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Bicudo (Anthonomus grandis) em algodão

Anthonomus grandis, o bicudo-do-algodoeiro está entre as principais pragas da cultura do algodão. Seu dano se dá pelo ataque dos adultos aos botões florais da cultura, Após o dano, os botões ficam com as brácteas abertas que depois acabam caindo. As flores atacadas pelo bicudo apresentam o aspecto de balão, pela abertura anormal das pétalas.

Tanto a alimentação como as oviposições do A. grandis geram perfurações nas maçãs do algodão, o que danifica as fibras e sementes da maçã, impedindo sua abertura normal, deixando-a com aspecto escuro (carimã). Assim, a praga tem um alto potencial danoso sobre a cultura e de reduzir a produtividade. 

Outro ponto importante é que nas fases de ovo, larva e pupa ocorrem no interior das estruturas reprodutivas do algodão, o que, aliado ao comportamento dos adultos que se alojam entre as brácteas, dificulta o controle deste inseto, já que os mesmos ficam mais protegidos das aplicações.

 

Referências:

BUSOLI, A. C.; SOARES, J. J.; LARA, F. M. O bicudo do algodoeiro e seu manejo. Jaboticabal: FUNEP, 1994. (FUNEP; Boletim, 5).

GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; CARVALHO, R. P. L.; APTISTA, G. C.; BERTIFILHO, E.; PARRA, J. R. P.; ZUCCHI, R. A.; ALVES, S. B.; VENDRAMIN, J. D.; MARCHINI, L. C.; LOPES, J. R. S.; OMOTO, C. Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002.

 

 

Pendoamento em alface: entenda a causa

A alface (Lactuca sativa L.) é originária de clima temperado (região do Mediterrâneo), e seu ciclo de vida é dividido em vegetativo e reprodutivo, marcado pela emissão do pendão, encerrando com a produção de sementes. 

Entretanto, no Brasil, até a década de 40, só era possível produzir alface em épocas e regiões com temperaturas amenas e fotoperíodos menores. Do contrário, pode ocorrer o chamado “pendoamento” (ou bolting), que seria o surgimento da fase reprodutiva precocemente, resultando em menor qualidade da alface, pois deixa as folhas amargas e alonga o caule (formando um pinheirinho, principalmente nas alfaces de folhas soltas, como a lisa, mimosa e crespa). 

Toda planta, em situação de estresse, quando já estabelecida no campo, irá reagir de forma a emitir flores, frutos e sementes, como instinto de sobrevivência, para a preservação da espécie. 

Logo, a combinação genótipo e ambiente é o que garante o propósito final do produtor, sendo possível a produção de diferentes tipos de alface em todo território e com temperaturas maiores, devido ao melhoramento genético.

Já ouviu falar em espiga anã?

A espiga anã é uma anormalidade bastante comum em cultivos de milho, sobretudo em áreas de pequenas propriedades. Supõe-se que sua ocorrência possa estar associada a aplicação incorreta de defensivos agrícolas, como inseticidas ou fungicidas. A anormalidade pode ainda estar relacionada a uma resposta fisiológica da planta a estresses ambientais, por baixas temperaturas e/ou períodos de seca durante o estágio de formação dos grãos, mais especificamente na ovulação. No entanto, suas principais causas ainda são desconhecidas. 

As principais consequências da existência de espigas anãs nas plantações são o número reduzido de fileiras de milho, e como efeito, menor número de grãos, o que reduz drasticamente sua produtividade. Na foto, temos uma espiga de milho normal ao lado de outra com características de espiga \anã\.

Época de ocorrência das principais pragas do algodoeiro

Entende-se como praga agrícola toda e qualquer espécie que cause danos a uma ou mais culturas, comprometendo a produtividade ao longo do ano agrícola. No caso do algodão, as pragas podem aparecer desde os primeiros dias após a emergência até o momento da colheita, e se não forem controladas podem causar grandes prejuízos econômicos para o agricultor. Sendo assim, para realizar um manejo eficiente do controle de pragas na cultura do algodão é preciso conhecer sua época de ocorrência na lavoura.

Quais as consequências do ataque da cochonilha branca no tomateiro?

O tomate é umas das hortaliças mais produzidas no Brasil, sendo superado apenas pela batata. Sua produção pode ser limitada por diversos fatores, dentre eles o ataque de pragas. 

