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Início / Sistema integrado: agropastoril

  • Pecuária, Produtividade
  • 17/02/2022

Sistema integrado: agropastoril

Sumário

Neste material, você vai conhecer um pouco mais sobre o que é o sistema integrado agropastoril e como implementá-lo.

Um sistema integrado de produção é definido como o conjunto de atividades e técnicas utilizadas a partir de recursos disponíveis no ambiente de cultivo. A integração dos sistemas objetiva incrementar a produtividade forrageira, diversificar biologicamente o ambiente de cultivo, proporcionar a ciclagem de nutrientes e melhorar os atributos físicos, químicos e biológicos do solo, promovendo a sustentabilidade do ecossistema pastoril.

Sistema Integrado: agropastoril 

Caracteriza-se como a interação da produção agrícola nas lavouras (grãos, fibras e agroenergia) conciliada com as atividades pecuárias (carne, leite e lã) (Figura 1). Apresenta-se fundamentada em premissas planejadas, inter-relações espaciais e temporais, com as quais se busca a sinergia das atividades, a máxima eficiência da dinâmica entre solo x planta x animal x atmosfera e o aproveitamento dos recursos do ambiente, corretivos e nutrientes, tanto em cultivos simultâneos, sequenciais ou rotacionados. 

Os objetivos desta integração são:

  • maximizar racionalmente o uso da terra, de infraestrutura e de mão-de-obra;
  • diversificar os produtos obtidos;
  • minimizar os custos e os riscos de produção;
  • buscar o equilíbrio entre a produção forrageira e a demanda por alimentos requerida pelos animais, pois 50% de toda a produção de alimentos no mundo é baseada no uso e nos manejos de sistemas agropecuários integrados.
Figura 1. Exemplo de sistema integrado agropastoril. Fonte: Autores.
Figura 1. Exemplo de sistema integrado agropastoril. Fonte: Autores.

Neste sentido, empregar técnicas conservacionistas, que permitam o crescimento e o desenvolvimento da planta forrageira é fundamental, pois o sistema deve ser planejado no tempo e no espaço, deve ser organizado para um longo período de produção, reunir variabilidade de recursos bióticos (espécies forrageiras e culturas de interesse) e abióticos (referentes ao ambiente de cultivo), mantendo o sinergismo da atividade agrícola com a pecuária. 

O fluxo de energia no sistema agropastoril é manejado exclusivamente por ações antrópicas, que proporcionam o máximo aproveitamento da energia do ambiente para a obtenção de produtos agrícolas e animais. Em contrapartida, o restante é dissipado para o ambiente na forma de calor, e os saldos energéticos são acumulados em cada nível trófico do ecossistema pastoril.

Vantagens e desvantagens do sistema agropastoril

Dentre as vantagens deste sistema, evidencia-se: a potencialidade do uso dos recursos disponíveis na propriedade, a maior rentabilidade da cadeia produtiva com menor espaço de tempo, gerando renda adicional em períodos não favoráveis, e minimizando os gastos com corretivos, inseticidas, herbicidas e fungicidas (Figura 2).

Este sistema traz benefícios, devido ao sequestro de dióxido de carbono (CO2), à ciclagem de nutrientes e à menor agressividade ao ambiente. Quando bem planejado, também possibilita o controle de plantas daninhas, erosão, incremento da fertilidade do solo (fração química, física e biológica), material vegetal sobre o solo (palhada), melhora o armazenamento de água no solo, minimiza os efeitos de geadas e incêndios, da mesma forma, conserva a microfauna silvestre. 

Figura 2. Integração Agropastoril: sistema complexo, porém com grandes benefícios quando bem planejado. Fonte: Autores
Figura 2. Integração Agropastoril: sistema complexo,
porém com grandes benefíciosquando bem planejado. Fonte: Autores

Como limitações, elenca-se a grande complexidade do sistema, devido à difícil escolha de quais culturas e espécies forrageiras deverão compor o sistema e a resistência na aceitação de novas técnicas por pecuaristas e agricultores tradicionais. 

A integração lavoura-pecuária deve ser inserida em regiões tradicionalmente agrícolas, nas quais, no período de inverno, utiliza-se uma forrageira que dará suporte para a criação de animais e proporcionará a rotação de culturas, no entanto, pode ser introduzida em regiões que baseiam sua criação na pecuária tradicional. No entanto, a entrada de animais em um sistema integrado implica em alterações e interações, a taxa de lotação de animais por unidade de área pode influenciar diretamente a quantidade de resíduo vegetal acumulado sobre o solo e a compactação poderá afetar indiretamente a cultura agrícola estival.

Implantação do Sistema Integrado Agropastoril

Este procedimento, inicialmente, deve ser ponderado por um rigoroso planejamento a longo prazo, definindo os objetivos, as técnicas empregadas, a disponibilidade de recursos humanos e econômicos, as culturas, as espécies forrageiras e os animais que devem ser utilizados no sistema integrado, baseando-se nas premissas de sucessão e rotação de culturas (cultura/cultura, cultura/pastagem, cobertura/pastagem). 

A escolha de qual modelo será empregado será definida através do acúmulo de resíduos vegetais sobre a superfície do solo, da melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo, do incremento da relação carbono/nitrogênio e do acúmulo de nitrogênio simbioticamente.

Atualmente, os modelos são subdivididos em cultivos de terras baixas, em que o arroz se caracteriza como a principal cultura; para terras altas, a soja e o milho são evidenciadas no período estival. O planejamento forrageiro de um sistema integrado agropastoril deve ponderar:

  • a oferta de alimento e o número de animais utilizados;
  • a quantidade de forragem disponível;
  • o peso vivo dos animais; 
  • a taxa de crescimento da espécie forrageira;
  • a área ocupada com a pastagem;
  • as exigências de massa seca pelo animal, que supram as necessidades de manutenção, ganho médio de peso diário e ponto de corte da espécie forrageira.

Para terras altas, geralmente emprega-se o uso de azevém anual, aveia preta, tiftons, cornichão, trevos, milheto, sorgo forrageiro, gênero Brachiaria e Panicum, amendoim forrageiro; no entanto, para terras baixas, utiliza-se o trevo branco, o trevo vesiculoso, o azevém anual e o cornichão.

Referências

CARVALHO, I. R.; SOUZA, V. Q.; NARDINO, M.; OLIVEIRA, A. C. Resultados experimentais em plantas forrageiras. Porto Alegre: Cidadela, 2016. (v. 50).
CARVALHO, I. R.; SZARESKI, V. J.; DEMARI, G.; SOUZA, V. Q. Produção e cultivo de espécies forrageiras. Porto Alegre: Cidadela, 2018. (v. 100).

 

Foto de Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Dr. Ivan Ricardo Carvalho

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria (2014). Especialista em Ciência e Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelotas (2018). Mestre em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Santa Maria (2015). Doutor em Agronomia pelo Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (2018).Pós Doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes/Plantas de Lavoura através da Universidade Federal de Pelotas (2018/2019). Atualmente é Professor de Agronomia e Medicina Veterinária, Coordenador do Programa de Melhoramento Genético na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - (Linha de Pesquisa Grãos) e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade.
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Murilo Vieira Loro

Murilo Vieira Loro

Técnico em Agropecuária pela Escola Estadual Técnica Guaramano (2014). Engenheiro Agrônomo pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2020). Pós Graduando em Biotecnologia na Universidade Estadual de Maringá e em Estatística e Modelagem Quantitativa pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria. Atuação em Estatística experimental e Biotecnologia Vegetal.
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