Em algumas regiões do Brasil, verificou-se durante o início desta safra de verão, o tombamento de plântulas de soja após a emergência.
Foram levantadas diversas hipóteses em relação ao fator desencadeador do tombamento, como por exemplo, o déficit hídrico, más condições físicas do solo, >fitotoxidade pelo tratamento de sementes e patógenos de solo.
Para introduzir o assunto, assista ao vídeo abaixo:
Através das visitas técnicas dos pesquisadores do Instituto Phytus, tanto no Cerrado quanto no Sul do Brasil, a identificação do agente causal foi relacionada ao calor, que provoca o excessivo aumento da temperatura do solo.
Após a semeadura, ocorre a germinação da semente e a emergência das plântulas. Em semeadura com baixa qualidade, ou aquela que forma torrões, dificulta o contato da semente com o solo, dificultando a germinação.
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Nessa condição, aquelas plântulas que emergem emitem sua radícula entre os torrões secos, o que dificulta a absorção de água, desidratando a planta. Com a desidratação da plântula e o aquecimento excessivo do solo na superfície, ocorre uma lesão em formato de anelamento na região do colo da planta. A consequência disso é o tombamento.
Um outro fator que contribui é o solo, principalmente, sem palha, que absorve a radiação solar, eleva a temperatura, desidratando o tecido vegetal na linha do solo, causando o tombamento.
A desidratação e morte do tecido vegetal deixa a planta exposta ao ataque de fungos necrotróficos, presentes no solo como Pythium, Phytophthora, Fusarium e Rhizoctonia.
Por isso, muitas vezes observa-se que os produtores confundem os sintomas do tombamento ocasionado pelo calor com os sintomas reflexos da infecção de patógenos do solo.
Práticas importantes para evitar ou minimizar esse problema
• Boa qualidade de semeadura
• Fechamento de sulcos sem formar torrões
• Adequada cobertura do solo com palha