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Início / Traça-das-crucíferas (Plutella xylostella)

  • Pragas
  • 18/02/2022

Traça-das-crucíferas (Plutella xylostella)

Sumário

Este material vai abordar os seguintes tópicos:

  • Danos
  • Identificação e Ciclo
  • Manejo

A traça-das-crucíferas (Plutella xylostella) é uma praga muito importante no cultivo das Brássicas, pois causa danos ao produto final. Considerada uma das pragas de maior dificuldade de controle no mundo. Estima-se que os custos para o controle de traças-das-crucíferas podem chegar a US$ 5 bilhões anuais (ZALUCKI et al., 2012).

Além disso, é caracterizada por possuir vários casos de resistência no mundo, o que dificulta ainda mais seu controle (WANG e WU, 2012). É uma espécie cosmopolita, que apresenta rápida dispersão, altamente migratória, e com elevada capacidade reprodutiva. Os cultivos de couve couve-flor, brócolis e repolho são mais afetados pela ocorrência de P. xylostella.

Danos

As lagartas no início de seu desenvolvimento se alimentam do mesófilo foliar, depois passam a se alimentar da epiderme e causam perfurações. Em infestações mais severas toda a folha pode ser perdida. Isso faz com que o produto fique impróprio a comercialização.

Além das folhas, as larvas consomem as partes mais esverdeadas do caule, que pode levar a planta a morte. Na cultura do repolho, a produtividade pode ser reduzida em mais de 95% (CZEPAK et al., 2005). Devido ao hábito alimentar das larvas, que ficam protegidas na parte inferior das folhas, o que dificulta ainda mais seu controle. Os adultos não causam danos.

Figura 1 – Dano causado pela traça-das-crucíferas (P. xylostella).
Figura 1 – Dano causado pela traça-das-crucíferas (P. xylostella).

Biologia e Ciclo

Os adulos tem coloração marrom, com duas antenas bem visíveis, medem cerca de 15 mm. Devido a esse tamanho reduzido podem ser facilmente dispersados pelo vento. Os ovos são achatados com coloração amarela ou verde-clara, podem ser vistos idividualmente ou em grupos de até 10 ovos, que são encontrados na parte superior ou inferior das folhas.

As lagartas possuem 5 pares de pré-pernas, podem ter até 10 mm de comprimento, sua coloração varia de verde a verde clara (Figura 2). Além disso, pequenos pelos dispersos podem ser vistos em sua superfície. A pupa tem cerca de 6 mm, é caracterizada por apresentar casulo de seda (Figura 3). Com a proximadade da eclosão tornam-se mais escuras.

Figura 2 – Lagarta da traça-das-crucíferas (P. xylostella).
Figura 2 – Lagarta da traça-das-crucíferas (P. xylostella).

 

Figura 3 – Pupa da traça-das-crucíferas (P. xylostella).
Figura 3 – Pupa da traça-das-crucíferas (P. xylostella).

O ciclo de vida e a longevidade dos adultos da traça-das-crucíferas é depende da temperatura e da cultura (Tabela 1).

Fonte – Adaptado de Golizadeh et al. (2009).
Fonte – Adaptado de Golizadeh et al. (2009). 

As larvas passam por quatro estádios (Figura 4). As femeas são muito férteis, durante seu ciclo de vida podem colocar cerca de 350 ovos.  Menos de 2% desses ovos são considerados inférteis. Nos períodos de chuva a população da praga no campo diminui, pois os ovos e larvas caem das folhas no chão e a maioria morrem.

Manejo

O manejo de traça-das-crucíferas depende de uma série de medidas de controle, que devem ser usadas em conjunto. Desta forma, o uso de somente uma medida de controle pode ser ineficiente no controle desta praga.

Controle cultural

  • O controle cultural inicia pela escolha da cultivar;
  • Em locais com muita infestação recomenda-se o uso de cultivares com ciclo mais curto;
  • Uso de mudas sadia e vigorosas;
  • A rotação com culturas com plantas não hospedeiras é importante, pois possibilita que o ciclo da praga seja interrompido.

Controle químico

  • É importante no controle químico que sejam usados de inseticidas seletivos, para preservação dos inimigos naturais.  
  • Devido a elevado serosidade que as folhas das brássicas apresentam, é importante o uso de espalhantes adesivos, para melhor cobertura do produto, para que assim atinjam as lagartas.
  • Devido aos inúmeros casos de resistência a inseticidas é fundamental a rotação de princípios ativos.

