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Início / Alternativas para avaliação da pastagem

  • Materiais Técnicos
  • 16/02/2022

Alternativas para avaliação da pastagem

Sumário

Aprenda como realizar a avaliação de uma pastagem e quais parâmetros podem ser mensurados

A produtividade de uma pastagem é decorrente da escolha eficiente da espécie forrageira, da qualidade e seus efeitos no desempenho animal, além de condições específicas da espécie e suas exigências nutricionais, fertilidade do solo, nível tecnológico da propriedade, sistema de cultivo e do manejo adotado. 

Algumas formas de utilização da pastagem podem ser evidenciadas, como monocultivo, consórcios, integração lavoura-pecuária ou agropastoril, silvipastoril ou integração lavoura-pecuária-floresta, sendo a forrageira produzida destinada à produção de leite, carne, couro, lã, aves de corte, ovinos e equinos, bem como, armazenada como silagem, feno e pré-secado. O adequado manejo das pastagens proporciona o incremento de produção e maximiza o equilíbrio da interação solo x planta x animal. Neste sentido, as avaliações das pastagens buscam determinar qual o manejo e as técnicas que devem ser aplicadas onde se preconiza que as avaliações sejam fidedignas e representem as condições reais de oferta da forragem aos animais.

Metodologias e princípios das avaliações

A amostragem de forragem apresenta-se variada, busca-se a melhor distribuição das amostras e que estas representem a variabilidade e atendam ao objetivo do estudo. Pode ser realizada casual, sistemática e estratificadamente. 

1° passo: define-se o número de amostras básicas para representar fidedignamente a variabilidade da pastagem, busca-se o incremento da acurácia e minimiza-se os desvios entre as amostras. As amostragens dentro da pastagem devem ser realizadas em zig-zag ou em W. 

2° passo: determina-se a massa da forragem contida em uma área conhecida e corta-se a forragem em 0,25 m² (50 x 50 cm)

como-realizar-a-amostragem-de-forragem
Figura 1. Como realizar a amostragem de forragem. Fonte: Elevagro.

Como critério, utiliza-se no mínimo quatro e no máximo vinte amostragens por talhão de pastagem, mantém-se o cuidado para não contaminar a amostra com plantas daninhas e solo. Indiretamente, pode-se realizar a dupla amostragem, onde se ajusta a coleta da forragem e anexam-se parâmetros de qualidade na forragem, obtendo-se uma estimativa quantitativa e qualitativa estratificada da pastagem.

Amostragem Botonal

Esta amostragem é realizada em grandes áreas que evidenciam pastagens heterogêneas. Cinco escores são elencados para representar a situação quantitativa da pastagem. Primeiramente são definidos os escores um e cinco; após, definem-se os escores intermediários ponderados pela mensuração da massa verde e pela observação das condições da pastagem. 

Neste método, elencam-se as principais espécies forrageiras que compõem a pastagem, e utiliza-se um quadro de 0,25 m² para determinar a produtividade de forragem na área conhecida; posteriormente, aplicam-se os escores. Nestas condições, procede-se no mínimo 50 amostragens gerando seus respectivos escores; na sequência, obtém-se a razão entre o somatório dos escores e o número de amostras que representem a magnitude de forragem por hectare, ajustando-se os valores pela multiplicação por 25 % (MS) para obter a produtividade de matéria seca por hectare. As amostras de matéria verde podem ser submetidas à secagem em fornos micro-ondas ou em estufas de ventilação forçada por 72 h a 60 ºC até a obtenção da massa constante.

Componentes estruturais da amostra

Toda e qualquer amostra deve ser representativa da população de plantas forrageiras, e as espécies botânicas contidas nesta devem ser separadas e submetidas à secagem. As estruturas foliares podem ser divididas em lâmina e bainha, os colmos ou hastes podem ser separados das inflorescências, deve-se determinar a relação entre folhas e colmos ou hastes, e a proporção de material senescente contido na amostra. Após o processamento, as amostras secas devem ser moídas em partículas inferiores a dois milímetros e direcionadas ao laboratório para determinação dos caracteres qualitativos, como a digestibilidade, fibra em detergente neutro e ácido, fibra bruta, celulose, hemicelulose, lignina, carboidratos não estruturais e estruturais, lipídios, proteína bruta e material mineral. 

Índice de área foliar

Este atributo consiste na relação entre a área de folhas que recobrem a superfície do solo (m² de folha/ m² de solo) e pode expressar o potencial de produtividade da espécie forrageira. Esse caráter determina o momento de entrada e saída dos animais da pastagem e representa a máxima interceptação da radiação solar pela planta, através do nível crítico do índice de área foliar (IAF). Sendo necessário preservar um mínimo de lâminas foliares após o pastejo, que possibilite um rápido rebrote. Este atributo pode ser aferido por aparelhos tipo Scanner (Li-2000®), métodos destrutivos por discos de área conhecida, métodos fotográficos, biométricos, através das medidas de comprimento e largura das folhas ponderadas por um fator de correção. 

Taxa de acúmulo de biomassa

A disponibilidade de forragem para os animais é determinada através da biomassa acumulada durante o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Em condições ambientais ideais, este processo caracteriza-se como contínuo e acumulativo, sendo o produto de interações genéticas, morfológicas, fisiológicas e ambientais, que em conjunto determinam a produtividade da forragem. 