A cochonilha é um inseto sugador, que pode comprometer a produção de tomates por atacar ramos novos e face inferior das folhas, reduzindo o vigor das plantas e servindo como porta de entrada para outras pragas e doenças.

A substância pegajosa produzida pelas cochonilhas serve de atrativo para a fumagina e também para as formigas. 

Métodos caseiros de controle, como água com sabão ou água com vinagre, predadores naturais no controle biológico, como as joaninhas, poda e eliminação dos galhos ou outras estruturas da planta infestada e manejo químico com inseticidas registrados contribuem com a redução do ataque e das perdas causadas pelas pragas.

Buva em lavoura de algodão

Algodão é uma cultura que sofre forte influência por plantas daninhas, devido a sua sensibilidade à competição por água, nutrientes, luz e espaço. Além destes danos, a presença de invasoras ainda pode comprometer a qualidade do algodão, já que podem prejudicar a colheita e sujar a fibra do algodão, reduzindo assim a qualidade extrínseca do produto colhido.

buva (Conyza spp.) é uma das plantas daninhas mais comuns e está entre as principais para várias culturas, inclusive a do algodão, como podemos ver na foto. Planta daninha anual e herbácea, a buva se reproduz por sementes, sendo capaz de produzir um elevado número de sementes que possuem estruturas que conferem fácil dispersão, caracterizando a espécie como agressiva.


Referências:

JUNQUEIRA, I. B.; SILVA, A. C. A. F.; BASÍLIO, L. S. P. Desafios – ervas daninhas em algodão. Revista Campo & Negócios. 22 mai. 2021. Disponível em: <https://revistacampoenegocios.com.br/desafios-ervas-daninhas-em-algodao/>. Acesso em fev. 2023.

Como identificar a Spodoptera frugiperda?

A lagarta do cartucho, Spodoptera frugiperda, é conhecida por atacar principalmente a região central da planta de milho, também conhecida como cartucho, o que remete ao seu nome comum. 

Atualmente é a principal praga da cultura e seu ataque não se limita apenas à região do cartucho; folhas e a própria espiga também sofrem danos em consequência de sua ocorrência.

A inexistência ou ineficiência de métodos de controle populacional de Spodoptera frugiperda podem levar a perdas imensuráveis, podendo chegar a uma redução aproximada de 35% da produção.

Diversas outras lagartas são responsáveis por causar danos a culturas, inclusive do gênero Spodoptera. A fim de facilitar o reconhecimento da lagarta do cartucho, algumas características específicas da espécie são apresentadas no infográfico abaixo.

O percevejo-asa-preta causa danos na soja?

Parágrafo de apoio: O Edessa meditabunda (percevejo-asa-preta) é uma praga que ataca diversas culturas como soja, algodão, milho, feijão, arroz e tomate, sendo uma praga secundária na soja. Ele ataca tanto as vagens quanto o caule da planta, deixando lesões escuras. Sua postura é muita característica, consistindo em ovos de cor verde-clara, colocados nas folhas e agrupados em número de 14, divididos em duas fileiras. Conheça o ciclo da praga nesse infográfico.

Soja e seu desenvolvimento

O potencial máximo produtivo da soja é determinado pela sua genética. O ambiente é um dos fatores que influenciam diretamente o potencial, porém através de métodos de manejo é possível aliviar esses efeitos. 

Portanto, conhecer quais são as fases de desenvolvimento da soja e os períodos de maior sensibilidade da cultura aos fatores ambientais é fundamental para adaptar as práticas de manejo.


No cultivo da soja a correta identificação da fenologia é importante para o manejo, pois identifica através dos caracteres morfológicos o momento fisiológico no qual a planta se encontra e auxilia na tomada de decisões que permitem o crescimento adequado da cultura e consequentemente manutenção ou aumento de produtividade.

A escala fenológica mais utilizada em nível mundial é a proposta por Fehr e Caviness (1977). A escala divide os estádios de desenvolvimento de soja em estádios vegetativos (V) e estádios reprodutivos (R), com exceção dos estádios VE (emergência) e VC (cotilédone). As letras V e R são seguidas de índices numéricos que identificam estádios específicos da cultura.




Fonte: FEHR e CAVINESS, (1977); RITCHIE et al. (1997).


Para obter altos rendimentos e garantir o desenvolvimento adequado da soja é importante se atentar para época de semeadura, cultivo com menor revolvimento do solo - Sistema de Plantio Direto -, construção do perfil do solo em profundidade com plantas que possuem sistema radicular agressivo (nabo forrageiro, brachiaria) para aumentar a permeabilidade do solo e o desenvolvimento radicular, a correta calibragem da semeadora e controle de pragas, plantas daninhas e doenças.  

