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Início / Caracterização de Gramíneas Forrageiras – Parte II

  • Materiais Técnicos
  • 17/02/2022

Caracterização de Gramíneas Forrageiras – Parte II

Sumário

Gramíneas forrageiras

Na Parte II, você vai conhecer um pouco mais sobre as seguintes gramíneas forrageiras:

  • Brachiaria Brizantha, Decumbens, Humidícola, Mutica e  Ruziziensis;
  • Capim Colonião;
  • Capim-Elefante;
  • Capim Gamb;
  • Milheto;
  • Sorgo Forrageiro;
  • Tanner Grass;
  • Teosinto.

Existem inúmeras espécies de gramíneas forrageiras para o cultivo nas condições brasileiras, sendo a maioria aclimatada e adaptada às condições tropicais ou subtropicais. A decisão de qual forrageira deve ser implantada torna-se difícil, mas, extremamente importante para o sucesso da atividade agropecuária. No Brasil, as pastagens cultivadas ocupam aproximadamente 105 milhões de hectares, sendo que a maioria das áreas é formada por gramíneas. 

Brachiaria Brizantha (Brachiaria brizantha):

Forrageira oriunda da África, mas foi no Brasil que assumiu extrema importância no cenário agropecuário ao viabilizar a pecuária de corte no Centro-Oeste, que é caracterizado como uma região formada por solos pobres e ácidos. Dentre as principais cultivares desta espécie destacam-se os genótipos Marandu (solos bem drenados), MG5 (solos mal drenados), MG6 e MG4 (tolerância à seca e aos solos pobres), Xaraés (produtividade e valor nutricional) e Piatã (elevado valor nutricional). Sua implantação é amparada pela utilização de até 20 quilos de sementes por hectare.

Brachiaria Decumbens (Brachiaria decumbens):

Espécie forrageira originária do continente africano, especificamente da Uganda, apresenta genoma tetraploide (4n=4x=36). É responsiva ao nitrogênio, tem elevada produção de sementes, possibilita o consórcio com espécies forrageiras leguminosas, pode causar fotossensibilização (fungo Pithomyces chartarum). As sementes produzidas apresentam dormência e as plantas são susceptíveis à cigarrinha das pastagens e à podridão foliar fúngica; em contrapartida, evidenciam rebrote rápido e vigoroso, toleram o sombreamento, mas são sensíveis à temperatura baixa e à geada.

Brachiaria Humidícola (Brachiaria humidicola):


riunda da África Equatorial, onde suas plantas são eretas, rizomatosas, com colmos ascendentes de cor verde-clara. O crescimento é agressivo, com plantas pouco exigentes em fertilidade do solo, tolerando solos secos a úmidos, e geadas. Sua propagação ocorre através de mudas estoloníferas, e a implantação por sementes deve ocorrer com 10 a 15 quilos por hectare, na profundidade de no máximo quatro centímetros.

Brachiaria Mutica (Brachiaria mutica):

Esta espécie forrageira é oriunda da África e destinada ao cultivo em ambientes tropicais e subtropicais úmidos. As plantas são estoloníferas e perenes com altura de até 1,5 metros. Dentre as características agronômicas, esta gramínea revela grande adaptação a ambientes com altitude de até 1800 metros, adaptada a altas precipitações, sensível à geada e à seca, tolera solos úmidos e alagados, respondendo eficientemente ao nitrogênio. A propagação é principalmente realizada por mudas rizomatosas devido à baixa produção de sementes (cariopses).

Brachiaria Ruziziensis (Brachiaria ruziziensis):

Espécie originária do Congo sendo caracterizada por ter hábito de crescimento rasteiro, ciclo perene, plantas estoloníferas e formação de rizomas. Dentre as características agronômicas, esta espécie adapta-se a solos de média fertilidade, bem drenados e aclimatados a climas tropicais; não tolera geadas, responde à adubação nitrogenada e possibilita o consórcio com outras espécies forrageiras.

Capim Colonião (Panicum maximum):

Oriundo da África, atualmente é difundido em todo Centro-Oeste brasileiro. Evidencia ciclo perene, com hábito de crescimento cespitoso. As plantas têm folhas densas, rizomas grossos, os colmos são formados por seis nós pilosos eretos de até dois metros de altura. Dentre as características agronômicas, evidencia-se como uma das mais importantes forrageiras cultivadas em ambientes tropicais e subtropicais. Tem crescimento agressivo, não proporciona consórcio com outras espécies, tolera pisoteio, apresenta-se muito exigente em fertilidade, principalmente de fósforo, potássio e nitrogênio, tem preferência por solos profundos, arenosos e não tolera geada.

