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Início / Cercospora zeae maydis: descrição e identificação do patógeno

  • Materiais Técnicos
  • 02/07/2014

Cercospora zeae maydis: descrição e identificação do patógeno

Sumário

Neste material você vai ter acesso a informações sobre o patógeno causador da cercosporiose do milho, tais como:

  • Etiologia
  • Sintomas
  • Danos
  • Recomendações de manejo

 

Etiologia

A mancha de cercospora, ou cercosporiose, causada por Cercospora zeae maydis, foi considerada por muitos anos como uma doença secundaria. Entretanto a cercosporiose vem se tornando uma doença de grande relevância.

A doença foi observada inicialmente no Sudoeste do estado de Goiás em Rio Verde, Montividiu, Jataí e Santa Helena, no ano de 2000. Atualmente a doença está presente em praticamente todas as áreas de plantio de milho no Centro Sul do Brasil.

C.zeae-maydis é um fungo mitospórico e sua fase perfeita é atribuída ao ascomiceto Mycosphaerella. Os conídios deste fungo são hialinos, curtos e largos, com dimensões variando de 40-165 ?m de comprimento por 4-9 ?m de largura e são produzidos em conidióforos pigmentados (AGRIOS, 2005).

A faixa de temperaturas ótimas para o desenvolvimento da mancha de cercospora fica entre 22 e 30°C (DONALD, 1999). Sabe-se que longos períodos de umidade relativa do ar próxima a 100%, mas na ausência de água livre sobre a folha, são importantes para o início da infecção.

O patógeno tem alto potencial de esporulação e o número de lesões pode aumentar rapidamente, atingindo as folhas mais jovens na parte superior da planta. Porem, o período latente de C. zeae-maydis é longo se comparação a outros patógenos foliares, pois pode variar de 14 a 28 dias (WARD et al., 1999).

Este patógeno é exclusivo da cultura do milho e possui dificuldades de competição com outros habitantes do solo. Por isso, sua sobrevivência é mais pronunciada sobre tecidos vivos ou restos da cultura do milho depositados sobre o solo.

Assim, a disseminação C. zeae-maydis ocorre através dos esporos formado em restos culturais, os quais são levados pelo vento e/ou chuva para plantas dentro da mesma cultura ou para regiões afastadas do ponto inicial da epidemia (WARD et al., 1999).

 

Sintomas


Os sintomas de C. zeae maydis em milhos são caracterizados por lesões alongadas e irregulares que acompanham o sentido das nervuras. As manchas apresentam coloração marrom ou bronze e bordas avermelhadas ou púrpuras. Em condições de alta umidade relativa, as lesões ficam cobertas por esporos, conferindo-as uma coloração acinzentada

Por este motivo, esta mancha é conhecida na língua inglesa como mancha foliar cinzenta (gray leaf spot). A alta incidência e severidade da doença podem causar a seca e morte das folhas diminuindo a área fotossintética e produção (CASSELA et al., 2003).

Os primeiros sintomas da mancha de Cercospora são observados geralmente na fase de floração, inicialmente nas folhas baixeiras (WARD et al., 1999). Em seguida, o patógeno coloniza o limbo foliar, provocando extensas áreas necróticas.        

Figura 1 – Sintomas de Cercospora zeae maydis em folha de milho.
Figura 2 – Lesão necrótica de cercosporiose, com estruturas escuras reprodutivas do fungo.

 

Figura 3 – Conidióforos de Cercospora zeae maydis observados em microscópio óptico..

 

Danos

A doença ocorre com alta severidade em cultivares suscetíveis, podendo as perdas serem superiores a 80% (Embrapa Milho e Sorgo, 2008). Nos últimos anos, vários híbridos altamente produtivos tiveram de ser substituídos por outros com menor rendimento mas que apresentavam boa resistência, diminuindo a produtividade.

 

Recomendações de manejo

Para o manejo da doença recomenda-se o plantio de cultivares resistentes, pois é o meio mais eficiente de controle, além do mais, minimizar a utilização de fungicidas.

Deve-se evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a doença tenha ocorrido com alta severidade, para reduzir o potencial de inóculo. Para evitar o aumento do potencial de inóculo da C. zeae-maydis deve-se evitar o plantio de milho após milho.

O uso de fungicidas no combate a cercosporiose pode ser necessário em híbridos suscetíveis onde ocorrem condições ótimas ao desenvolvimento da doença (Ward et al., 1999).

 

Literatura consultada

AGRIOS, G.N. Plant Pathology. Elsevier, Burlington, 2005.

CASELA, C. R. A Cercosporiose na Cultura do Milho. Embrapa-Circular técnica 24, 5p. 2003.

DONALD G. W. Compendium of corn disease. 2. ed. Urbana: American Phytopathological Society, 1999. 128p.

Embrapa Milho e Sorgo. Cultivo do Milho. Disponivel em: http://sistemasdeproducao .cnptia.embrapa.br . Acessado em 19/03/2013.

WARD, J. M. J.; STROMBERG, E. L.; NOWELL, D.C.; NUTTER JR., F.W. Gray leaf spot – A disease of global importance in maize production. Plant Disease, v.83, p.884-895, 1999.

 

Foto de Dr. Nedio Tormen

Dr. Nedio Tormen

Técnico Agrícola (2005) pelo CEDUP Água Doce (SC), Engenheiro Agrônomo (2011) pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), Mestre em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2014) e Doutor em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2018) . Possui pesquisas concentradas em fitopatologia nas culturas da soja, algodão, milho e feijão. Atualmente é Diretor Técnico Cerrado no Instituto Phytus e pesquisador na área de fitopatologia.
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