Neste material, você vai entender um pouco mais sobre:
- Relação entre grão e semente;
- Atributos de qualidade de sementes;
- Benefícios do uso de sementes de qualidade.
Na agricultura tradicional, é comum agricultores salvarem parte de sua produção para utilizar como semente na safra seguinte. Entretanto, é necessário se fazer a distinção entre o grão, que é utilizado para alimentação, e a semente, que é utilizada para a multiplicação.
A semente é matéria-prima da produção agrícola. Sementes de alta qualidade, em conjunto com práticas culturais adequadas, trazem benefícios à lavoura como o incremento na produtividade, maior uniformidade de emergência, menores problemas com plantas daninhas, doenças e pragas de solo, entre outros.
Diferentemente do grão, a semente possui quatro atributos de qualidade, que podem ser divididos em genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários:
– Qualidade genética: Está relacionada à pureza varietal, resistência a pragas e doenças, potencial de produtividade, tolerância a estresses bióticos e abióticos, qualidade do grão, entre outros. Essas características podem ser influenciadas pelo meio ambiente e pelo manejo da cultura.
– Qualidade física: Está relacionada à pureza física, ou seja, que reflete na composição física ou mecânica de um lote de sementes (grau de contaminação com sementes de plantas daninhas, outras variedades e material inerte). Neste atributo também estão relacionados, sendo considerados os de maior importância, o grau de umidade da semente, as danificações mecânicas, o peso de mil sementes, a aparência do lote e o peso volumétrico.
– Qualidade fisiológica: Este atributo está relacionado ao metabolismo da semente para expressar seu potencial. Envolve a germinação, a dormência e o vigor das sementes. É um atributo muito utilizado no controle interno de qualidade de empresas sementeiras.
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– Qualidade sanitária: Semente utilizada como material propagativo deve ser sadia e livre de patógenos.
A produção de sementes leva em consideração o controle de qualidade em todas as etapas de produção, garantindo sementes sadias, vigorosas e puras, sem a presença de patógenos, que proporcionam alto potencial de produtividade. Portanto, a semeadura realizada com a utilização de sementes de qualidade deve ser encarada como um investimento pelo produtor, e não como um custo de produção.
REFERÊNCIAS
PESKE, S. T.; VILLELA, F. A.; MENEGHELLO, G. E. Sementes: fundamentos científicos e tecnológicos. 4. ed. rev. e ampl. Pelotas: Editora Becker e Peske, 2019.