Trigo: previsão de queda no estoque mundial estimula o preço externo
As cotações externas do trigo voltaram a subir, estimuladas por conjecturas de maior consumo e menor estoque mundial na safra 2021/22.
Em relatório divulgado neste mês, o USDA estimou que o consumo global do cereal foi de aproximadamente 791,08 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 0,5% sobre o resultado de março e 1,1% maior que o mesmo mês do ano anterior. Já para os estoques mundiais, as estimativas foram atualizadas,atingindo 278,42 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 1,1% frente ao relatório de março e em 4,2% frente aos números da safra 2020/21. Essa diminuição é reflexo da redução dos estoques na Índia.
Por outro lado, no Brasil, as cotações seguem o fluxo contrário: enquanto no mercado de balcão os valores caem, pressionados por expectativas de maior área semeada, no mercado de lotes, os preços avançam, acompanhando as valorizações externas e também do dólar.
Nas lavouras do Paraná a semeadura da nova safra já iniciou, mas ainda está longe do fim, de acordo com o Deral. Uma vez que, a área semeada é menor que 0,1% da área total esperada.
Soja: com final da colheita, preços recuam
As cotações da soja registraram reduções na parcial de abril, conforme indicam dados do Cepea. Entre 31 de março e 8 de abril, os indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná, baixaram 1,14% e 0,78%, com respectivos fechamentos de R$ 184,13 e de R$ 180,90/saca de 60 kg.
Segundo pesquisadores do Cepea, o recuo está relacionado com a oscilação cambial, finalização da colheita no Brasil e com a diminuição na procura pela oleaginosa brasileira. No entanto, as baixas também são reflexos das recentes chuvas registradas no sul do país, dos reajustes de oferta e demanda realizados pela Conab e da retração vendedora.
Milho: indicador segue em queda – segunda safra 2021/22 pode ser recorde
A produção nacional da segunda safra de milho 2021/22 deve ficar acima das expectativas iniciais, podendo ser recorde. Todavia, essa possibilidade, tem afastado compradores do spot brasileiro, mantendo o preço do produto em queda, de acordo com pesquisadores do Cepea. Entre 31 de março e 8 de abril, o indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) recuou 4,37%, fechando em R$ 89,02/saca de 60 kg. Muitos consumidores paulistas sinalizam possuir estoques confortáveis para curto prazo.
Segundo os dados divulgados pela Conab na quinta-feira, 7 de abril, a segunda safra de milho está estimada em 88,53 milhões de toneladas, e, se confirmada, será recorde, 45,8% maior que a passada. O aumento é resultado do incremento da área cultivada e do clima favorável registrado até então.
Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br), acessado em 13 de abril: