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Início / Capim-amargoso (Digitaria insularis)

  • Materiais Técnicos
  • 18/02/2022

Capim-amargoso (Digitaria insularis)

Sumário

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Cenário no Brasil

O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma espécie que tem preocupado agricultores em diversas regiões produtoras do Brasil. Nativo de regiões tropicais e subtropicais da América, é uma planta daninha de difícil controle, em função da adaptação a diferentes condições edafoclimáticas, rápida velocidade de crescimento, ser altamente competitiva e possuir a capacidade de germinar em temperaturas e luminosidades variadas. Está presente em lavouras de grãos, café, pomares, entre outras. Na cultura da soja, por exemplo, a presença de seis a oitos plantas de capim-amargoso por metro quadrado pode causar redução de até 44% na produtividade do grão.

Identificação e monitoramento


O capim-amargoso possui ciclo perene, crescimento ereto, colmos estriados, folhas com bainha longa, se propaga por sementes e rizomas curtos (Figura 1). As sementes são do tipo cariopse, tem elevado poder germinativo, se caracterizam por serem pilosas e de fácil dispersão pelo vento (Figura 2). Uma planta pode produzir cerca de 100 mil sementes nos períodos mais quentes do ano. Plantas em estádio de desenvolvimento avançado formam touceiras, com afilhos, folhas em diferentes idades e rizomas, o que intensifica a dificuldade de controle (Figura 3). Além disso, a planta se desenvolve bem em solos ácidos e de baixa fertilidade, comumente encontrados em diversas regiões do país.

Figura 1. Planta de capim-amargoso com formação de inflorescência tipo panícula (Digitaria insularis). Fonte: PDPA/UFRRJ
Figura 2. Inflorescência tipo panícula do capim-amargoso, com destaque das sementes pilosas. Fonte: Starr Environmental
Figura 3. Touceira do capim-amargoso (Digitaria insularis). Fonte: Revista A granja.

Desenvolvimento e controle

As plantas de capim-amargoso possuem crescimento inicial lento até os 45 dias da sua emergência, após ocorre um rápido incremento das raízes devido a formação de rizomas. Dessa forma, o período favorável para controle de capim-amargoso em pós-emergência é até os 35 dias, quando os rizomas ainda não foram formados. Os mecanismos de ação utilizados nessa modalidade são os inibidores da glutamina sintetase e glutamato sintase (GS-GOGAT), fotossistema I (FSI), acetil-CoA carboxilase (ACCase), síntese de carotenoides e da enzima 5-enolpiruvilshikimate-3-fosfato síntase (EPSPs), contudo, apenas os três últimos são sistêmicos. Em pré-emergência, os mecanismos de ação utilizados para controle das plantas são os inibidores de divisão celular, inibidores do fotossistema II (FSII), inibidores da síntese de carotenoide, inibidores da aceto lactato sintase (ALS) e inibidores da protoporfirinogênio oxidase (PROTOX).

Desafios ao manejo

A seleção de biótipos resistentes de D. insularis ao glifosato tem aumentado consideravelmente devido ao uso contínuo desse herbicida. No Brasil, o primeiro registro de biótipos de capim-amar­goso resistente ao glifosato foi reportado em 2008 em uma lavoura de soja no Paraná, atualmente casos de resistência se estendem para as regiões Sudeste, Centro-oeste e Nordeste. Para reduzir tal problema deve-se aplicar herbicidas com diferentes mecanismos de ação, de forma rotacionada, a fim de reduzir a pressão de seleção e assim diminuir a incidência de biótipos resistentes.

O controle ineficiente de capim-amargoso está, muitas vezes, associado ao estádio avançado da planta, ou seja, plantas já perenizadas e com a presença de rizomas e formação de touceiras. O rizoma está relacionado ao acúmulo de reservas na planta, já as touceiras impedem que a molécula aplicada atinja toda a planta que posteriormente tende a rebrotar, ambos diminuem a eficiência de controle. Para um efetivo controle o recomendado é utilizar aplicações em pré-emergência para evitar os fluxos de germinação e aplicações de herbicidas nos estádios iniciais de desenvolvimento da planta daninha, evitando formação de touceira e o rebrote.

 

Foto de Drª. Camila Pinho

Drª. Camila Pinho

Engenheira Agrônoma, formada pela Universidade Federal de Pelotas - UFPel (2008). Possui Mestrado (2010) e Doutorado (2012) em Fisiologia Vegetal pela UFPel e Pós-doutorado em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ. Atualmente é Professora Adjunta do Instituto de Agronomia - Departamento de Fitotecnia da UFRRJ. É docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia - PPGF/UFRRJ e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental - PGEAAmb/ UFRRJ. Bolsista Jovem Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ (2019 - atual). Atua e orienta nos temas relacionados a Fisiologia do Estresse em Plantas, Manejo de Plantas Daninhas, Resistência de Plantas Daninhas a Herbicidas e Dinâmica de Pesticidas no Ambiente, . É coordenadora do grupo de pesquisa Plantas Daninhas e Pesticidas no Ambiente (PDPA) - UFRRJ e pesquisadora do grupo de pesquisa Engenharia e Monitoramento de Biossistemas (EMBIO) - UFRRJ, ambos cadastrados no CNPq.
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