Conhecer a fenologia da soja é algo indispensável para o planejamento da safra, assim como estar ciente dos principais fatores que podem comprometer seu ciclo.

Confira imagens de uma lavoura com cultivo de soja.


REFERÊNCIAS

NEUMAIER N., NEPOMUCENO A. L., FARIAS J. R. B., OYA T. Estádios de Desenvolvimento da Cultura da Soja.  https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/456809/1/ID-12906.pdf

Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato. https://www.npct.com.br/npctweb/npct.nsf/article/BRS-3140/$File/Como%20a%20Planta%20da%20Soja%20Desenvolve.pdf

Assessoria de Imprensa CESB. CESB aponta que a construção do perfil do solo tem elevado impacto na produtividade da soja.

VIEIRA Y. C. Fenologia E Produtividade De Cultivares De Soja Em Terras Baixas Na Fronteira Oeste Do Rio Grande Do Sul. Trabalho de Conclusão de Curso(Graduação)-- Universidade Federal do Pampa, AGRONOMIA, 2018.

Efeitos da seca no sul do Brasil no desenvolvimento da soja

A falta de chuvas vem castigando as plantas de soja da região Sul do Brasil, como podemos ver na foto tirada no dia 05 de janeiro de 2023, que retrata uma lavoura que foi semeada há quase um mês (semeadura realizada no dia 7 de dezembro de 2022).

O solo dessa lavoura é arenoso, o que já prejudica a retenção de umidade, mas se torna ainda pior em um cenário de precipitações abaixo da média. Ao emergir do solo, as plantas de soja que o conseguem, ainda sofrem com queimaduras causadas pela incidência do sol em um ambiente que alcança os 40ºC. Os sojicultores começam a demonstrar preocupação com a situação atual, onde os impactos da falta de chuvas começam a ser visíveis, principalmente numa condição em que as previsões climáticas indicam que as baixas precipitações devem continuar.

Quer ficar por dentro do que está acontecendo no campo? Siga as páginas @_seed_science e @ceplant.faem.

Larva-arame: conheça a praga

  • A larva-arame (Conoderus scalaris) é uma praga inicial de diversas culturas, danificando principalmente as sementes logo após a semeadura, mas afetando também o sistema radicular das plantas, sendo uma praga de especial importância para a cultura da batata por afetar o produto comercial - o tubérculo.

A larva é um inseto de coloração marrom clara / amarelada, que possui o corpo achatado e dotado de três curtos apêndices locomotores. O adulto é um besouro com 10 a 15 mm de comprimento, de coloração marrom avermelhada.

Por possuírem hábitos subterrâneos, atacam as raízes e tubérculos das plantas, que ficam amareladas, podendo chegar até à morte. Seu controle é realizado principalmente por meios preventivos no tratamento de sementes e com a aplicação de inseticida no sulco de plantio. O controle biológico também é um forte aliado no controle desta praga, como a distribuição de Coleópteros da família Staphylinidae que se alimentam da larva, e a colonização pelo fungo Metarhizium anisopliae.


Pluviosidade: por quê medi-la?

Sabemos da importância das chuvas para a agricultura, e que sua falta ou excesso pode comprometer a produção como um todo. Para auxiliar na obtenção de ótimos resultados, a aferição da quantidade de chuvas tem se tornado cada vez mais comum. Mas afinal de contas, pluviosidade: por quê medi-la?

A água está entre os principais elementos que possibilitam a produção agrícola. Espécies vegetais necessitam sobretudo, de umidade, além de outras condições, para iniciar e dar continuidade ao seu ciclo de desenvolvimento. Mais de 90% da área agrícola do Brasil é irrigada apenas pelas águas das chuvas.

Em áreas de cultivo a aferição dos índices pluviométricos permite determinar as épocas de início de plantio, a possibilidade de manejar o solo e os riscos de perda de produtos por lixiviação.


Referências: Dependente das chuvas, agricultura de sequeiro tem déficit hídrico de 37%.

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/27410-dependente-das-chuvas-agricultura-de-sequeiro-tem-deficit-hidrico-de-37


A importância da estação meteorológica na agricultura

https://geoagri.com.br/public/blog/37/a-importancia-da-estacao-meteorologica-na-agricultura

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