Afilho marcado

Este método é baseado na observação das características morfogênicas da espécie forrageira, possibilitando compreender a emissão e a expansão das estruturas morfológicas da planta. É uma das mais importantes características, pois confere a persistência da forragem, mesmo em condições desfavoráveis do ambiente e sob pastejo intenso. Esta técnica apresenta-se confiável para a determinação da taxa de crescimento das plantas forrageiras em condições experimentais, quando as avaliações devem ocorrer durante o período de descanso da pastagem, mantendo as marcações das novas plantas ao longo do crescimento e desenvolvimento, pois o uso desta técnica possibilita obter a taxa de alongamento foliar, a taxa de senescência das folhas, a taxa de alongamento do colmo ou haste, a taxa de surgimento de folhas, o número de folhas vivas, o comprimento final da lâmina foliar, a densidade de afilhos, a altura do dossel e do filocromo, e possibilita determinar a acessibilidade do animal à forragem (extrusa), o que revela o quanto cada bocado pode capturar de forragem, e pondera-se pelo crescimento das plantas e o tempo de pastejo.

Tempo de pastejo

A escala de tempo de pastejo é resultante do consumo de forragem pelo animal em minutos ou horas, associado à acessibilidade e à qualidade da forragem. Observa-se a cada dez minutos o comportamento de todos os animais no pasto ou por meio de coleiras de rastreamento, e armazena-se as informações a cada cinco minutos; o animal ao entrar na pastagem evidencia várias paradas que são determinadas de prato forrageiro (área de alcance e coleta de forragem sem deslocamento). As estimativas são baseadas na observação do consumo, caminhamento e paradas transcorridas durante o pastejo do animal.

Taxa de bocados

Realiza-se a observação da frequência de bocados que cada animal efetua no momento do pastejo, obtém-se a mensuração do tempo necessário para que cada animal realize 20 bocados, analisa-se o ritmo e o número de bocados durante este procedimento, posteriormente, afere-se a massa de cada bocado. Para obter melhores estimativas, pode-se proceder o estudo em animais fistulados, compreender o tamanho do bocado e ajustar mediante o peso do animal, largura da arcada dentária e o estágio fisiológico de desenvolvimento do animal.

Consumo animal

Este parâmetro deve ser ponderado através das determinações do tempo gasto para ocorrer o pastejo do animal, taxa de bocados, tamanho do bocado e obter as estimativas. O ganho de peso animal deve ser estimado através da pesagem individual de cada animal junto à aferição do número de dias de pastejo; esta razão revelará o ganho diário médio por animal em uma determinada unidade de área.

Práticas de manejo

O manejo das espécies forrageiras tem por objetivo assegurar a longevidade, a persistência e a estabilidade da pastagem, promover a produtividade e a qualidade da forragem para suprir as carências alimentícias e nutricionais dos animais. O pastejo apresenta efeito positivo na espécie forrageira, resultando em maior capacidade de penetração da luz no dossel inferior das plantas, incrementa a proporção de folhas novas e a atividade fotossintética; em contrapartida, os efeitos negativos são atribuídos à redução da área foliar, à remoção dos meristemas apicais e à alta extração de nutrientes. 

Diante disto, as definições de manejo devem ser estruturadas de acordo com a base produtiva, ou seja, o perfil do sistema de produção, as respostas fisiológicas das plantas forrageiras e o desempenho animal frente ao manejo.

Definições da primeira desfolha ou pastejo

Como critério para a entrada dos animais na pastagem, a primeira desfolha é embasada através da máxima expansão foliar das plantas. As plantas, ao interceptarem 95 % da radiação solar incidente sobre o dossel, estarão aptas a serem pastejadas. Fatores como frequência, intensidade, uniformidade e época da desfolha em relação à fase de desenvolvimento da planta podem influenciar diretamente o momento de iniciar a desfolha. Ao identificar o índice de área foliar ótimo, este proporciona máximo rendimento forrageiro, acúmulo de reservas e qualidade da forragem, portanto, o ponto para realizar a primeira desfolha é dependente direto do IAF, da arquitetura e da densidade populacional de plantas.

REFERÊNCIAS

SILVA, J. A. G.; CARVALHO, I.R.; MAGANO, D. A. A cultura da aveia: da semente ao sabor de uma espécie multifuncional. Curitiba, PR: CRV, 2020. v. 1000. 404p.
CARVALHO, I. R.; SZARESKI, V. J.; NARDINO, M.; VILLELA, F. A.; SOUZA, V. Q. Melhoramento e produção de sementes de culturas anuais: soja, milho, trigo e feijão. Saarbrücken, Germany: Ommi Scriptum Publishing Group, 2018. v. 50. 229p.
CARVALHO, I. R.; NARDINO, M.; SOUZA, V. Q. Melhoramento e cultivo da soja. Porto Alegre: Cidadela, 2017. v. 100. 366p.
Breve descrição (até 2 linhas) do que é o material: Aprenda como realizar a avaliação de uma pastagem e quais parâmetros podem ser mensurados

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Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria (2014). Especialista em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelotas (2018). Mestre em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Santa Maria (2015). Doutor em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (2018).Pós Doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes/Plantas de Lavoura através da Universidade Federal de Pelotas (2018/2019). Atualmente é Professor de Agronomia e Medicina Veterinária, Coordenador do Programa de Melhoramento Genético na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - (Linha de Pesquisa Grãos) e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade.
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Murilo Vieira Loro

Murilo Vieira Loro

Técnico em Agropecuária pela Escola Estadual Técnica Guaramano (2014). Engenheiro Agrônomo pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2020). Pós Graduando em Biotecnologia na Universidade Estadual de Maringá e em Estatística e Modelagem Quantitativa pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria. Atuação em Estatística experimental e Biotecnologia Vegetal.
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