Realização de mais de 50 palestras, apresentações e treinamentos in-company ou online. Atuou como coordenador do Núcleo de Herbologia e Herbicidas do Instituto Phytus, estando envolvido em condução de pesquisa a campo e estufa para avaliação de eficácia de controle de plantas daninhas junto à agroquímicas, para fins de registro ou desenvolvimento do produto. Fortes componentes ligados ao ensino como o preparo de materiais didáticos em diversas formas de mídia (vídeo, escrita, podcast, webinar) para a plataforma PhytusClub, tendo produzido mais de 100 materiais. Atuo também na produção e organização de cursos para a plataforma Agrischool, treinamentos em fazendas e revendas, e atuação como palestrante em eventos contratados por empresas ou reuniões societárias.
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2 respostas

  1. Avatar Nivaldo ALVES PEREIRA FILHO disse:
    27/10/2024 às 10:23

    Sou Eng. Agrônomo formado pela UFLA em 1986, trabalhei desde então com manejo de pesticidas com foco em Herbicidas para grandes culturas.
    Fomos de uma época que para conhecer tinha que fazer e ainda literatura que tínhamos a disposição era tudo em outras língua.
    Parabéns pela carreira que esta construindo e continue colaborando com informações pertinentes para uso diário na tomada de decisão.
    precisando de algo , me coloco a disposição. me telefone 064-98124-0870

    Responder
    1. Caroline Rabuscke Caroline Rabuscke disse:
      28/10/2024 às 08:32

      Obrigada pelo contato, Nivaldo! Não perca nossos demais conteúdos e animações!
      Um abraço!

      Responder

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