Este material apresenta diversos aspectos relacionados ao oídio do pimentão (Leveillula taurica)
- Descrição;
- Sintomatologia;
- Epidemiologia;
- Controle;
Descrição
Os agentes causais do oídio na cultura do pimentão são fungos pertencentes à classe dos Ascomicetos. Oidiopsistaurica (fase assexuada) e Leveillula taurica (fase sexual). No Brasil, o oídio ocorre apenas na fase sexual (PAZ LIMA et al., 2004).
O fungo produz hifas claras e septadas que formam um micélio pulverulento. As hifas dão origem a conidióforos curtos e eretos, a partir dos quais desenvolvem os conídios (KIMATI et. al., 1997).
Sintomatologia
Os sintomas característicos da doença são áreas amareladas na face superior das folhas mais velhas das plantas.
Inicialmente formam-se pequenas áreas combordos irregulares que aumentam de tamanho podendo atingir toda a superfície foliar.
Na face inferior das folhas, desenvolvem-se as estruturas de frutificação, de aspecto pulverulento, constituídas de conídios e conidióforos do fungo. Em estádio mais avançado ocorre a necrose do tecido (KIMATI et.al., 1997; SOUZA e CAFÉ FILHO, 2000).
Epidemiologia
O fungo tem seu desenvolvimento favorecido em condições de baixa umidade relativa do ar, ausência de precipitação e temperatura de 20 a 25°C (LOPES e ÁVILA, 2003). Sua ocorrência também é intensa em ambientes de cultivo protegido, onde se utiliza sistemas de irrigação via gotejamento (KUROZAWA et al., 2005).
Os esporos penetram pelos estômatos e possuem a capacidade de germinar em condições de baixa umidade relativa (40a90%). Após a infecção, temperaturas acima de 30°C podem acelerar o desenvolvimento dos sintomas (GOLDBERG, 2003). A dispersão do patógeno se dá principalmente por meio do vento.
Controle
O controle indicado é a aplicação de fungicidas registrados para o controle de oídio.
Produtos à base de enxofre e benomyl estão entre os recomendados.
Referencias
GOLDBERG, N. P. Powdery mildew. In: PERNEZNY, K.; ROBERTS, P. D.; MURPHY, J. F.; GOLDBERG, N. P. (Ed.). Compendium of Pepper Diseases. St. Paul: APS Press, 2003. p. 19-20.
KIMATI, H., BERGAMIN FILHO, A., AMORIN L. Manual de fitopatologia: Doenças de plantas cultivadas.3 ed. São Paulo: Ceres, v.1, 1997. 919p.
KUROZAWA, C.; PAVAN, M. A.; KRAUSE-SAKATE, R. Doenças das solanáceas (berinjela, jiló, pimentão e pimenta). In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; REZENDE, J.A.M; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L. E. A. (Ed.). Manual de Fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 4. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. v. 2, p. 589-596.
PAZ-LIMA, M. L.; CAFÉ FILHO, A. C.; COELHO, M. V. S.; CHAVES NETO, J. F.; UESUGI, C. H. Patogenicidade de Leveillulatauricaem Impatiensbalsamina. Summa Phytopathologica, Piracicaba, v. 28, p. 99, 2002. (Suplemento).
SOUZA, V. L.; CAFÉ FILHO, A. C. Resistanceto Leveillula taurica in genus Capsicum. PlantPathology, London, v. 52, p. 613-619, 2003.