Controle biológico

  • O controle biológico pode ser uma alternativa eficiente no manejo de traça-das-crucíferas;
  • Existem mais de 30 potenciais agentes biológicos da traça-das-crucíferas conhecidos na literatura;
  • No Brasil existem biopodutos a base de Bacillus thuringiensis, com ação em lagartas;
  •  A microvespa Trichogramma spp, também pode ser uma boa alternativa;
  • O início do controle deve ser feito assim que as primeiras lagartas forem encontradas na área de cultivo.

Referências

CZEPAK, C.; FERNANDES, P. M.; SANTANA, H. G. TAKATSUKA, F. S.; ROCHA, C. L. Eficiência de inseticidas para o controle de Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) na cultura do repolho (Brassica oleracea var. capitata). Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 35, n. 2, p. 129-131, 2005.

GOLIZADEH, A. et al. Effect of temperature on life table parameters of Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) on two brassicaceous host plants. Journal of Asia-Pacific Entomology, v. 12, n. 4, p. 207-212, 2009.

ZALUCKI, M. P.; SHABBIR, A.; SILVA, R.; ADAMSON, D.; SHU-SHENG, L.; FURLONG, M. J. Estimating the economic cost of one of the world’s major insect pests, Plutella xylostella (Lepidoptera:Plutellidae): just how long is a piece of string? Journal of Economic Entomology, Lanham, v. 105, n. 3, p. 1115–1129, 2012.

WANG, X.; WU, Y. High levels of resistance to chlorantraniliprole evolved in field populations of Plutella xylostella. Journal of Economic Entomology, Lanhan, v. 105, n. 3, p. 1019-1023, 2012.

 

Foto de Me. Daiane Dalla Nora

Me. Daiane Dalla Nora

"Engenheira Agrônoma formada pela Universidade Federal de Santa Maria, Mestra em Ciência do Solo na mesma instituição, com ênfase em Biodinâmica e Manejo do Solo. Formação: Engenheira Agrônoma pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) (2012-2017); Mestra em Ciência do Solo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) (2017-2019); PhD student at University of Puerto Rico"
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Drª. Mônica Debortoli

Drª. Mônica Debortoli

Diretora Técnica Sul do Instituto Phytus. Formação: Doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil (2008 - 2011); Mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil (2006 - 2008); Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Brasil; (2000 - 2005).
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4 respostas

  1. Avatar Maria leci disse:
    03/08/2024 às 11:03

    Olá gostaria de saber qual a variedade de couve e repolho tem resistência a traça das cruciferas?

    Responder
    1. Caroline Rabuscke Caroline Rabuscke disse:
      05/08/2024 às 10:03

      Olá Maria, tudo bem?
      Existem cultivares mais resistentes à traça que outras, neste artigo os autores compararam diferentes cultivares e obtiveram resultados interessantes que podem te ajudar. Acesse aqui.
      Esperamos ter ajudado!
      Abraços!

      Responder
  2. Avatar Vanderlei dos Santos Pinheiro disse:
    04/08/2024 às 17:01

    Estou tentando combater um ataque severo de traças na produção de couve folha, repolho e brócolis, aqui na região dos Campos Gerais, no Paraná. Estou usando Azadiractina como princípio ativo, que funcionou inicialmente, porém senti que o ataque está intensificando. Podem me sugerir manejos??

    Responder
    1. Caroline Rabuscke Caroline Rabuscke disse:
      05/08/2024 às 09:56

      Olá Vanderlei, tudo bem?
      Para manejo da traça, você pode adotar práticas culturais, inseticidas e medidas de controle biológico, como traz o artigo.
      A rotação com culturas com plantas não hospedeiras pode ser relevante no cenário que você traz, pois possibilita que o ciclo da praga seja interrompido. No controle biológico, biopodutos a base de Bacillus thuringiensis ou o uso da microvespa Trichogramma spp, podem ser uma boa alternativa. No controle químico, existem vários produtos registrados e a aplicação deve ser realizada de forma racional e com inseticidas seletivos, respeitando período de carência de cada produto e realizando a rotação de ingredientes ativos com diferentes modos de ação para retardar ou evitar o aparecimento de populações resistentes. No site AGROFIT você pode consultar todos os inseticidas registrados.
      Outro ponto importante que você deve observar é a tecnologia de aplicação, pois, devido à cerosidade das folhas de brássicas é recomendado adicionar adjuvantes para aumentar a área de cobertura e a aderência dos produtos nas folhas. Além disso, o volume de calda utilizado para pulverização é bastante elevado para aumentar o molhamento foliar, sendo muitas vezes realizada uma pulverização dirigida na linha de cultivo.
      Esperamos ter ajudado!
      Abraços!

      Responder

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