Capim-Elefante (Pennisetum purpureum):

Esta espécie forrageira é oriunda do continente africano, especificamente da Uganda, sendo largamente difundida na Índia e na América do Sul. Seu ciclo é perene, com plantas que variam de três a cinco metros de altura. Os colmos são eretos, agrupados em touceiras ou não; no interior apresentam um parênquima suculento bem aceito pelos animais.

Capim Gamba (Andropogon gayanus):

Esta forrageira é oriunda da Zâmbia e da Nigéria. Atualmente é muito utilizada na Região Centro-Oeste do Brasil, principalmente nos estados de Goiás e Tocantins. Dentre as características agronômicas, as plantas toleram a seca, têm sistema radicular profundo, suportam solos ácidos bem drenados e de baixa fertilidade natural, apresentam baixa aceitabilidade pelos animais em alguns períodos de crescimento devido à alta fração fibrosa, evidenciam resistência ao ataque das cigarrinhas das pastagens, mas lento estabelecimento das plantas a campo e baixa habilidade competitiva com plantas daninhas.

Milheto (Pennisetum americanum):

Oriunda da África, com genoma diploide (2n=2x=14), tem ciclo anual e produtividade de forragem no verão. Dentre as características agronômicas, requer maior acúmulo de graus/dias que o milho e o sorgo, possibilita o consórcio com leguminosas (feijão miúdo e labe-labe), apresenta rápido estabelecimento das plantas, tolerância ao déficit hídrico, alta produtividade de forragem. Em contrapartida, como desvantagem, tem-se a dificuldade de semeadura devido à temperatura do solo e ao tamanho das sementes.

Sorgo Forrageiro (Sorghum bicolor):

Esta espécie forrageira é oriunda da África e da Índia, tem ciclo anual e produção nos períodos quentes do ano, revela alta tolerância ao pisoteio, expressa elevada palatabilidade, produtividade e qualidade de forragem, é responsiva ao manejo de nitrogênio, tolera solos mal drenados, e seus grãos apresentam alta concentração de durrina. 

Tanner Grass (Brachiaria arrecta):

Oriunda da África Equatorial e amplamente difundida no Brasil, principalmente no Centro-Oeste e no Sudeste. A planta possui hábito de crescimento prostrado e ciclo perene. As características agronômicas desta espécie são definidas pela sua aptidão para terras baixas, apresentam crescimento agressivo e baixa exigência quanto à fertilidade do solo, porém, podem causar toxicidade aos animais devido à grande fração de nitrato contido nos tecidos da forragem. Sua propagação é realizada através de mudas rizomatosas em função da produção de sementes ser baixa.

Teosinto (Zea mexicana):

Originária do México e destinada ao cultivo em climas quentes e solos férteis. Não tolera solos arenosos e alagamentos prolongados. Seu genoma é diploide (2n=2x=20), tem ciclo anual e hábito de crescimento cespitoso. Os colmos são cilíndricos, com muitos entrenós que podem apresentar até 90 centímetros de estatura e revelam elevado afilhamento, respondem à oferta hídrica e produzem forragem palatável. A semeadura deve ser realizada na primavera e no verão utilizando até 50 quilos de sementes por hectare.

Referências

CARVALHO, I. R.; SOUZA, V. Q.; NARDINO, M.; OLIVEIRA, A. C. Resultados Experimentais em Plantas Forrageiras. Porto Alegre: Cidadela, 2016.
CARVALHO, I. R.; SZARESKI, V. J.; DEMARI, G.; SOUZA, V. Q. Produção e Cultivo de Espécies Forrageiras. Cidadela: Porto Alegre, 2018.

Foto de Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria (2014). Especialista em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelotas (2018). Mestre em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Santa Maria (2015). Doutor em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (2018).Pós Doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes/Plantas de Lavoura através da Universidade Federal de Pelotas (2018/2019). Atualmente é Professor de Agronomia e Medicina Veterinária, Coordenador do Programa de Melhoramento Genético na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - (Linha de Pesquisa Grãos) e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade.
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