Necessidade de nutrientes da cana-de-açúcar
Neste material, você vai conhecer um pouco mais sobre:
- Ganhos em adubar
- Sintomas de deficiência de nutrientes
- Aspectos importantes da análise foliar
- Análise de solo para avaliar a necessidade de adubar
Você sabia, que quanto mais longeva for a cultura de cana, menores são os custos por tonelada? E que se a produtividade for maior, os custos caem ainda mais? Assim, adubar corretamente, com os nutrientes certos, da forma correta e na hora certa, traz ganhos econômicos à cultura.
Mas, como saber quais nutrientes devem ser fornecidos e em qual quantidade?
A avaliação das necessidades de nutrientes pode ser determinada de diferentes maneiras, umas mais acuradas que outras. .
1. Sintomas visuais de deficiência de nutrientes
A primeira maneira de avaliar é pelos sintomas visuais, seguindo uma chave de identificação, que leva em consideração a mobilidade de um nutriente.
Assim, algumas deficiências manifestam-se com sintomas, aparecendo em folhas novas, porque os nutrientes não conseguem ser reaproveitados (redistribuídos) a partir de folhas mais velhas. O sintoma de deficiência em uma folha velha significa que o nutriente foi redistribuído para as folhas novas, logo, ele é móvel (Tabela 1).
<
Tabela 1. Chave de identificação de deficiências usando o sintoma manifestado nas folhas
2. Análise foliar
Outra forma de avaliação é a análise dos nutrientes nas folhas. Apesar de ser uma técnica recorrente, ela nunca pode ser usada isoladamente, pois não identifica o quanto tem de nutriente disponível no solo. Ela pode ser usada para fazer correções.
O maior problema desse tipo de análise na cultura da cana, é que com o fechamento da cultura, a aplicação de adubos fica comprometida. Assim, ela deve ser feita até os 4-5 meses de idade.
3. Análise de solo
A terceira forma de avaliação do estado nutricional é a análise de solo, aliada à expectativa de produtividade. Sabendo-se a demanda de nutrientes de uma cultura, em função de sua produtividade, a quantidade fornecida deverá atender a esta demanda, levando em conta o estoque do nutriente no solo.
As diferenças do estágio da cultura refletem-se na adubação. Por exemplo, a cana planta demandará menos nitrogênio (N) do que a cana soca, pois parte do N será suprido por bactérias fixadoras de N nas folhas, e também porque a massa de folhas será menor. Na cana soca, vários perfilhos serão lançados ao mesmo tempo, sendo a demanda maior.
Referências
ALEXANDER, A. G. Sugarcane physiology. Amsterdã: Elsevier, 1973.
NUNES JR, D.; PINTO, R. S. A; TRENTO, F. E.; ELIAS, A. I. Indicadores agrícolas do setor canavieiro, safra 2003/2004. Ribeirão Preto: Idea, 2005.
ORLANDO FILHO, J.; HAAG, H. P.; ZAMBELLO JUNIOR, E. Crescimento e absorção de nutrientes pela cana-de-açúcar, variedade CB41-76, em função da idade, em solos do estado de São Paulo. Boletim Técnico Planalsucar, v. 2, n. 1, p. 128, 2006.