Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon – Lepidoptera: Noctuidae)
A lagarta-rosca é uma praga polífaga, a qual pode atacar diversos hospedeiros dos mais variados gêneros e espécies. O nome lagarta-rosca é oriundo em função do comportamento da lagarta de se enrolar quando tocada.
Adulto: a mariposa adulta possui asas anteriores longas e estreitas, mais escuras que as asas posteriores e presença de manchas pretas. Os adultos apresentam alta capacidade de postura, podendo ovipositar até 1000 ovos e preferem depositar os ovos em plantas daninhas hospedeiras ou restos culturais.
Ovos: os ovos são branco-amarelado se tornando escuros próximo da eclosão. A duração da fase de ovo é de 3 a 6 dias.
Lagartas: as lagartas são de coloração cinza-claro a preto, vivem no solo, em pequenas profundidades, apresentam hábito noturno e podem durar de 25 a 35 dias. Sua ocorrência pode estar associada a presença de plantas hospedeiras na lavoura antes da semeadura, como língua-de-vaca e caruru.
Pupa: as pupas são formadas e ficam no solo tendo uma duração de 12 a 15 dias.
Danos no fumo
Essa lagarta ataca planta recém transplantadas cortando a haste da planta na região do colo próxima ao solo. O ataque comumente ocorre logo após o plantio da lavoura, entendendo-se até 15 a 20 dias após. Após esses 20 dias iniciais a lignificação da haste impõe dificuldades de consumo para a lagarta, a qual deixa de ser danosa à cultura.
Como o fumo, assim como o milho, não é considerado uma planta plástica, mesmo numa baixa infestação de lagarta-rosca os danos podem ser elevados em função de comprometer plantas inteiras. Tal fato justifica que o produtor lance mão do controle químico para proteção da lavoura. O replantio de mudas só é viável na primeira semana após transplante, visto que depois disso ocorre competição entre as plantas por nutrientes, luz e umidade, fazendo com que mudas transplantadas no replantio produzam bem menos ou simplesmente não produzam folhas comercializáveis.
Monitoramento e controle
O monitoramento dos adultos utilizando iscas poderá auxiliar para previsão do ataque. O controle de plantas daninhas hospedeiras é uma prática recomendada visto que os adultos preferem ovipositar em plantas ou restos culturais ainda verdes. O tratamento de mudas no momento do transplante do fumo é altamente recomendado com inseticidas sistêmicos.